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Namoro e o noivado são passos em preparação para o casamento

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Neste final de semana ocorrem comemorações que tocam de perto o coração

Santo Antônio é celebrado com manifestações religiosas e festas populares típicas do mês de junho. Pela sua fama de “casamenteiro”, a véspera de sua festa é dia dos namorados. E o Calendário litúrgico traz a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, para o qual se votaram os santos, homens e mulheres que aceitaram o desafio da vivência do amor que brota do mistério de amor do Divino Coração, que assumiu e elevou à máxima dignidade as realidades humanas.

Namoro e o noivado são passos em preparação para o casamento

Desejo mais uma vez fazer propaganda do namoro e do noivado, como passos em preparação ao Matrimônio, que é a forma cristã de viver o casamento. A pressa com que se estabelecem tantas vezes os vínculos, por isso mesmo volúveis, não respeita a necessidade de amadurecimento do amor. Quando a expressão e a realidade do “ficar” dos adolescentes, jovens e até adultos se espalha, como vemos em nosso tempo, a consequência é a fragilidade da família. Basta verificar a quantidade de crianças que são geradas sem o necessário sustento de um relacionamento equilibrado sólido e duradouro entre homem e mulher, capaz de oferecer as condições indispensáveis ao crescimento sadio da personalidade. Que o digam tantos avós que assumem a função de pais, mães e provedores. Sem estes verdadeiros heróis e heroínas o quadro seria ainda mais perturbador.

Namoro é tempo de conhecimento, valorização da diversidade dos gêneros, aprendizado do diálogo e da capacidade de escolha e, devo dizer com toda força, não é tempo de iniciação sexual precoce e irresponsável. Se tal posição é considerada por muitos como conservadora, ela o é por convicção pessoal e pela constatação dos dramas em que resultaram as facilitações irresponsáveis que nossa geração tem cultivado.

Noivado! Quando presido uma bênção de noivado, costumo dizer que esta é a festa da palavra dada, para que noivo e noiva exercitem a confiança mútua. Recentemente o Papa Francisco incluiu em suas catequeses sobre a família um oportuno ensinamento sobre esta etapa na preparação do matrimônio, no qual veio em relevo justamente o tema na confiança, do qual considerei oportuno transcrever em grande parte, por ocasião do Dia dos Namorados e a Festa de Santo Antônio.

Diz o Papa, em sua já proverbial capacidade de ir com clareza aos pontos essenciais: “O noivado é o tempo durante o qual os dois estão chamados a fazer um bom trabalho sobre o amor, um trabalho profundo, participado e partilhado. Descobrindo-se pouco e pouco reciprocamente: ou seja, o homem ‘aprende’ a mulher aprendendo esta mulher, a sua noiva; e a mulher ‘aprende’ o homem aprendendo este homem, o seu noivo. Não subestimemos a importância desta aprendizagem: é um compromisso bom, e o próprio amor o exige, porque não é apenas uma felicidade despreocupada, uma emoção encantada.

A narração bíblica fala da criação inteira como de um bom trabalho de amor de Deus; o livro do Gênesis diz que ‘Deus viu o que fizera, e era coisa muito boa’ (Gn 1, 31). Só no final, Deus ‘repousou’. Compreendemos assim que o amor de Deus, que deu origem ao mundo, não foi uma decisão extemporânea. Não! Foi um trabalho bom. O amor de Deus criou as condições concretas de uma aliança irrevogável, sólida, destinada a durar. A aliança de amor entre o homem e a mulher, aliança para a vida, não se improvisa, não se faz de um dia para outro. Não há o matrimônio rápido: é preciso trabalhar sobre o amor, é necessário caminhar. A aliança do amor do homem e da mulher aprende-se e aperfeiçoa-se. Permiti que eu diga que é uma aliança artesanal. Fazer de duas vidas uma só, é quase um milagre, um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé”.

E o Papa entra em detalhes que podem ser libertadores para muitos casais de noivos: “As nossas coordenadas sentimentais entraram um pouco em confusão. Quem pretende tudo e imediatamente, depois também cede sobre tudo — e já — na primeira dificuldade ou na primeira ocasião. Não há esperança para a confiança e a fidelidade da doação de si, se prevalece o hábito de consumir o amor como uma espécie de integrador do bem-estar psicofísico. Não é isto o amor! O noivado focaliza a vontade de preservar juntos algo que nunca deverá ser comprado ou vendido, atraiçoado ou abandonado, por mais aliciadora que seja a oferta”.

E Papa Francisco abre uma meditação profunda, à disposição de quem tem vocação ao matrimônio: “Também Deus, quando fala da aliança com o seu povo, algumas vezes fá-lo em termos de noivado. No Livro de Jeremias, ao falar ao povo que se tinha afastado dele, recorda-lhe quando o povo era a ‘noiva’ de Deus e diz assim: ‘Lembro-me da tua afeição quando eras jovem, de teu amor de noivado’ (2, 2). E Deus fez este percurso de noivado; depois faz também uma promessa no Livro do Profeta Oseias: ‘Então te desposarei para sempre; desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com misericórdia e amor’ (2, 21-22).

É um longo caminho o que o Senhor faz com o seu povo neste percurso de noivado. No final Deus desposa o seu povo em Jesus Cristo: em Jesus desposa a Igreja. O Povo de Deus é a esposa de Jesus. Mas quanto caminho a ser feito!” Este é o noivado com que a Igreja sonha e quer anunciar!

Enfim, o Casamento, Sacramento do Matrimônio na visão do Papa e da Igreja: “A Igreja, na sua sabedoria, conserva a distinção entre ser noivos e ser esposos — não é o mesmo — precisamente em vista da delicadeza e da profundidade desta verificação. Estejamos atentos a não desprezar com superficialidade este ensinamento sábio, que se nutre também da experiência do amor conjugal felizmente vivido. Os símbolos fortes do corpo possuem as chaves da alma: não podemos tratar os vínculos da carne com superficialidade, sem causar ao espírito alguma ferida perene (1 Cor 6, 15-20). Sem dúvida, a cultura e a sociedade de hoje tornaram-se bastante indiferentes à delicadeza e à seriedade desta passagem. E por outro lado, não se pode dizer que sejam generosas com os jovens que estão seriamente intencionados a constituir uma família e a ter filhos! Ao contrário, muitas vezes levantam numerosos impedimentos, mentais e práticos. O noivado é um percurso de vida que deve amadurecer como a fruta, é um caminho, até ao momento que se torna matrimônio”.

E chegamos com o Papa Francisco até aos Cursos de Noivos! “Os cursos pré-matrimoniais são uma expressão especial da preparação. E nós vemos tantos casais, que talvez chegam ao curso um pouco contra a vontade, ‘Mas estes padres obrigam-nos a fazer um curso! Mas por que? Nós sabemos!’… e vão contra a vontade. Mas depois ficam contentes e agradecem, porque com efeito encontraram ali a ocasião — muitas vezes única, para refletir sobre a sua experiência em termos não banais. Sim, muitos casais estão juntos há muito tempo, talvez até na intimidade, por vezes convivendo, mas não se conhecem de verdade. Parece estranho, mas a experiência demonstra que é assim. Por isso deve ser reavaliado o noivado como tempo de conhecimento recíproco e de partilha de um projeto. O caminho de preparação para o matrimônio deve ser organizado nesta perspectiva, servindo-se também do testemunho simples mas intenso de casais cristãos.”

Aos namorados, aos noivos e aos casados chegue o abraço amigo e a bênção da Igreja, para que busquem no Coração de Jesus a fonte do amor verdadeiro. E que encontrem em Santo Antônio a intercessão e os ensinamentos que os ajudem a realizar esta magnífica vocação do matrimônio.


Ciúme doentio: eu vivo isso?

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O ciúme doentio é um problema patológico que destrói os relacionamentos

Um dos primeiros sentimentos que o amor traz, quando vivido de forma sadia, é a liberdade, o sentimento de compartilhar, o sentimento de alegria e cumplicidade, mas não de aprisionamento. Com esse pensamento podemos pensar: o que é saudável nos relacionamentos?

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No senso comum, encontramos diversas frases que favorecem uma visão do ciúme como um tempero no amor; mas que tempero é esse que nos coloca numa situação de pensamentos de traição, engano, mentira, posse, obsessão quase (ou sempre) doentia pelo outro?

O amor que supostamente vemos, neste ciúme patológico, trata-se, sim, de um sentimento que, em vez da liberdade, conduz ao aprisionamento: o ciumento e a pessoa desejada enredam-se num relacionamento nada saudável; buscam provas e situações, um não se vê fazendo nada sem o outro, não há liberdade para outros relacionamentos de amizade ou relações sociais fora do namoro, há um controle excessivo.

Aquela relação que, aparentemente, sugere algo carinhoso e dedicado, confundida com zelo e carinho, torna-se exagerada e sufocante.

E como saber se o que sinto vai além da normalidade?

Um dos sentimentos que primeiro aparece é o de ser enganado e traído o tempo todo. Dessa forma, a pessoa sente necessidade de controlar o outro a todo custo, controlar onde e com quem está, o que faz, ou seja, viver praticamente numa paranoia, o que é bastante triste para quem sofre com esses sentimentos, mas também dolorido para quem é alvo desses sentimentos, pois nunca há entre os dois, um sentimento de confiança.

Se você:
– pensa frequentemente na possibilidade de infidelidade;
– procura “provas” que justifiquem essa suspeita de infidelidade;
– teve reações agressivas motivas por ciúme;
– evita situações onde a pessoa com quem você se relaciona tenha contato com pessoas do sexo oposto, deixando de ir em festas, comemorações diversas e outros eventos sociais;
– já teve desejo de espionar a vida da pessoa com quem você se relaciona; é importante que possa rever suas atitudes, pois, é bem possível que esteja sofrendo com o ciúme patológico e com reações que não permitam com que você viva de forma saudável um relacionamento afetivo.

Muitas vezes, essa situação vem se repetindo em vários relacionamentos. Sendo assim, não deixe de buscar ajuda para rever tais comportamentos para uma vida melhor.

O que é um pré-namoro?

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O pré-namoro gera no outro uma maturidade de conhecimento e respeito 

Ao se tratar de afetividade, é bem perceptível o quanto as gerações mais recentes têm absorvido novos pensamentos e outra cultura em relação à geração anterior à sua. Nós não temos os mesmos conceitos sobre relacionamento que os nossos pais tinham; eles, por sua vez, viveram diferente de nossos avós.

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Em meu livro ‘As cinco fases do namoro’, comento que os casais de hoje têm melhores meios de fazer uma escolha consciente pelo par, pois eles têm mais acesso às informações sobre sexualidade e afetividade.

Na contramão, a cultura do ‘amor livre’, que avança desde a década de 60 em nome de um falso conhecimento, vem implantando cada vez mais sua ideologia, convencendo as pessoas de que os parâmetros de moral e ética são apenas uma imposição cultural de um tempo passado.

