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As palavras que se transformam em amor

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Três regras básicas para que as palavras se transformem em amor

Ernest Hemingway afirma que todas as palavras que saem do coração acabam causando uma grande dor. Em todos os relacionamentos, devemos, por força, aprender a utilizar palavras e expressões adequadas. Falar por falar, contar inúmeras histórias e fatos infinitos é algo desgastante. Numa relação de amigos, de família, especialmente de namoro e noivado, as palavras têm uma importância indiscutível. Quem fala por falar numa relação de intimidade acaba por destruir a confiança. Por trás de cada palavra que emitimos, de cada frase que compomos, sempre há uma esperança. Nos relacionamentos de namorados e noivos, tenho ouvido com tristeza palavras ásperas, grossas, que denotam displicência.

As palavras que se transformam em amor
Foto: pixdeluxe / iStock. by Getty Images

A palavra pode gerar um tsunami

Uma palavra dita na hora indevida pode ser um Tsunami no coração da pessoa amada. Uma palavra carregada de ignorância ou de desprezo pode ser o fim de uma relação.
Convocar ao diálogo, ao encontro e aconchego das palavras exige muito de cada um de nós. Algumas palavras causam dor num primeiro momento, mas, depois, levam-nos a pensar e refletir. Algumas exigências fazem com que as palavras se transformem em gestos e em conteúdos de amor e bondade. Permitam-me partilhar com vocês quais podem ser essas exigências.

Leia mais:
:: A importância da admiração no namoro
:: A ternura nasce no coração de quem se sente amado
:: Amor e a sexualidade humana
:: Como conhecer melhor seu namorado?

Em primeiro lugar, a inteligência e a cultura, que exigem de cada um nós o uso da língua. Nunca nos cansaremos de aprender a falar bem nossa língua; mas isso exige leitura, compreensão e especialmente amadurecimento. Uma língua falada coordenadamente faz com que as pessoas se entendam. Não precisamos de termos rebuscados ou esnobes, mas sim falar bem para termos um bom canal de comunicação.

Em segundo lugar, a disponibilidade de ouvir. Tenho certeza que aqui se encontram os 90% dos nossos problemas de comunicação, pois não sabemos ouvir. As pessoas que amam detêm-se para escutar. Parar para ouvir o outro nos poupa sérios maus entendidos. Quem para para ouvir ganha um espaço magnífico de serenidade, de compreensão e, sobretudo, de esperança. Não devemos nos sentir mal quando alguém que nos ama diz: “Desculpe-me, não entendi. Poderia repetir para mim?”, “Podemos esclarecer isso ou aquilo”. Tudo isso não é produto de normas de convivência, mas, na relação de namoro e noivado, algo essencial para o crescimento de um futuro casal que almeja celebrar o casamento. As frases ou palavras bem ouvidas fazem bem a todos nós.

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Apagar da memória palavras que magoaram

Por último, a capacidade de apagar da memória as palavras que não deveríamos ter dito ou ouvido. Muitos casais, depois de 20 anos de casamento, ainda apelam e incomodam o seu relacionamento insistindo com o seu cônjuge: “Lembro-me muito bem do que você disse para mim naquele dia em que brigamos”. Que tal mudar o conteúdo dessa expressão por uma muito mais profunda: “Lembro-me do dia em que você declarou seu amor por mim”. Palavras vão e vêm, mas devemos ter cuidado para que aquelas que vão não fiquem em vão, e para que aquelas que vem nos façam bem.

Não poderia deixar uma última recomendação ou palavra de amigo e irmão. Temos de ter sempre presente a verdade, a sinceridade e honestidade nas nossas palavras; assim, o que falamos se torna lúcido, transparente e sem dupla intenção.

Que no relacionamento de cada um de vocês as palavras estejam sempre pautadas pelo amor e pela bondade; sem dúvida, essas duas nos ajudarão a viver cada vez melhor. No próximo encontro, veremos como, além das palavras, os gestos se tornam ternura e solidez na relação.