A prática do “ficar” e o sexo descompromissado, por exemplo, tomaram uma proporção tamanha, que quem nasceu e cresceu vendo isso à sua volta e nos programas de TV, considera-os normal. Contudo, temos também presenciado as consequências desastrosas na vida da pessoa que “se dá o direito” de usar seu corpo e seus afetos para preencher desejos de momento.

 

Em meio a tudo isso, é crescente o número de jovens que têm notado as repercuções infelizes que o descompromisso tem causado. Contrários a tudo o que a mentalidade corrente fala e propaga sobre esse “amor livre” – para o qual vale tudo –, cada vez mais pessoas estão dispostas a cercar-se de seguranças para proteger o que há em seu coração, em sua essência e alma. Quando o assunto é proteger o dom do amor, muitos não medem esforços.

Por causa disso, surgiu um novo modo de relacionamento, o chamado pré-namoro, cujo termo e prática surgiram entre os jovens cristãos, católicos e protestantes, os quais já pregavam a castidade como principal modo de purificar o amor.

É interessante notar que, apesar dessa prática ser uma iniciativa cristã, o assunto já chama à atenção também no meio secular, onde, geralmente, as pessoas recusam regras.

No último Dia dos Namorados, grandes sites de notícias e comportamentos fizeram matérias sobre casais que chegaram ao altar, mas, antes mesmo de começarem a namorar, investiram no pré-namoro. Vi também, num blog que trata de assuntos masculinos, o articulista escrever: “Uma amiga minha disse que estava num pré-namoro. Perguntei a ela o que era isso, mas, na verdade, vi que ela estava era de ‘rolo’!”. Diante disso, vemos que proteger a capacidade de amar é instintivo, mesmo para quem não sabe como o fazer.

Vou, então, explicar o que não é o pré-namoro. Não tem nada a ver com o “ficar” nem com “estar de rolo”, ou seja, trocar beijos e abraços, por semanas ou meses, sem assumir um compromisso sério entre as partes nem entre seus amigos. Também não é ter um amigo que lhe seja mais especial que os outros, embora você o considere somente amigo; só que ele acaba se apaixonando por você. Então, para não perder a amizade ou por proposta dele, vocês combinam de discernir o que fazer por meio de um pré-namoro. Saiba que isso só vai servir para desgastar a amizade.

Para que haja um pré-namoro, é necessário que as duas pessoas se sintam apaixonadas uma pela outra e declarem essa paixão. Mas, em vez de iniciar imediatamente um namoro, o casal faz um acordo e esperam para adentrar em um “nível” maior de diálogo e convívio. Um diz ao outro seus sentimentos e vê se é recíproco. Se o for, daí propõem esse caminho.

Acredite! Você pode ter uma amizade com uma pessoa há muito tempo, mas quando começar a sugir uma atração recíproca, o nível de cumplicidade e envolvimento aumentará. Sabendo que se gostam, as conversas se aprofundam e as coisas que fazem juntos têm maior significado.

Mas para que tudo isso? Ora, não basta o sentimento! Quem de nós nunca foi enganado pelas próprias emoções, pelo menos uma vez na vida? Ninguém quer começar um relacionamento que pode não dar certo. Se as diferenças forem muito grandes e os planos desiguais demais? E se a pessoa for diferente de tudo o que você viu até agora? Para diminuir essas dúvidas é que se trilha o pré-namoro, pois ele ajuda a saber se o sentimento é só “fogo de palha”, algo vindo das carências, ou se é algo que pode perdurar e se transformar em namoro.

Como agir no pré-namoro? O que fazer junto com a outra pessoa e o que dizer às famílias e aos amigos?

Como ainda não é namoro, então o casal mantém o que é próprio de amigos e não de namorados.
Não se beijam (nem selinho), não andam de mãos dadas, não se abraçam (amigos se abraçam, então podem dar um abraço quando se encontram ou se despedem, também na hora de dar a ‘paz de Cristo’ na Missa… hehehe). Eles conversam, conversam muito. Continuam se encontrando, saindo juntos, exatamente para se conhecerem mais, para falarem de seus sentimentos, das impressões que estão tendo um do outro.

Conheça a história de vida do seu amado, ajude-o em seus afazeres no dia a dia, perceba as reações dele, sua índole, seu temperamento e caráter. Assim, o casal passa pela fase da pura paixão e até se decepciona um com o outro. Isso lhes dá mais condições de decidir não só sobre o sentimento, mas também racionalmente. Será mesmo que compensa namorar com ele?

Ah, vocês podem frequentar a casa um do outro e dizer aos familiares: “Estou gostando e pensando em namorar com essa pessoa, mas preferimos nos conhecer melhor”.

Quanto tempo deve durar o pré-namoro? É relativo o tempo que cada casal pode viver essa experiência. Uns combinam um determinado número de meses, seja quatro ou cinco, por exemplo; outros simplesmente começam a pré-namorar até sentirem que dá para namorar ou não.

O importante é chegarem à conclusão de que conseguem tomar uma decisão, mesmo tendo algumas decepções um com o outro devido a tudo o que conheceram, seja de bom ou ruim.

E é necessário mesmo trilhar o pré-namoro? Algumas pessoas, ao lerem este artigo, vão se questionar: “Se um declara ao outro seus sentimentos, eles vão aguentar continuar saindo sem nenhuma demostração de afeto como namorados? Não acho que seja preciso essa privação”.

Não, não é obrigatório! Não é uma nova lei de namoro cristão. Alías, se, por exemplo, a moça propor o pré-namoro ao rapaz e ele achar desnecessário, que ele se sinta livre para dizer que não quer pré-namorar; e ela também seja livre para acolher a opção dele ou não.

O pré-namoro é somente uma forma de proteger o sagrado que há em você. A verdadeira prova de amor é aquela que mostra o sacrifício próprio pelo amado, sem pedir que ele dê de si.

Deus o abençoe!

Oração para os amigos

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Oração para os amigos

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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Senhor, amigo dos pobres e sofredores,

Consolador das almas tempestuosas,

Médico da vida e mestre da sabedoria;

Venho hoje pedir a Tua proteção para meus amigos.

Olha por aqueles que vivem distantes fisicamente da minha presença,

Mas perto do meu coração e das minhas orações.

A geografia das distâncias não nos separou

Da ternura que cultivamos ao longo da vida.

Não permitas que eles se percam nos caminhos tenebrosos

E sê para cada um a luz a guiar suas escolhas.

Assim como visitaste tantos enfermos e devolveste

A eles a saúde e a vida em plenitude,

Olha com misericórdia por meus amigos enfermos.

Diante do sofrimento concedei-lhes a esperança da vida,

Fortalece cada coração na fé e na paciência.

Que eles encontrem na força da oração

O socorro consolador diante do desânimo e da aflição.

Perdoa, Senhor, minhas faltas contra meus amigos,

sei que por vezes fui egoísta e não ouvi os conselhos

Que poderiam ter evitado tantas situações perturbadoras.

Fiquei, muitas vezes, com raiva e isso fez muitos deles se afastarem de mim.

Que eu tenha a coragem de pedir perdão a todos quantos magoei,

E encontre junto deles a graça de ser perdoado.

Dá-me também a força libertadora de perdoar a quem um dia

Feriu minha alma com palavras e gestos.

Diante do Teu exemplo de amor,

Quero ser portador da paz e da reconciliação.

Amém!

Amizade que tem raiz nunca morre

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As sementes de amizade estão guardadas no solo fértil e generoso do nosso coração

Imagine aquele amigo que, durante anos, conviveu com você, dividiu sonhos, brincadeiras, sorrisos, lutas e conquistas. Enfim, essa pessoa que deu mais cor e brilho à sua vida, mas, por algum motivo, precisou partir. O tempo foi passando, alimentado por boas lembranças e algumas vagas notícias. Falta de iniciativas, descuido pelo afeto, respeito ao processo que cada um precisou viver? Talvez um pouco de tudo isso, mas o certo é que uma amizade verdadeira nunca morre, ela é como a boa semente que, guardada na terra dos corações, espera silenciosa o tempo de germinar e voltar a florir. Então, quando o vento dos acontecimentos sopra e o sol da primavera desperta essa amizade, ela rompe o silêncio do tempo e revela a força que jamais deixou de possuir.

Amizade que tem raiz nunca morre
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com 

Dias atrás, reencontrei uma amiga depois de vários anos distantes. Aliás, anos que foram marcados por grandes acontecimentos em nossas vidas. Casamento, mudança de país, perda de parentes, conclusão da faculdade, conquista de títulos… Enfim, muitas coisas se passaram sem partilharmos. Aos poucos, o contato que era diário passou a ser semanal, mensal, depois anual e quase deixou de existir.

Sinceramente, até duvidei de que aquela amizade ainda tivesse muita importância. Porém, o reencontro ocasional me provou o contrário. De braços abertos, minha amiga veio em minha direção sorrindo como se não existisse espaço de tempo entre o ontem e o agora. Enquanto me abraçava fortemente, disse-me uma frase que define o sentimento: “Onde há raiz, a gente pode descansar. Que bom te encontrar de novo!”.

A amizade estava ali vivinha, pronta para florescer e embelezar tudo à sua volta. Alegramo-nos ao recordar nossas aventuras, brincadeiras diversas e nosso jeito simples, talvez até ingênuo de nos aprofundar na fé. Vivíamos tudo como um sinal de Deus, e tentar agradá-Lo era sempre nossa meta. Ouvindo as histórias, pensei em silêncio: “Preciso continuar vendo os sinais de Deus em todas as coisas. Ele não mudou!”. Lembramo-nos também do quanto ríamos à toa por qualquer motivo. A vida parecia mais leve e os compromissos eram outros, sorríamos tanto que, às vezes, dependendo do ambiente, era preciso disfarçar o olhar das situações engraçadas para não dar um boa gargalhada e sermos incompreendidas. Pensando sobre isso, constatei também que preciso sorrir mais.

Sorrir é uma das melhores coisas da vida, traz inúmeros benefícios a nós e a quem está ao nosso redor, e o melhor é que não custa nada. Por que nos tornamos tão sérios em nossos dias? Dizem que um amigo que sempre nos faz rir merece o céu como recompensa. Bom, lembrei-me ainda das nossas orações em comum. Combinávamos de uma rezar pelas intenções da outra e oferecer sacrifícios diversos, até alcançarem a graça desejada. Percebi que tenho rezado pouco por meus amigos e estou retomando essa prática.

Reencontrar aquela amiga ajudou-me a reencontrar-me também, e esse, aliás, é um dos papéis primordiais da verdadeira amizade, pois nos coloca diante de nós mesmos, faz com que sejamos quem realmente somos e nos instiga a sermos melhores do que imaginávamos ser. Certamente, é por isso que a Palavra de Deus afirma em Eclesiástico 6, 14: “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, encontrou um tesouro”. Como sou grata a Deus por cada tesouro que Ele me permitiu encontrar!

Pelo bem que a experiência me fez, proponho-lhe hoje pensar com carinho nas sementes de amizade que estão guardadas no solo fértil e generoso do seu coração. Essas sementes podem germinar e voltar a florescer para embelezar sua vida e influenciar tudo a sua volta.

Provavelmente, hoje seja um dia oportuno para manifestar aos seus amigos o quanto eles são preciosos e importantes em sua vida. Então, não perca tempo e vá ao encontro deles seja como for. Dessa forma, estará alimentando as sementes de vida e alegria que chamamos de amizade.

 

Qual o valor da amizade para Deus?

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Os laços de amizade são tão fortes, que são estudados por filósofos, cientistas e representados nas artes

Na recente visita do Papa Francisco ao Paraguai, um dos eventos mais aguardados foi o Encontro com a Juventude, em Assunção. O Santo Padre ouviu relatos de três paraguaios: Liz, Orlando e Manuel. Diante do que ouviu, Francisco falou de maneira espontânea, colhendo ensinamentos para todos a partir da vida desses jovens. No entanto, vale a pena enfatizar alguns trechos do discurso preparado por ele, publicado pelo Vaticano, em seguida. “A amizade é um dos presentes maiores que uma pessoa, um jovem pode ter e pode oferecer. É verdade. Como é difícil viver sem amigos! Vede se esta não é uma das coisas mais belas que Jesus disse: ‘Chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai’ (Jo 15,15)”.

Qual o valor da amizade para Deus
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com 

Os laços de amizade são tão fortes, que são estudados por filósofos, cientistas e representados nas artes. No século quarto antes de Cristo, Aristóteles afirmava que a amizade é uma virtude essencial e necessária à vida. Na atualidade, o tema continua a ser fonte de análises. Estudo recente, de 2010, ‘How Many Friends Does One Person Needs? Dunbar’s number and other evolutionary quirks’ (em tradução livre: ‘Quantos amigos uma pessoa precisa? O número de Dunbar e outras peculiaridades evolucionárias’), afirma que biologicamente o ser humano é capaz de manter uma rede de 150 amigos. Diante de perfis de redes sociais que ultrapassam os três mil amigos, a lista de Dunbar pode parece pessimista. Pessoalmente, considero-a até otimista, já que meu hall de amizades soma ao máximo dez pessoas.

Quantas vezes me emocionei ao ouvir o hino à amizade que se tornou célebre na voz de Milton Nascimento! “Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração. Assim falava a canção que na América ouvi. Mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir”. Esses sentimentos expressados na música refletem nossas conexões com pessoas que podemos contar nos dedos e a quem definimos amigos.

O livro mais vendido do mundo, a Bíblia, é repleto de relatos sobre amizade. O fato de ser a Palavra de Deus, podemos considerá-la uma Carta de amor do Amigo de Céu, que toma a iniciativa de falar com Seus filhos. “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo”, conforme vemos no capítulo 33, de Êxodo. Ainda no Antigo Testemunho, há relatos de amizade como Davi e Jônatas, que apesar de seu pai Saul perseguir e tentar matar Davi, foi fiel ao amigo (I Sm 18-20). Há ainda relatos sobre a presença amiga de anjos, como Rafael que acompanhou Tobias em uma viagem.

Presenças preciosas são os amigos. “Amigo fiel é refúgio seguro: quem o encontrou encontrou um tesouro. Amigo fiel não tem preço: é um bem inestimável. Amigo fiel é um elixir de longa vida: os que temem o Senhor o encontrarão. Quem teme o Senhor dirige bem sua amizade: como ele é, tal será seu companheiro” (Eclo 6, 14-17).

No Novo Testamento, a morte do amigo leva Jesus às lágrimas. O Evangelista João dedica um versículo ao evento da morte de Lázaro: “Então Jesus chorou” (Jo 11, 35). Talvez, a partir dessa experiência, Cristo afirma que “não há maior amor do que dar a vida pelo amigo” (Jo 15, 13).

Papa Francisco destaca ainda a necessidade de cultivarmos a amizade com Cristo. “Jesus nunca nos deixa caídos por terra. Os amigos se apoiam, fazem-se companhia, protegem-se. Assim procede o Senhor conosco. Serve-nos de apoio.”

Ao longo da história, muitas pessoas percorreram o caminho de Jesus alcançando a santidade. Nesse caminho, foram presenteados com amigos como Clara e Francisco, Bento e Escolástica, Teresa e João. “Os Santos são nossos amigos e modelos (…), indispensáveis para quem sempre se olha a fim de dar o melhor de si mesmo”, ensina. A amizade proposta por Jesus é verdadeira e nos proporciona a fazer mais amigos. “Contagiar com a amizade de Jesus, onde quer que esteja, no trabalho, no estudo, na noitada, por WhastApp, no Facebook ou no Twitter. Quando saem para dançar ou estão a tomar um bom tereré. Na praça ou jogando uma partida no campo do bairro. É aí que estão os amigos de Jesus”, conclui o Papa Francisco.

Rodrigo Luiz dos Santos – Comunidade Canção Nova

As três fases para formação da amizade

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A amizade é um processo contínuo e dividido em fases, as quais nos ajudarão a compreender melhor esse relacionamento

A amizade é uma construção, por isso existem três fases para sua formação.

As três fases para formação da amizade
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

1. Primeira fase: Iniciação
2. Segunda fase: Manutenção
3. Em alguns casos, há uma terceira fase: Dissolução

A amizade tem um início que corresponde aos primeiros encontros, os quais são entendidos como um tempo para o conhecimento do outro. Esse período inicial é de suma importância, pois é aqui que a confiança se inicia e, aos poucos, o envolvimento se torna mais profundo. Muitas pessoas não conseguem se aproximar de uma outra por dificuldades pessoais, como uma introversão excessiva ou mesmo uma baixa autoestima que o faz acreditar que nenhuma outra pessoa poderia o escolher como amigo.

Esses comportamentos podem dificultar a fase inicial, uma vez que a pessoa não se aproxima de uma outra para estabelecer os primeiros laços. Nesta fase, é importante permitir que o outro possa nos conhecer para então o relacionamento amadurecer e avançar para a manutenção da amizade, que é a próxima fase.

Para manter uma amizade é preciso cultivá-la, cuidar dela diariamente. Esse período é chamado de manutenção. Nessa fase, é importante disponibilizar o mínimo de tempo para conversas, diálogos, trocas de experiências, partilhas, carinhos, demonstrações de amor, ajuda concreta etc., porque quem ama oferece tempo. É fundamental empenho contínuo e cuidados que amadureçam o relacionamento. Esse tempo pode ser muito longo, como anos, décadas ou mesmo toda a vida. Os níveis de atenção ou negligência para o relacionamento são fatores que determinam se a relação se aprofundará ou caminhará em direção à fase de dissolução, ou seja, o fim da amizade.

Existem amizades que duram uma vida inteira, como dissemos anteriormente. Nesses relacionamentos, os amigos são verdadeiros, demonstram afeto e respeito, estão sempre atentos às necessidades do outro e dispostos a ajudá-los, consideram o amigo como alguém importante em sua vida.

Existe ainda a dissolução. Essa fase pode ser o resultado da falta de atenção com o outro, falta de interesse pela vida do amigo, falta de respeito com as diferenças, quando os amigos traem um acordo de sigilo ou mesmo quando um dos membros morre. No entanto, a morte não tem significado de término da amizade; na maioria dos casos, um amigo normalmente não morre para o outro, pois ele passa a existir vividamente na memória.

A amizade, portanto, é um processo contínuo que depende dos envolvidos para crescer, amadurecer, durar a vida toda ou diminuir até a extinção.

João Carlos Medeiros é membro do segundo elo da Comunidade Canção Nova. É psicólogo clínico e familiar, logoterapeuta, sexólogo e mestre em sexologia humana.
Maria Luíza da Silva Medeiros é membro do segundo elo Comunidade Canção Nova. É psicóloga clínica e familiar, pós-graduada em psicoterapias cognitivas e neuropsicologia.

A importância da amizade para o desenvolvimento emocional

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O apoio de uma amizade neste mundo “mais que moderno” torna-se fonte de segurança externa como também apoio psicológico

Entende-se por amizade uma relação íntima entre duas pessoas, e essa relação se realiza espontaneamente, tendo como característica um forte componente afetivo.  O encontro da amizade é entendido como um relacionamento de confiança entre as pessoas. Normalmente, as duas pessoas são beneficiadas na amizade, nela estão envolvidos valores éticos, sociais, afetivos e morais.

A importância da amizade para o desenvolvimento emocional
Foto Daniel Mafra/cancaonova.com

A amizade dentro de uma perspectiva científica é compreendida como uma importante fonte de felicidade e bem-estar. Ela proporciona o apoio social, o compartilhamento de experiências, interesses, memórias, pensamentos, sentimentos e emoções.

Historicamente, o ser humano sempre necessitou do contato social. Quando se viam desprotegidos dentro do ambiente, homens e a mulheres buscavam o contato coletivo, pretendendo se proteger dos muitos perigos externos. Eles percebiam que sozinhos teriam mais probabilidade de morrer. Nesse sentido, o contato com outros sempre trouxe a perspectiva de apoio e proteção.

Assim, desde muito cedo, está claro para a humanidade que não somos seres solitários, somos, antes, sociais, pessoas que necessitam constantemente do outro, e assim somos mais felizes.

Na amizade, vivemos uma dimensão muito importante, que é constitutiva do ser: a afetividade, na qual, podemos manifestar e experimentar o amor, o carinho e muitos sentimentos e comportamentos que nos tornam mais humanos. O apoio de uma amizade, neste mundo “mais que moderno”, é muito importante, pois se tornou fonte de segurança externa como também apoio psicológico.

Quando temos alguém para confiar os nossos segredos, sonhos, dificuldades pessoais e problemas de vários gêneros, não nos sentimos sozinhos no mundo. O acolhimento de um outro nos faz acreditar que somos importantes, portanto, as dificuldades, quando compartilhadas, tornam-se menores, minimizadas e assim podemos ver saídas, ter esperança.

Algumas pesquisas têm demonstrado que quando a pessoa que tem amigo ou amigos apresentam menor propensão ao consumo de cigarros e álcool, como também menor chance para desencadear uma depressão ou mesmo algumas doenças físicas.