Livro As Cinco Fases do Namoro

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Oito formas de a esposa agradar o marido

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Aprenda oito formas de a esposa agradar o marido

Quem ama se interessa pela melhor forma de demonstrar seu amor. No matrimônio, isso é necessário o tempo todo, afinal, trata-se de uma pequena comunidade de amor.

oito-formas-da-esposa-agradar-o-maridoFoto: Geber86 / iStock. by Getty Images

É claro que ambos, marido e mulher, têm de procurar fazer o melhor um para o outro, mas quando há a disposição de agradar, ou seja, ir além das obrigações do dia a dia, o casamento se transforma numa das melhores coisas que uma pessoa pode viver neste mundo.

Como já ouve um artigo que aconselhou o marido a agradar a esposa, vou dar dicas de como a esposa pode agradar o marido.

Leia mais:
:: Dicas para a esposa se sentir mais amada
:: Como ter um matrimônio mais feliz
:: Como ser uma boa esposa?
:: A vontade de Deus para os esposos

Elogios, palavras de afirmação

Na infância, enquanto as meninas fazem coisas para serem apreciadas em sua beleza, usam roupas e maquiagem da mãe, por exemplo,  os meninos buscam aprovação e aceitação por meio dos seus feitos, nas competições que conseguem vencer, no brinquedo que constroem quando cumprem um novo desafio. Formam uma impressão de si mesmos a partir desses objetivos alcançados.

A palavra de afirmação tem o papel fundamental para o homem, pois são as outras pessoas que, agora, confirmam a percepção positiva que ele teve de si próprio. Quando a esposa admira seu marido, ele se sente bem, mas quando ela expressa essa admiração, elogia o que ele tem de bom, ele se sente mais homem.

Interessar-se por coisas que ele goste

O homem se sente mais importante quando a pessoa que ele ama se interessa por assuntos que normalmente não chamariam tanto a atenção dela. Isso passa a impressão de que aquele tema só despertou a curiosidade dela, porque a amada deseja realmente entrar mundo do esposo.

Entre no universo dele! Ele terá o maior prazer em lhe explicar coisas, até fazê-la participar junto com ele. Mas atenção, não fique fazendo perguntas quando ele estiver vendo TV, por exemplo. Nenhum homem gosta disso.

Cuidar da casa

Calma lá! Não significa que é você quem vai fazer tudo. Eu, por exemplo, ajudo bastante minha esposa com os trabalhos de casa, bastante mesmo! Mas espero que seja ela a ter iniciativa e controle sobre as coisas de casa.

Gosto quando ela diz: “Este fim de semana precisamos lavar as janelas!” ou “Amor, você pode limpar a geladeira por dentro?”. Gosto que não seja eu quem tenha de ver isso. Assim, ela demonstra que conhece as necessidades da casa e sabe o que está acontecendo ali dentro, pois ela é a dona da casa.

Também não gostamos de nos preocupar com o que será o almoço ou o jantar. (E olha que eu gosto de cozinhar e, muitas vezes, sou eu quem faço a comida!). Mas é muito bom chegar em casa e ser surpreendido com um bolo ou com um outro cardápio que ela tenha escolhido.

Esse negócio de ficar perguntando: “O que você quer que eu prepare para o almoço?” não é muito apreciado pelos homens. A não ser que seja algo que ele já tenha dito que não gosta, daí, pode preparar por sua conta.

Deixe-o ser o homem

Muitas mulheres foram criadas sentindo a ausência do pai. Ou porque ele não estava mais no mesmo lar com a mãe, ou porque se dedicou demais ao trabalho, priorizando prover as necessidades materiais da casa. Daí, essas filhas cresceram acostumando-se a correr atrás de tudo o que precisavam. No casamento, essa tendência de ser independente é fortíssima.

Não sou contra a mulher ser independente, mas há casos que chega a ponto de prejudicar o casamento, muitas vezes, passando por cima do marido, naquilo que seria atribuição natural dele. Por exemplo: todos esperamos que, num eventual concerto, pequeno reparo de coisas da casa, seja o esposo que faça ou traga um profissional que execute. Mas já vi muitas mulheres tomando iniciativa; algumas vezes, nem permitindo que o marido tenha tempo para isso, outras vezes alegando que ele é negligente.

Ainda que ele seja realmente negligente, há um jeito acertado, com caridade, de demonstrar isso a ele. Só a verdade, com amor, solucionará todas as situações e não as revoltas e brigas, passando por cima dele. Conquiste aos poucos a cumplicidade do seu marido.