O amigo pode ajudar o outro na manutenção de uma mudança de vida, como também pode mobilizá-lo para outras. As relações de amizade permitem ao indivíduo o aprendizado de habilidades sociais ao longo de todo o ciclo vital ( infância, vida adulta e velhice). Em cada momento da nossa vida experimentamos a amizade de uma forma específica, e ela é valiosa para o nosso amadurecimento pessoal nessas etapas. Se, porventura, percebermos que temos dificuldades para ter amigos, perceberemos também que o ativismo diário tem nos distanciado dessa forma íntima e importante de relacionamento, ou alguma experiência negativa nos fez desacreditar. É tempo de voltar a abrir-nos para o encontro com um amigo, pois ele é uma riqueza para nossa vida.

“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir, porque amigo não se pede, não se compra nem se vende. Amigo a gente sente!” (Isabel Machado)


Como o celular pode desconectar o seu relacionamento

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O problema do celular é o exagero que nos torna desconectados nos relacionamentos

– Amor, você ouviu o que eu disse?
– Anh?
– O que você acha sobre isso?
– Uhun…
– Uhun o quê, amor? Você entendeu?
– Peraí amor, só preciso responder umas mensagens aqui…

Como o celular pode desconectar o seu relacionamento
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat são parte das inúmeras ferramentas que possibilitam encontros virtuais entre as pessoas por meio do celular. Elas facilitam muito a vida, são usadas até no trabalho, atualizam-nos sobre o cotidiano de quem não vemos todo dia, reaproxima quem passou pela nossa infância, quem tem as mesmas necessidades que nós, enfim, muitas possibilidades de relação aparecem nessa vida conectada. Contudo, em que medida temos nos refugiado nessas conexões virtuais e nos desligado das pessoas que convivem conosco?

A realidade sem wi-fi nem sempre é tão maravilhosa e deslumbrante como as pessoas postam freneticamente nessas mídias sociais virtuais, mas é a realidade na qual se vive e é onde Deus nos plantou para que florescêssemos. E não é justo que nós negligenciemos nossos relacionamentos com quem está ao nosso lado, à espera da resposta no “zapzap”, do comentário naquela foto ou forjando um cenário para o próximo selfie.

Quer estragar um momento romântico, divertido e espontâneo? Pare tudo o que está fazendo e prepare a cena para a foto, montada para que apareçam no melhor ângulo. E repita isso várias vezes, a cada paisagem. Lá se foram minutos preciosos da viagem, do almoço e do passeio. Do que a gente estava falando mesmo? Nem importa, afinal, a foto já teve dezenas de curtidas! Ou ignore completamente quem está a sua volta, porque, afinal, você precisa se manifestar, agora, na internet, sobre esse tema que está todo mundo comentando, e comentar também, nem que seja um KKKKK, mesmo que discorde da situação, só para se mostrar engajado.

Eu não sou contra tecnologia, de jeito nenhum, sou casada com um esposo que trabalha nessa área, e lá em casa a gente está em todas essas redes e muito mais, mas me preocupa a dose diária de virtualidade que a vida vem adquirindo. Quando se percebe, é muito natural deixar as pessoas falando sozinhas enquanto você fita a tela do celular. “Desculpa, pode repetir? Eu não estava prestando atenção…”

Será que não estamos preterindo quem está ao nosso lado em busca de um ativismo virtual? Há famílias na qual todos os membros se comunicam pelo WhatsApp. Bacana, desde que isso não substitua a convivência fraterna dessas pessoas, o carinho mútuo, o amor, o afeto, o cuidado e também o compartilhamento ao vivo de tristezas, dores e dificuldades. Para provocar uma guerra, basta esquecer o carregador do celular.

Minha gente, vivemos bem sem isso, não é? Não precisamos nos fazer escravos do mundo conectado!

Eu já fiz um teste e recomendo: passe um dia completamente desconectado. Inicialmente, parecerá uma tortura, mas, ao fim do dia, você perceberá o quanto pôde cuidar das pessoas e das situações que estavam ao seu lado no dia a dia. Depois, teste ficar dois ou três dias, talvez até uma semana longe das redes virtuais. Você verá como seu tempo foi empregado em observar e agir na realidade mais próxima a você.

Ao dar um tempo nesse ambiente conectado, você voltará a ele com mais senso crítico, menos afetado pelas opiniões extremadas, e poderá dosar mais o seu tempo on-line, para que tenha também tempo de qualidade desconectado. Já percebeu como os nossos sentimentos ficam mais aflorados e acalorados na internet? Nós nos sentimos até mais corajosos para nos manifestar, dizer o que bem queremos e entender os demais à nossa maneira, levando tudo ao pé da letra e a ferro e fogo, combatendo as opiniões contrárias como se estivéssemos em guerra, como se não houvesse amanhã e, muitas vezes, magoando quem está dentro e fora do mundo virtual.

Estar on-line não é problema, o problema é o exagero que nos faz escravos da conexão virtual, negligenciando nossos relacionamentos.

Se estiver difícil vencer essa escravidão em casa, desligue a internet e pratique a frase que um restaurante divulgou bastante nas redes sociais: “Não temos wi-fi. Conversem entre vocês”.

Como lidar com as brigas e os desentendimentos no namoro?

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Brigas e desentendimentos no namoro não podem virar a 3ª Guerra Mundial

Quantas vezes você se desentende com si mesmo ao acordar? Às vezes, irrita-se com algo que acontece de imprevisto ou que poderia ter feito e não fez? Quantas são as situações que o chateiam quando pensa: “Nossa, como pude fazer isso? Meu Deus! Sério que fiz isso?”.

De fato, desentendemo-nos com nós mesmos, e, nessa hora, precisamos nos reconciliar. Essa é a aventura humana! Agora, alargue um pouco sua visão e pense: tudo isso em um relacionamento a dois! O nome já diz: trata-se de duas pessoas, de dois mundos, duas histórias, duas visões e dois sentimentos. Por isso, é inevitável o desentendimento e o conflito.

Como lidar com as brigas e os desentendimentos no namoro

Quanto se trata de namoro, noivado ou casamento, então, meu Deus! Um simples ato de apertar a pasta de dente ao meio pode ser um “campo minado” para estourar uma discussão acalorada com sua digníssima, a qual, simplesmente, não suporta o fato de você não apertar o creme dental no início do tubo.

Desentendimentos surgirão, mas a pergunta é: Como lidar com eles? Como não fazer do relacionamento uma 3ª Guerra Mundial? Ah, e se você acha que o fato de rezar ou ter uma vida sem estresse o blindará desses momentos de tensão, fique tranquilo e permita-se ser humano. Até o Papa disse: “É habitual os casais se zangarem… Às vezes, [até] voa um prato. Contudo, por favor, lembrem-se disso: não acabem o dia sem fazer as pazes. Nunca, nunca! Esse é um segredo para conservar o amor”.

Se posso também dar uma dica, darei três para quando surgirem as desavenças, tá legal?

Buscar uma solução: Quando há um ponto de divergência, é interessante parar e pensar: Há uma solução para isso? Podemos solucionar o problema que surgiu? O diálogo será o meio mais eficaz de descobrir as soluções!

Achar o meio termo: Nem sempre o problema terá uma solução. Nessa hora, não se trata de um ou o outro vencer, com uma saída plausível. É interessante achar o ponto de equilíbrio que fique bom minimamente para ambas as partes. O meio termo é: “Nem para o seu lado nem para o meu, mas o melhor para o nós!”.

Deixar passar: Há coisas e situações para as quais, de fato, não adianta gastar fosfato nem massa cinzenta. Só o tempo poderá resolver! Há situações que precisam de um dia, dois ou mais para serem resolvidas; nesse tempo, com os ânimos mais calmos, as coisas podem se assentar ou, literalmente, você vai precisar deixar passar!

Como dialogar e ter sucesso no falar?

Pergunta boa! Às vezes, no diálogo, falamos A, mas o outro entende B; e saímos com um R de “raiva”!

Uma simples equação na fala pode ajudar! Vamos lá:
“Quando você faz isso____________, eu sinto isso _______________. Acho que poderia ser assim _______________.”

Nessa hora, a pessoa poderá dizer o que pensa na mesma equação; dessa forma, as coisas vão ficando mais claras! Muitas vezes, por não sabermos identificar com nitidez nossos sentimentos e falar deles, entramos em enrascadas.

Muitos se perdem e perdem lindos relacionamentos por não saberem sobreviver a esses momentos de incompatibilidade de gênio! Gosto do pensamento de Chesterton sobre isso, quando ele analisa a causa de muitos divórcios: “Já que os americanos admitem o divórcio por “incompatibilidade de gênio”, não consigo compreender como não se divorciaram todos, pois tenho visto muitos casamentos felizes, mas nunca um casamento compatível. O casamento é justamente feito para a luta e para transpor o instante em que a incompatibilidade triunfa, porque o homem e a mulher são, por definição, incompatíveis”. Chesterton (What’s wrong with the world)

Sempre seremos incompatíveis pelo simples fato de sermos homens e mulheres (corpo, mente e até o jeito de rezar são diferentes!). Isso é ótimo, pois é a medida certa para que possamos viver a santidade, que é busca por uma inteireza enquanto pessoa humana.

Então, podemos até quebrar uns pratos, mas nada de dormirmos brigados, tá legal?

Tamu junto!

20 conselhos do Papa Francisco aos recém-casados

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Momento especial para os recém-casados receber os conselhos do Santo Padre

Ao final das audiências gerais, já se tornou costume a saudação do Papa a casais recém-casados. Um momento muito especial para essas pessoas que iniciam uma vida a dois receber a benção do Santo Padre. Em primeiro lugar, Francisco elogia a coragem dos jovens por terem escolhido o matrimônio porque, segundo o Papa, casar “requer muita coragem”. Ao longo do ciclo de catequeses direcionadas às famílias, selecionei 20 conselhos aos novos casais:

20 conselhos do Papa Francisco aos recém-casados
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Conselhos

1. Façam a experiência do amor gratuito como é o amor de Deus pela humanidade.
2. A mansidão dos santos indique a vocês o estilo das relações entre os cônjuges na família.
3. A fortaleza da santidade até o martírio aponte os valores que verdadeiramente valem a pena na vida familiar.
4. Amem a vida que é sempre sagrada, apesar de marcada por fragilidade e doenças.
5. As obras de misericórdia ajudem vocês a viverem a existência conjugal abrindo-a à necessidade dos irmãos.
6. Encontrem na aliança que, Cristo assumiu com Sua Igreja a preço de Seu Sangue, a base a do pacto conjugal de vocês
7. Construam sua família sobre o mesmo amor que uniu José à Virgem Maria.
8. Desejo de coração que vocês cresçam na generosa disponibilidade em relação ao Senhor, seguindo o exemplo da Virgem Santa.
9. Coloquem Deus no centro para que sua história conjugal tenha mais amor e mais felicidade.
10. Vivam o matrimônio em concreta adesão a Cristo e aos ensinamentos do Evangelho.
11. Vivam o seu amor imitando o amor misericordioso de Jesus.