Deixe-o ser o homem. Mesmo que você saiba fazer, mesmo que já tenha experiência com algum assunto ou tarefa “mais masculina”, deixe ele tomar a iniciativa, deixe que ele seja provedor, guardião e responsável.

Se vocês dois acertarem que certa tarefa cabe ao esposo, deixe ele fazer do jeito dele. Não fique interferindo, fixe-se no resultado final. Permita-se ser cuidada. No fundo, é isso que todo homem quer, sentir que é capaz de cuidar da esposa e ampará-la.

Seja direta

Não precisa ficar com rodeios nem fazer comentários que sugestionem o que você está pensando. Outro dia, um amigo comentou que a sua esposa estava com frio dentro de casa, então disse: “Você não está com frio?”, ele respondeu “Eu não”. Ela argumentou: “Mas não está ficando tarde e a temperatura caindo?”. Daí ele perguntou para ela: “O que exatamente você quer?”. Só então ela expressou: “Amor, você pode fechar a janela?”.

Não seria mais fácil se essa esposa fosse direta? Homens não tem a mesma maneira de se comunicar que as mulheres, preferimos palavras diretas. Se quer, fale; se suspeita, pergunte; se não entendeu algo, peça nova explicação; se não entendeu novamente, pergunte de novo.

Bom humor

Como é bom ter ao lado uma mulher que sabe levar muitas coisas “na esportiva”, não interpretar tudo ao pé da letra e ser segura de si, a ponto de dar leveza aos imprevistos do dia a dia.

Se você rir das piadas dele ou for capaz de fazê-lo rir (não precisa ser palhaça, fazer brincadeiras o tempo todo), melhor ainda.

Fique bonita

Que homem não gosta de ver sua companheira linda? Nem precisa ser numa ocasião especial. Uma das coisas que os homens mais apreciam na mulher é a beleza, pois a beleza feminina representa para o homem um primeiro ensaio das riquezas e virtudes que ela traz.

A mulher que se preocupa em ficar bonita passa a mensagem de que está cuidando não só de seu exterior, mas de tudo o que depende dela para o bom relacionamento com seu marido.

Sexo

Para o homem é importantíssimo o ato sexual! Além do prazer físico, quando a esposa se entrega ao marido, ela também comunica algo mais para seu psíquico e sua boa autoestima. No ato conjugal, a mulher autentica a masculinidade do marido de duas formas:

– Ele se sente bom o suficiente para ela

Essa dimensão acontece no coração e na alma desse homem. Ao aceitá-lo pelo sexo, ela faz com que ele se sinta aprovado enquanto homem, não somente naquele momento, mas enquanto tudo o que pertence aos dois. É como se ela dissesse: “Valeu a pena tudo o que você fez por mim, tudo o que você é para mim, então eu me doo a você!” (trecho do livro ‘Terço dos Homens e a grande missão masculina’).

– A segunda forma é quando a esposa demonstra o prazer que sente

“Agora não é somente ele que se percebe bom para ela, mas é ela expressando isso de forma concreta. Chegando ao orgasmo ou não, se ela tem prazer e diz isso a ele, é como um atestado do quanto ela o aprova enquanto homem, e que ele é capaz de fazê-la feliz” (trecho do livro ‘Terço dos Homens e a grande missão masculina’).

Para chegar a esse nível de autenticação do masculino, precisa haver o vínculo do matrimônio, pois essa aprovação envolve todas as dimensões da vida do casal, e não só o prazer, como é numa relação fora do casamento.

Bom, depois de revelar essas oito dicas, espero que muitas esposas sejam mais felizes com seus maridos. É proporcionando felicidade que encontramos a verdadeira felicidade.

Deus abençoe!

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Abuso sexual: o silêncio de uma inocente

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Conheça a história de uma jovem que, desde criança, sofreu abusos sexuais

“Tudo começou quando eu tinha cinco anos. Um amigo da família, pessoa sempre presente na casa de minha avó, certo dia se aproximou de mim com carícias e toques. Tentou, algumas vezes, forçar uma relação sexual, porém, como eu reclamava e tentava fugir, ele não conseguiu, mas sempre me advertia que eu não poderia contar a ninguém o que ele fazia.

abuso-sexual-o-silencio-de-uma-inocenteFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

À medida que eu crescia, percebia que havia algo errado e tentava fugir, mas começaram as ameaças. Não houve agressão física, mas violência psicológica e sexual. A pressão era muito grande, e com frequência ele ameaçava: “Se você contar para alguém, mato sua avó”.