Virgem Maria

12. Aprendam da Virgem Maria a conceder espaço à escuta da Palavra de Deus e à prática da caridade, vivendo com alegria a pertença à Igreja, à família dos discípulos do Cristo Ressuscitado.
13. A cruz cotidiana seja a referência de vocês para que a vida familiar seja uma lareira de oração e recíproca compreensão.
14. Aprendam a cultivar a devoção à Mãe de Deus pedindo-a para que não falta nunca na casa de vocês o amor e o respeito recíproco.
15. O amor à Eucaristia nutrido pelos santos estimule vocês a fundar a família sobre o amor de Deus.
16. O apostolado dos santos nas periferias convide vocês a ajudar os mais frágeis e necessitados da família.
17. A Devoção ao Sagrado Coração de Jesus e ao Coração Imaculado de Maria sustente vocês no caminho conjugal e na educação com amor dos filhos que o Senhor quiser lhes dar.
18. No caminho que vocês assumiram, busquem a Eucaristia para que nutridos de Cristo sejam famílias cristãs tocadas pelo amor do Coração de Jesus.

Santa Mônica

19. Confiemos à intercessão de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, os recém-casados e os pais cristãos para que como Mônica, acompanhem com o exemplo e com a oração o caminho dos filhos.
20. Santa Maria seja o modelo no caminho conjugal de dedicação e fidelidade.

Conheça as três palavras-chave da vida em família

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A correria do dia a dia despreza essas palavras, daí já percebemos para onde  a vida familiar  tem  caminhado

Com licença, obrigado e desculpe-me: três palavras-chave da vida em família. Por sua simplicidade, elas podem despertar risadas em quem as ouve, mas, quando esquecidas, as consequências não são nada boas. A correria do dia a dia despreza essas palavras; daí, já percebemos para onde a sociedade tem caminhado. Atento aos novos desafios, o Papa Francisco prepara a Igreja para o Sínodo dos Bispos, que discutirá a missão e a vocação da família no mundo atual.

Conheça as três palavras-chave da vida em família

Alegria, unidade, doação, paciência, crescimento… Muitas são as palavras que podem definir a convivência familiar. Porém, uma estudante universitária, ao ser provocada a encontrar palavras que expressassem o que representa a família, disparou que “confusão” era o melhor sinônimo. Realmente, podemos dizer que a família é uma espécie de espelho da vida. “A família é bela, porque não é harmoniosa”, escreveu o inglês Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton. De acordo com esse escritor cristão, a sanidade familiar resulta das discrepâncias e diversidades próprias que enfrenta. Diante de tantos desafios impostos por novos modelos à família cristã, torna-se cada vez mais necessária a promoção do protótipo de família formado por pai, mãe e filhos.

Em 10 de dezembro de 2014, o Santo Padre apresentou o ciclo de Catequeses sobre a família e explicou como aconteceu o Sínodo intitulado “Os desafios pastorais da família no contexto da nova evangelização” e os frutos que produziu. O Papa direcionou sua explicação aos profissionais da comunicação que buscaram noticiar o Sínodo, porém, talvez por não estarem acostumados com coberturas de notícias religiosas, muitos jornalistas abordaram o assunto com um viés político ou esportivo, sugerindo que, na Igreja, há partidos ou times rivais. “Falava-se, muitas vezes, de dois times: prós e contras, conservadores e progressistas etc”, afirmou Francisco.

Censura prévia

Com seu jeito bem próprio, Papa Francisco desenvolveu as catequeses de maneira muita espontânea e sem medo de fazer esclarecimentos. Disse que pediu aos padres sinodais (assim são chamados os bispos e cardeais convocados para participar do Sínodo), para falar de maneira franca, corajosa e humildade o que pensavam. Como bom jesuíta, Jorge Bergoglio tem um dom de discernimento apurado. Sabe que, “quando se procura a vontade de Deus (…), há diversos pontos de vista e discussão, e isso não é uma coisa ruim!”. Mas se há uma coisa que o Papa teme é censurar os outros, isso para ele não tem cabimento. “Seria uma coisa ruim a censura prévia. Não, não. Cada um deveria dizer aquilo que pensa”, afirmou.

No confronto, permaneceu e fortaleceu-se na convicção de verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio, como indissolubilidade, unidade, fidelidade e abertura à vida. “Esse foi o desenvolvimento da assembleia sinodal. Alguns de vocês podem me perguntar: ‘Os padres brigaram?’. Não sei se brigaram, mas que falaram forte, sim, é verdade. E essa é a liberdade, é justamente a liberdade que há na Igreja. Tudo aconteceu “cum Petro et sub Petro”, isso é, com a presença do Papa, que é garantia para todos de liberdade e de confiança, garantia da ortodoxia. E, no fim, com a minha intervenção, dei uma leitura sintética da experiência sinodal”.

Sínodo é uma palavra grega que significa “fazer juntos o caminho” ou “caminhar juntos”. O Papa Francisco completou dizendo que o Sínodo é um espaço onde o Espírito Santo tem liberdade de agir. “Devemos saber que o Sínodo não é um parlamento, vem o representante desta Igreja, daquela Igreja, de outra Igreja… Não, não é isso. Vem o representante, sim, mas a estrutura não é parlamentar, é totalmente diferente”. No Sínodo, os bispos têm a oportunidade de confrontar ideias para o bem das famílias, da Igreja e da sociedade.

O amor é a nossa missão

A Sagrada Família nos inspire para que, com nosso testemunho, possamos contribuir com a Instituição Familiar, que possa ser colocada no lugar correto: no nosso coração, na nossa casa e também na nossa convivência civil. O ambiente familiar é muito rico e constitui uma vocação para o ser humano, mas também um grande desafio.

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Amigos, amigos, casamento a parte?

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No casamento, essa busca de cumplicidade, companheirismo e confiança não precisa esfriar

A amizade é uma das riquezas que Deus nos permite ter nessa vida. Quando crianças, chamamos de amigos aqueles meninos e meninas com os quais mães, pais ou responsáveis nos colocam em contato; geralmente, os vizinhos mais próximos, os primos, e os colegas de escola.

Amigos amigos casamento à parte
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Na adolescência, uma fase de descobertas, entramos pra uma turma que tenha os mesmos gostos que nós, e estes, muitas vezes, são completamente diferentes do que os pais e mães escolheriam. Não necessariamente abandonamos os amigos de infância, mas exercitamos, de maneira mais autônoma, a escolha desses amigos – e vamos nos moldando a novos grupos.

Na juventude, vêm os colegas de trabalho; alguns se tornam até amigos. Há também os amigos de farra, os amigos de fé. E muitos casamentos nascem assim, entre amigos, o que é bom e louvável. Em outros casos, o casal se apaixona, aproxima-se e, no namoro, vai construindo a amizade, descobrindo-se amigo um do outro. Quando se casam, essa busca de cumplicidade, companheirismo e confiança não precisa esfriar.

Compartilhar a vida fora de casa

Todas nós temos grandes amigos, aqueles que sabem todos os nossos segredos e sonhos. O importante, porém, é compartilhar a nossa vida não só com eles, mas com os maridos. Temos de saber que os homens, geralmente, não são muito ‘conversador” como boa parte de nós é, mas a questão é: precisamos cultivar o diálogo e a amizade no namoro, noivado e casamento? Não faz sentido compartilhar a vida com os amigos “fora de casa”e deixar quem divide o mesmo teto que você, quem o escolheu para ser parceiro de vida, à margem do que acontece’.

Leia também:
:: Como é boa a vida a dois
:: O casamento não é uma “missão impossível”

Eu sei que nem todos os homens são pacientes para escutar e nem todos querem se abrir ao diálogo, mas mulher, comece por você. Com sabedoria, identifique momentos em que vocês possam conversar sobre o dia a dia, sobre sonhos e planos, mas sem tagarelar sobre a sua vida na hora do futebol ou do videogame dele, senão vai ser briga na certa! Seja sábia!

Aproveite para criar situações propícias para uma conversa, como uma caminhada no fim da tarde, quando se vai e volta juntos para o trabalho, ficar ao lado conversando e contando da vida enquanto o outro faz a comida ou lava as vasilhas. Isso é ser companheiro.

Colocar a conversa em dia

Lá em casa, freiamos o corre-corre com o hábito de fazer todas as refeições à mesa, nos fins de semana, então, é um dos nossos momentos de colocar “as fofocas em dia”. É divertido e muito edificante ouvir sobre o trabalho do esposo, seus planos, como venceu as dificuldades e também dar a oportunidade para que ele peça sua opinião e seus conselhos. E vice-versa, hein, maridos! Muitos casamentos acabam, porque os cônjuges não sabem cultivar a amizade.

Há uma música que fala: “amigo é coisa para se guardar”; mas, no casamento, precisamos aproveitar essa amizade que o Senhor nos deu e fazer dela um espaço de cumplicidade, exercício diário que nos edificará e nos conduzirá ao céu.

E você, já bateu aquele papo gostoso com seu esposo hoje?

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Casar ou morar junto?

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Entenda as diferenças entre casar ou morar junto

A escolha por viver juntos em vez de se casar, muitas vezes, surge da curiosidade de ver se o casal é compatível. O pensamento por detrás da decisão, uma vez que ambos dividirão o mesmo teto e as despesas, é que, se as coisas não derem certo, eles não precisarão de um divórcio nem passarão por todo aquele sofrimento. Por fim, a dúvida entre casar ou morar junto surge.
Entenda as diferenças entre casar ou morar juntoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O casamento é uma decisão de suma importância, que requer do casal um discernimento sério. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou 341,1 mil divórcios em 2014, ante 130,5 mil registros em 2004, um aumento de 161,4% em uma década. Considerando a alta taxa de divórcio, que muitos namorados experimentam de seus próprios pais, é compreensível o medo que eles trazem de assumir um compromisso definitivo.

Em entrevista ao Portal Canção Nova, o norte-americano Mark Evan, especialista na Teologia do Corpo de São João Paulo II, afirma que a coabitação não é boa para os casais. “Eles perdem o significado do ato sexual, pensando que significa apenas ‘eu te amo’, mas significa ‘eu sou seu para sempre’, e essas palavras são verdadeiras apenas quando eles se casam”. Quem vive junto, mas sem o sacramento do matrimônio, em cada relação sexual está dizendo: “Eu estou com você enquanto isso durar”. A porta dos fundos está sempre aberta para eles se deixarem. Eles pensam que estão se amando, mas, na verdade, estão apenas usando um ao outro para benefício próprio por um período indeterminado de tempo.

Leia mais:

::Tenha a coragem de romper com um namoro que não o constrói
::Como escolher um namorado?
::Casar em tempo de crise?
:: 10 formas de amar minha namorada sem sexo

Parece lógico que a convivência oferecerá uma boa visualização do casamento, porém, sociólogos descobriram que a expectativa de uma relação positiva entre coabitação e a estabilidade conjugal foi destruída nos últimos anos por estudos realizados em vários países ocidentais.

As seis desvantagens de morar juntos antes do casamento

Os estudos descobriram que se o casal quer um casamento bem-sucedido, é melhor morar juntos só depois do casamento. O norte-americano Jason Evert, mestre em teologia e aconselhamento matrimonial, aponta seis desvantagens em coabitar.

1. A maioria dos casais que vivem juntos nunca se casaram. Aqueles que moram juntos antes do casamento têm uma taxa de divórcio até 80 por cento mais elevado do que aqueles que esperaram até depois do casamento para viverem juntos.

2. Casais que coabitaram antes do casamento também têm maior conflito conjugal e comunicação mais pobre, eles fazem visitas mais frequentes a conselheiros matrimoniais.

3. As mulheres que coabitam antes do casamento tem três vezes mais probabilidade de trair seus “maridos” do que as mulheres que se casaram.

4. As mulheres que coabitam têm três vezes mais probabilidade de ter depressão do que as mulheres casadas.

shopping (1)5. Casais que coabitam são sexualmente menos satisfeitos do que aqueles que esperaram até o casamento.

6. Do ponto de vista de duração matrimonial, paz e a fidelidade conjugal, segurança física, bem-estar emocional e a satisfação sexual, é evidente que a coabitação não é uma receita para a felicidade.

Casais que coabitam têm maiores taxas de divórcio

Um dos motivos para o aumento da taxa de divórcio é que coabitar enfraquece o compromisso. “Se um parceiro encontra falhas suficientes no outro, eles estão livres para ir embora. O desejo de introduzir um test drive mostra falta de fé no amor de um pelo outro”, esclarece Jason. Por um lado, o casal está dizendo que eles desejam uma intimidade plena, mas, por outro lado, querem deixar uma saída caso o parceiro não esteja à altura. Isso semeia dúvidas e desconfianças desde o início do relacionamento.

As seis desvantagens de morar juntos antes do casamento Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Casamentos bem-sucedidos não são o resultado de uma falta de características irritantes no cônjuge, mas o resultado de escolher amar e perdoar o outro no dia a dia, com todas as suas imperfeições.

O que devemos fazer se estamos vivendo juntos?

Mark Evan recomenda que os casais se mudem para apartamentos separados e parem de ter relações sexuais. “O casal deve começar a construir a relação em terreno mais sólido, fazer as perguntas fundamentais e ver se eles realmente se conhecem e se são realmente bons um para o outro, para unir suas vidas para sempre.”

Esperar para compartilhar o dom do sexo não deve ser visto como um passivo atraso de paixão, mas como uma formação ativa de fidelidade. Afinal, você não quer saber antes do casamento se o seu cônjuge será capaz de resistir às tentações depois do casamento?

Como qualquer casal, você sonha com um amor duradouro. Portanto, se você quer fazer o relacionamento dar certo, salve o seu casamento antes que ele comece e more com o seu cônjuge só após o casamento.

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Católico pode ir a motel?

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O casal cristão não precisa de estripulias para viver uma vida sexual harmoniosa

Com os problemas do dia a dia, o corre-corre para dar conta do trabalho, dos filhos e do lar, muitas vezes os casais acabam se deixando um pouco de lado. É normal que muitos busquem maneiras de fazer com que o relacionamento saia da “rotina”; em certos casos, isso é bom. No entanto, é preciso que os casais católicos tenham certo “filtro”, tenham discernimento ao escolher uma maneira de alcançar o resultado que desejam.

Católico pode ir a MotelFoto: DNY59, 15551432, iStock by getty images

Alguns preferem jantar fora, outros deixam os filhos um fim de semana com os avós e vão viajar ou ainda saem a sós, para um simples passeio. Enfim, existem muitas maneiras de fazer “algo diferente” com seu cônjuge. Cada casal deve buscar em sua realidade o que é melhor para os dois. Com isso, muitos se perguntam se casais católicos podem ir a motéis. Vou lhe dar minha opinião.

Leia mais:

:: Vida sexual no casamento, será que vale tudo?
:: As cinco fases do ato conjugal
:: O sexo nos planos de Deus
:: O sexo e a fidelidade conjugal

Sinceramente, não aconselharia um casal católico a ir a um motel. Podemos dizer que o motel, no Brasil, não é como nos EUA, por exemplo, um simples hotel de beira de estrada, onde as famílias pernoitam para continuar uma viagem. De modo diferente, embora muitos trabalhadores ainda utilizem o motel para pernoitar, sabemos também que a maioria de seus frequentadores usam desse espaço para a prática da fornicação ou para viver o adultério. Sabemos que ambas as práticas configuram pecados graves: “Não cometerás adultério” (Ex 20,14); ou como mostra o Catecismo da Igreja Católica (CIC):

“O adultério. Essa palavra designa a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério. Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo. O sexto mandamento e o Novo Testamento proscrevem absolutamente o adultério. Os profetas denunciam sua gravidade. Veem no adultério a figura do pecado de idolatria” (CIC n.2380).

“O adultério é uma injustiça. Quem o comete falta com seus compromissos, fere o sinal da aliança, que é vínculo matrimonial; lesa o direito do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos, que têm necessidade da união estável dos pais” (n.2381).

O Catecismo da Igreja, quando fala dos graves pecados contra a castidade, diz: “Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais” (n. 2396).

Ora, se o motel é um lugar onde esses pecados podem ser cometidos abundantemente, como, então, um católico deveria frequentá-lo? Não vejo o menor sentindo nem necessidade. Você levaria sua esposa, por exemplo, para jantar em um restaurante onde você sabe que é sujo e contaminado por bactérias? Claro que não! Você a respeita e cuida de sua saúde física.

Não há como negar que a maioria dos motéis são usados também para a prostituição, um pecado grave: “A prostituição é um atentado contra a dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida ao prazer venéreo que dela se tira. Quem paga, peca gravemente contra si mesmo: quebra a castidade a que o obriga o seu Baptismo e mancha o seu corpo, que é templo do Espírito Santo (102). A prostituição constitui um flagelo social” (n.2355).

É o amor que gera a união corporal

Cada um de nós precisa cuidar também da sua saúde espiritual. Quando se entra numa igreja, sua alma é envolvida pelo sagrado. Quando você entra num local de pecado, ela é envolvida pela iniquidade e imoralidade. São Paulo recomenda: “Não deis ocasião ao demônio” (Ef 4,27).

shopping (1)

O casal cristão não precisa de estripulias para viver uma vida sexual harmoniosa; não precisa de “Kama Sutra” nem de “não sei quantos tons de cinza”, vermelho ou roxo. Ele precisa de amor e fidelidade recíproca, de carinho mútuo, atenção um com ou outro. Essa é a melhor preparação para uma boa vida sexual. Ele pode experimentar plenamente o segredo da felicidade sexual no prazer e na alegria, porque sabe combinar na cama, harmoniosamente, o corpo e a alma, o humano com o divino. Sem isso não adiantam hormônios, estimulantes sexuais, técnicas exóticas, bebidas, músicas, danças, sofisticações eróticas nem posições acrobáticas. Algumas dessas coisas, usadas com equilíbrio, até podem ajudar a harmonia sexual do casal, mas se faltar o essencial, que é a conjugação do corpo com o espírito, tudo pode falhar e terminar em frustração.

O ato sexual não é a causa do amor do casal, é o efeito dele. Não é o ato que gera o amor; é o contrário, é o amor que gera a união corporal para celebrá-lo.

Como o ato sexual foi querido por Deus, devemos entender que Ele está junto do casal nessa hora de “liturgia conjugal”. Por isso, o casal deve respeitar a presença divina que os uniu em matrimônio, a fim de conseguir realizar em plenitude o que Ele quis para eles. Cristo está presente também nessa hora, pois é nesse momento que um novo ser humano poderá ser gerado, na celebração do amor conjugal. Cristo quer incluir a vida sexual do casal no seu projeto de santificação. Também ai o casal cresce no seu amor, na compreensão mútua, no perdão e na paciência.

O ato sexual em clima de fé santifica

Em outras palavras, o ato sexual em clima de fé santifica. Naquela hora é como se o casal orasse com o corpo todo. É por isso que antigamente, após a celebração do matrimônio na igreja, o padre ia à casa do casal benzer a sua cama; pois é no ato sexual que o matrimônio é consumado.

O casal deve vigiar para que a relação sexual não seja mundanizada, isto é, realizada à moda da prostituição vendida em fitas de vídeo de filmes pornográficos. Sabemos que muitos motéis oferecem vídeos pornográficos aos casais, mas estes não precisam disso para se prepararem para o ato sexual.

A Igreja ensina que “a pornografia ofende a castidade, porque desnatura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. A pornografia atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes e público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um mundo artificial. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos” (cf.CIC n.2354).

A moral católica ensina que não se pode fazer o bem através de um meio mal. Logo, a pornografia e outros meios condenados pela moral não podem ser válidas no fomento do ato sexual do casal cristão. “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada qual saiba tratar a própria esposa com santidade e respeito, sem se deixar levar pelas paixões desregradas como fazem os pagãos que não conhecem a Deus” (1 Tess 4,3-5 – Bíblia de Jerusalém).

Além do mais, se o casal cristão usa de um motel, está fomentando o seu crescimento, quando deveria ser o contrário. Está colaborando formalmente para o mal – o que não é lícito. Há muitas outras formas sadias e legítimas para um casal rejuvenescer sua vivência sexual. É preciso vigiar contra a máquina publicitária, que está montada em cima de um comércio imoral do prazer, e que tende a arrastar também aqueles que amam a Deus.

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Minha namorada quer transar. E agora?

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Quando a sua namorada quiser transar, recorde-a de que sexo e amor não são mera curtição

Recebi muitos comentários sobre o artigo “Meu namorado quer transar. E agora?”, sendo que alguns rapazes cristãos chamaram a minha atenção no sentido de que, hoje, as moças também estão, muitas vezes, exigindo “transar” no namoro, deixando-os em situação difícil.

Em primeiro lugar, devo dizer que recebi o título do artigo da equipe do Portal da Canção Nova e pensei que devesse me limitar a ele; na verdade, eu poderia ter abordado o assunto de ambos os lados, das moças e dos rapazes.

Minha namorada quer transar, e agora - 1600x1200

No tempo do meu namoro,– que já vai longe!,– quase não se cogitava a possibilidade de uma moça exigir do namorado a realização do ato sexual; e os pais cuidavam disso muito de perto. Talvez por isso, inconscientemente, eu tenha me restrito ao tema do artigo proposto.

Um rapaz, que reclamou da parcialidade do meu artigo, disse-me que terminou o namoro com uma garota, porque ela exigia dele vida sexual. Na resposta a seu e-mail, a primeira coisa que escrevi foi um elogio a ele, com minhas congratulações por se comportar de verdade, corajosamente, como um jovem verdadeiramente cristão; algo não tão comum hoje em dia.

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Nossos jovens cresceram sem receber a menor informação sobre o “brilho” da virtude da pureza; por isso, hoje, quase sem culpa, estão encharcados de sexo vazio.

Se o ato sexual no namoro não deve ser forçado pelo rapaz, muito menos pela moça, uma vez que ela é quem mais vai ficar marcada com esse comportamento. Ora, sabemos que a mulher é detalhista e não se esquece de nada que ocorra na sua vida, especialmente na área romântica.

Minha esposa, depois de 40 anos, ainda sabe a cor da camisa que eu usava quando comecei a namorá-la. Ela se lembra de tudo, dos detalhes, das músicas… Confesso que eu não me lembro de quase nada.

É preciso dizer aqui que a parte que mais sofre com a vida sexual fora de lugar é a mulher. A jovem, na sua psicologia feminina, não esquece os menores detalhes da sua vida amorosa. Ela guarda a data do primeiro encontro, o primeiro presente etc… Será que ela vai se esquecer da primeira relação sexual? É claro que não!

Como deve ser a primeira relação sexual?

A primeira relação deve acontecer num ambiente preparado, na lua de mel, quando a segurança do casamento a sustenta. A vida sexual de um casal não pode começar de qualquer jeito, às vezes, dentro de um carro numa rua escura ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição. O relacionamento sexual não é mera aventura ou sonho de verão, mas sim o selo de um compromisso de duas pessoas maduras que decidiram entregar a vida um ao outro e aos filhos até a morte. O sexo e o amor são a nascente da vida humana, e não uma mera curtição.

Além do mais, quando o namoro termina, as marcas que o sexo deixa ficam no corpo da mulher para sempre. Para o rapaz, tudo é mais fácil. Ele não precisa usar pílula anticoncepcional (que faz mal para a mulher), nem o DIU ou a pílula do dia seguinte, que é uma bomba de hormônio na mulher. O rapaz não corre o risco também de uma gravidez indesejada ou de procurar o crime do aborto para eliminar a criança que não devia ter sido gerada.

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Eu me lembro de que, na década de 70, para diminuir os acidentes de trânsito, o Governo lançou um slongan: “Não faça de seu carro uma arma, a vítima pode ser você”. Podemos perfeitamente plagiar essa frase e dizer: “Não faça do seu corpo uma arma, a vítima pode ser você”. Já vi e ouvi muita moça chorar, porque brincou com o sexo. Não faça isso!

Para que serve o namoro?

O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma e não o seu físico. Para tudo há a hora certa, no momento em que as coisas acontecem com equilíbrio e com a bênção de Deus. Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz, certa de que você não vai complicar a sua vida, a do seu namorado nem mesmo da criança inocente.

O bom para o namoro é uma vida de castidade, que é a melhor preparação para o casamento. Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal.

Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear. Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz: “De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá” (Gl 6,7).

Peço que você faça essa experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, veja quais são os casamentos que estão estáveis e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.

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Por que namorar sem sexo?

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Namorar sem sexo é uma forma segura de proteger o amor

Quando o assunto é sexo antes do casamento, a coisa tende a ficar polêmica. Alguns podem pensar que a castidade é somente um mandamento da Igreja, por isso decidem vivê-la por medo de pecar. Mas, afinal, por que namorar sem sexo?

por-que-namorar-sem-sexo-fer-guiFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com
A renúncia da relação sexual não é somente uma expressão de obediência à Igreja; é também uma manifestação de amor ao seu parceiro e a Deus: “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (João 14,15). Não importa o que vocês viveram no passado, a pureza pode ser recuperada se um casal voltar o coração para o Senhor. Entretanto, um passo indispensável é a busca pelo sacramento da reconciliação.

Em entrevista ao Portal Canção Nova, o norte-americano Mark Evan, especialista em Teologia do Corpo, de São João Paulo II, afirma: “Uma menina sexualmente ativa com o namorado está basicamente dizendo-lhe: ‘Estou disposta a fazer sexo com um homem, mesmo que ele não seja meu marido’. Felizmente, hoje, esse homem é você, mas amanhã pode ser qualquer outro”.

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:: Casar ou morar junto?
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A intimidade sexual no relacionamento pode cegar o casal e impedir que eles realmente se conheçam. Eles podem se casar com base no que sentem um pelo outro, e não com base em quem eles são um para o outro. Por isso, sempre é tempo de recomeçar, e o primeiro passo é reservar a intimidade sexual para o casamento.

Por que escolher viver a castidade?

A castidade é uma maneira segura de proteger o amor. Virtudes como a castidade, humildade, autocontrole, paciência e disposição para se sacrificar, que mantêm os matrimônios saudáveis, são desenvolvidos no namoro.

Se um casal não entende esses princípios, talvez eles não entendam o significado do sacramento do matrimônio. O casamento não é apenas um compromisso feito em um pedaço de papel, mas é um vínculo sobrenatural, uma aliança de Deus com o casal que só pode ser rompido com a morte. Na noite de núpcias, a relação sexual é a expressão visível dessa união invisível abençoado por Deus.

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Se o casal coabita, é melhor deixar de viver juntos, porque é tentador dormir na mesma casa, uma vez que eles estarão mais propensos a cair nos velhos hábitos. Dormir e acordar juntos, na mesma casa, em uma rotina diária com uma pessoa que você ama, é um dom que deve ser reservado para o casamento.

O amor é paciente e os casais que são confidentes em seu amor e vivem a castidade sabem que eles terão o resto de suas vidas para desfrutar do sexo. Agora é o tempo propício para se preparar para o matrimônio e estabelecer as bases para o resto da vida juntos.

Deus abençoe a sua decisão!

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Como conhecer melhor seu namorado?

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Saiba como conhecer melhor seu namorado e reagir positivamente no relacionamento

Basicamente, o tempo de namoro serve para que uma pessoa conheça a outra e então os dois saibam como reagem e respondem entre si dentro de um relacionamento. Mas como conhecer melhor seu namorado?

Como conhecer melhor meu namorado(a)Foto: Copyright: StockRocket
Num namoro, não basta apenas conhecer o amado no sentido de saber os gostos dele, saber definir suas habilidades e defeitos. Amigos se conhecem assim, familiares se conhecem assim, mas o namoro deve caminhar para que o casal tenha um vínculo afetivo tão grande, a ponto de ser único. Afinal, é exatamente isso que acontecerá se ambos chegarem a consolidar o matrimônio, pois, pela força do sacramento, eles serão uma só carne e uma só alma. E o namoro naturalmente proporciona tudo isso, que ambos se apropriem um do coração do outro no amor, pela livre opção do amado em se doar.

É claro que não se alcança toda essa cumplicidade de um dia para o outro. Deve-se respeitar as fases, o tempo, a gradualidade de cada coisa, a disposição interior que a outra pessoa tem em se doar, em confiar cada vez mais no namorado e revelar o que ela é. Portanto, tudo parte do conhecimento entre o casal.

Leia mais:

:: As fases do namoro
:: Os tipos de namoro
:: 10 dicas para um bom namoro
:: Namoro e o noivado são passos em preparação para o casamento

Vou citar quatro aspectos de como se dará esse conhecer o outro, e daí o bom relacionamento entre eles. Um detalhe: os quatro aspectos interagem entre eles, um funciona em vista do outro. Não dá para aplicar só um deles. É preciso analisar e praticar todos os quatro com atenção e zelo. Talvez pelas pessoas privilegiarem apenas um ou dois, e fazer “vista grossa” aos outros, é que seus namoros e casamentos vão mal.

Quatro pontos fundamentais para o conhecimento

1. Capacidade de diálogo

– “Não é simplesmente diálogo, pois capacidade de dialogar significa muito mais que o simples falar e ouvir, e diz respeito ao dom de compreender e interagir” (Livro: ‘As cinco fases do namoro’).

A pessoa tem de ser disposta a conversar, falar de si e também escutar sobre o outro. Devemos entregar aquilo que somos por meio da fala. Não tenha medo! Se você tiver muitos segredos, coisas que não gostaria de contar a ninguém, saiba que a melhor coisa do mundo é ser aceito por alguém que o ama independente dessas misérias pelas quais você possa ter passado. Então, pode começar contando as coisas mais leves e, conforme for sendo aceito pelo par, vai dizendo mais. Você precisa ter alguém que saiba tudo sobre você, em quem possa confiar.

– Nos entraves, nas discussões, o que deve prevalecer em nossos corações deve ser: os dois chegarem a um acordo satisfatório, em vez de só quererem ter razão e demonstrarem isso. Será a capacidade de diálogo que promoverá o acerto.

– “Nada de mentiras, informações parciais ou omissões. Ter uma informação e não a partilhar passa a funcionar como uma mentira para o parceiro, pois lhe negamos algo que poderia ser essencial em sua construção de pensamento sobre você e sobre o relacionamento” (Livro: ‘As cinco fases do namoro’).

– Não queira se expressar por meio de sinais. Exemplo: Se você está insatisfeito com algo, age friamente e dá respostas curtas. Se quer sair, arruma-se e fica esperando que o outro o convide. “Isso não funciona! Se sentir algo, fale; se pensar, expresse; se perceber reações diferentes, examine, pergunte. Se não entender da primeira vez, pergunte de novo. Saiba que as primeiras e as mais privilegiadas formas de comunicação são a fala e a escuta” (Livro: ‘As cinco fases do namoro’).

2. Vivência

– Veja se tudo o que ele relatou pelo diálogo é verdade ou se há, pelo menos, uma verdadeira disposição de viver o relato na prática.

Digamos que ele tenha dito que é amoroso e sensível, mas, na casa dele, é arredio, revoltoso e briga com seus familiares. (Aliás, entre os familiares da pessoa, é uma ótima ocasião para você ver quem realmente ele é). Disse a você que é perseguido no trabalho, mas, numa confraternização da empresa que você pôde participar, só o viu em “panelinha”, falando mal dos outros colegas e praguejando a instituição.

A pessoa se diz honesta e idônea, cumpridora de seus deveres, mas avança sempre o sinal vermelho, gosta de levar vantagem e, continuamente, você fica sabendo de reclamações sobre ela nas instituições que frequenta.

Nem preciso dizer que você está sendo enganado, não é mesmo? Aquilo que a pessoa é de verdade acabará se manifestando uma hora ou outra no cotidiano dela. Não é porque você ama que deve “fechar os olhos” para tudo isso. Veja bem e seja sincero com você mesmo a esse respeito.

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– Outro ponto da vivência é: envolva-se com as coisas dele. Queira fazer parte do dia a dia de seu par. Ajude-o quando puder no trabalho da faculdade, nos afazeres que talvez ele tenha em casa ou no trabalho extra. Será uma ótima oportunidade de ver como é o jeito dele em proceder e resolver as coisas.

3. Percepção

– “Tente reparar detalhes que escapam à fala, como situações que frequentemente fazem a pessoa que você ama ter as reações que você não entende, mas deseja compreender (…) Quanto mais conhecer seus anseios e planos, sua cultura, de onde veio, seus ritos e manias familiares, até sua história de vida e tudo o que passou e viveu, mais fácil será entender o que está por trás de seus gestos. A sensibilidade também é ferramenta da comunicação” (Livro: ‘As cinco fases do namoro’).

– Perceba também como seu amor se posiciona ao defendê-lo, se está ao seu lado quando você precisa e o quanto se preocupa e zela para manter o bom andamento do relacionamento. E mais uma vez, seja sincero com você mesmo ao analisar se ele é negligente com você e, consequentemente, com o namoro, pois, com certeza, não será uma boa companhia para toda vida.

4. Amizade:

– Apesar de namorados firmarem um compromisso muito mais íntimo do que a amizade, é imprescindível que ela exista dentro do relacionamento.

– Pela amizade fazemos uma escolha consciente pelo outro. “Sem a amizade não há algo além do “eros”. Nenhum namoro sobreviverá apenas com a atração, com a paixão” (Livro: ‘As cinco fases do namoro’).

Não escolhemos por quem nos apaixonamos. Já, quando se constrói uma amizade dentro do namoro, temos condições de escolher, de continuar com o amado também pela razão. Que lindo quando uma pessoa pode dizer à outra: “Eu escolho, eu quero estar com você, porque já não estou sendo arrastado pelos meus sentimentos. Quando penso em nós dois juntos, vejo que me faz bem estar ao seu lado”.

Existem muitos casais que estão juntos somente por considerarem o sentimento, pois não conseguem compreender um ao outro em coisas mínimas. Encontram-se para “beijos e abraços”, mas cada um vive seus problemas. Quando houver dificuldades ou provações, a amizade fará aumentar a cumplicidade. “Estamos juntos nessa, tanto para os desafios quanto para as consequências ou os méritos”.

Exemplo: “De que adianta a moça namorar um rapaz e dividir todos os seus segredos e sonhos, o que há de mais profundo nela com uma amiga? Não! O casal precisa viver uma amizade especial e profunda. Ela pode até ter uma fiel confidente como amiga, mas o namorado precisa ser o maior e melhor amigo. Antes de chegarem ao noivado, um precisa saber tudo o que diz respeito ao outro. Afinal, futuramente, será com o parceiro que eles vão conviver, morar e construir uma vida juntos. Então, que comece, desde o namoro, a intenção de serem os melhores amigos” (Livro: ‘As cinco fases do namoro’).

Quem ama investe, preocupa-se em fazer acontecer o que promove o bem ao seu coração e ao da pessoa amada. Seja autêntico, seja sempre você mesmo, mostre sua alma e coração ao outro. Não tenha medo de renunciar a tudo o que atrapalha esses quatro aspectos, e, com certeza, vocês dois chegarão ao namoro, noivado e casamento felizes.

Deus abençoe!

 

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Convém namorar por medo de ficar sozinho?

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Muita gente namora por medo de ficar sozinho

Uns assim o fazem, porque simplesmente não conseguem passar um tempo sem uma companhia amorosa, vivem uma dependência de afeto. Outros lançam-se na primeira oportunidade de relacionamento devido à pressão cultural – família ou amigos que constantemente cobram, principalmente as mulheres –, que praticamente os obriga a ter um namorado.

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Foto:  Daniel Mafra/cancaonova.com

Também há aqueles que, quando passam por um longo período sem nenhum affair, vão se deixando tomar pelo temor de se tornarem “solteiros para sempre”.

Não podemos deixar de citar os que, conforme os números de aniversários aumentam, pensam: “É agora ou nunca! Se não, vou ficar para trás!” ou “Já estou ficando muito velho!” (este último exemplo, muitas vezes, é dito por pessoas bem jovens, as quais nem acreditamos que já estão pensando assim).

Menos exigente na hora da escolha

Existem várias pesquisas que abordam o tema: “Namorar por medo de ficar só”. Entre as causas e consequências desse temor podemos citar o medo de estar só, que faz a pessoa ficar menos exigente, a pessoa torna-se cada vez menos criteriosa para entrar num relacionamento, ou seja, desmerece a si mesma diante do outro para ter a compensação afetiva.

Podemos também mencionar o indivíduo que engata um namoro atrás do outro para, sozinho, não ter de confrontar-se com si mesmo e deparar-se com suas fragilidades.

Interessante que, em todos os exemplos citados, notamos que a pessoa busca preencher uma lacuna que há em seu coração ou uma deficiência na impressão que tem de si mesma e diante dos outros. Em resumo, são pessoas que não estão bem; então, começam a namorar para suprir algo básico que lhes falta: aceitação e amor próprio.
É como pedir um favor a alguém faminto e prometer recompensá-lo com alimento. Para ele, isso não chega a ser uma livre escolha, mas uma prioridade. Isso nada tem a ver com a verdadeira liberdade interior.

Todos temos uma vocação, uma força interior que deseja amor, companhia e afeto de alguém especial para compartilhar a vida.

“A vocação de amar uma pessoa única de forma esponsal também está inscrita em nossa natureza humana desde a criação. ‘Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar que lhe corresponda’ (Gn 2, 18). Ou seja, temos sim, uma carência de encontrar a pessoa que irá nos completar. Contudo, deve haver um equilíbrio nisso: devemos viver a espera na calma e na esperança, considerando e estimando o dom precioso de querer amar e ser amado que existe em nós” (Livro ‘As cinco fases do namoro‘).

Só será feliz no namoro quem conseguir, antes, estar de bem com si mesmo, ter a justa medida de si; em outras palavras, possuir-se, ou seja, amar a si mesmo, pois ninguém pode dar amor se não o tem em seu interior.

Entretanto, estar bem com si próprio, priorizar, considerar e estimar o dom precioso que porta antes de começar um novo relacionamento só será possível se o indivíduo tiver um encontro com o amor de Deus. Pois esse é o verdadeiro, infindável e único amor que nunca nos decepcionará.

Você pode ter pensado agora: “Nossa! De repente, este texto ficou muito desencarnado, espiritual demais!”. Mas, antes de se decidir a sair do post, leia o seguinte:

Dias atrás, ouvi de uma moça que ela não aguentava mais essa história de “primeiro, encontrar-se com Deus. Ela deu um tempo da sua vida para o Senhor, fez tudo o que sabia que Ele queria, inclusive estava vivendo a castidade. No entanto, já fazia mais de um ano que ela não “beijava na boca”. Então, onde estava o prometido dela? Ela resolveu desistir de uma vida em Deus, porque já não tinha nem as migalhas de afeto dos rapazes. Sua vida promíscua, de alguma forma, saciava-a ainda que momentaneamente.

Leia também: 

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Respondi a ela que, muitas vezes, é isso que fazemos: vivemos segundo os mandamentos de Deus, porque acreditamos que Ele nos atenderá. Assim, juntamos a lista daquelas condições sofríveis que citei no início – dependência de afeto, pressão cultural, muito tempo sem namorar ou os anos que passam – e o “barganhar” com o Altíssimo, numa tentativa a mais de preencher o vazio interior. Deus acaba sendo mais uma “muleta” em que apoiamos o nosso coração decepcionado com os amores terrenos.

Disse-lhe ainda que ela não poderia, outra vez, entregar-se àqueles “amores de mentirinha”, porque isso seria desistir de si mesma, entregando suas pérolas aos porcos; e que um encontro pessoal com o amor de Deus não tem nada a ver com isso que ela estava fazendo, quando vivia os desígnios do Senhor por uma obrigatoriedade que impôs a si mesma. Não era uma entrega de coração, de quem obedece porque ama; e era este último exemplo que Jesus verdadeiramente queria dela.

Deus quer o seu coração!

Essa moça me questionou: “Como é esse amor? Se não é fazendo o que Ele manda, como vou encontrar o amor de alguém que está no Céu?”. Respondi que, assim como ela gostaria de ser encontrada pelo amor de um homem, que ela começasse a desejar ser encontrada pelo amor de Jesus. Que começasse a Lhe pedir para se sentir tão amada, mas tão amada por Ele, a ponto de apaixonar-se também por Jesus Cristo. “Assim como você já teve, um dia, um sentimento de paixão por um homem, peça ao Espírito Santo que lhe dê o dom de apaixonar-se por Nosso Senhor”.

Isso não tem nada de desencarnado, de “espiritualóide”, porque é real e totalmente acessível a nós seres humanos.

Eis que ela argumentou: “Eu não sei se consigo desejar isso, apaixonar-me por alguém que não vou ter contato físico, ser encontrada por um amor que não me dará família nem filhos, que nunca terei o prazer e as sensações da carne. Para mim, isso tudo me faz ter a impressão de que devo me contentar só com um amor espiritual”.

Respondi-lhe: “Aí é que está! Nós, muitas vezes, só conseguimos interpretar o amor como fogo da paixão, mas os amores que perduram se fazem mais pela solicitude, entrega e sacrifício recíproco dos amados, diálogo e profunda amizade, do que por ‘paixonite’ e forte atração. E isso tudo Jesus pode ter contigo”. Primeiramente, é o amor de Deus que a encontrará. Não será a consequência de nada que ela fizer ou deixar de fazer em sua vida que a fará ter a experiência de ser encontrada. Mas se decidir querer e começar a pedir, ainda que não sinta um desejo de Deus em seu coração, Ele a encontrará e, diante de Seu amor, mudará o coração dela e a visão que tem de si mesma. Apesar de ser um amor divino, é mais vibrante que o amor humano. Então, ela se convenceu.

Segundo me disse depois, ela tem pedido, todos os dias, em sua oração, que o amor de Deus a encontre e lhe dê uma visão apropriada de si mesma.

Narrei essa conversa com a devida autorização da outra parte, porque creio que os questionamentos dessa moça sejam os de muita gente na mesma situação.

Você também pode não sentir um desejo de Deus em seu coração, mas basta decidir que quer mudar a situação em que se encontra hoje, principalmente se, ao olhar para seus relacionamentos, não se sentir preenchido ou ter colhido muitas decepções.
Jesus está interessadíssimo em conquistá-lo. Seja conquistado pelo Amor.

Não tenha medo de viver um tempo sozinho. Lembre-se de que, na verdade, você não está só. Não tenha medo de se apaixonar por Aquele que é o Amor encarnado; peça um encontro pessoal com o Senhor. Ele o encontra para amá-lo e, amando-O, dar-lhe o verdadeiro valor que você tem e merece. Daí sim, você estará pronto para viver um amor humano.

Deus o abençoe!

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Como salvar seu casamento antes de conhecer seu cônjuge

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