Na minha família, já havia um histórico de abuso sexual, inclusive meu tio foi preso por estupro. Por causa disso, quando eu tinha 13 anos, minha mãe me questionou se já havia acontecido comigo, pois, na época, eu era muito próxima do meu tio. De fato, com ele não aconteceu nada. Minha mãe, porém, pediu insistentemente que eu falasse a verdade, pois não iria se chatear ou ficar brava. Então, com coragem, contei que o rapaz que frequentava a casa da vovó, que também era amigo do meu tio, havia cometido os abusos contra mim. Naquele momento, ela não soube muito bem como reagir, só me disse para não contar ao meu pai e não frequentar a casa da minha avó quando o rapaz estivesse lá.

A história se repetiu

Não fui a única da família a sofrer abuso. Minhas primas, tias e minha mãe passaram por isso. Os abusadores sempre foram pessoas muito próximas; inclusive, não sofri apenas abuso do rapaz que frequentava a casa da minha avó, mas do meu próprio avô e do meu primo. Isso gerou em mim um trauma muito grande, e acabei me afastando do meu pai, com medo de que ele também viesse a fazer isso.

Sofri abusos dos 5 aos 12 anos. A situação só teve fim quando meu avô faleceu, pois o rapaz também parou de frequentar a casa da minha avó.

Leia mais:

:: O que é violência sexual?
:: Violência física: dormindo com o inimigo
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência psicológica, você sabe o que é?
:: Como combater a violência psicológica?

Além dos traumas na minha afetividade e sexualidade, percebo que a maior dificuldade enfrentada até hoje é no relacionamento com minha mãe, pois não conversamos muito sobre isso e não consigo entender o fato de ela nunca ter feito nada a respeito. Nunca procurou ajuda.

Trago muitas marcas, lembranças ruins e mágoas! Tantas vezes questionei por que Deus permitiu que isso acontecesse a uma criança, mas ainda não encontrei a resposta para muitos dos questionamentos que trago. Contudo, acredito que Deus tem um plano de amor para mim, e este deve ser bem grande! Acredito que, um dia, terei as respostas de que preciso.

Olho para minha história e vejo o quanto ela poderia ser apenas algo que deu errado, mas, com meu esforço e decisão, tendo sempre Deus à frente de minha vida, tenho superado o passado e já consigo conversar sobre isso sem chorar. Sei que a cura e a superação são um processo diário. Hoje, com 21 anos de idade, trabalho, moro sozinha e sonho em me casar e ser mãe. Tenho uma vida pela frente e quero conquistar muitas coisas.”

Jovem anônima

Relacionamentos Abusivos(3)

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Como construir um matrimônio sadio?

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Noivos, aprendam a admirar-se para a construção do matrimônio sadio

Todos os filósofos afirmam que a grandeza do pensamento tem início na capacidade que a pessoa possui de se deixar admirar e contemplar.

A admiração não é uma atitude superficial, muito pelo contrário, admirar é sinônimo de deter-se e observar lentamente aquilo que nos chama à atenção. Na exortação Amoris Laetitia, Papa Francisco escreve: “O primeiro nível do eros é a capacidade de se admirar”. (A.L 150). O verdadeiro namoro tem o seu ponto de partida na admiração inicial, sadia e pura de um olhar, de um sorriso e uma conversa.

ComoConstruiUmMatrimonioSadioFoto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Como construir a admiração?

Na admiração, os namorados aprendem e crescem na virtude da pureza. Muitos casais de namorados, após se conhecerem, já têm necessidade de estar juntos todos os dias, de partilhar tudo juntos e viver juntos. O namoro não pode ser superado como se fosse um tempo de possessão ou domínio. O tempo de namoro parte da primeira admiração, vai crescendo e gerando nos namorados a alegria de se conhecerem aos poucos.

Percebe-se, na nossa sociedade, que os namorados já estão vinculados “oficialmente” por uma espécie de pacto ou por assim chamar de oficial relacionamento que, no meio da família e dos amigos, é já aceito.

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Namorados passam férias juntos, fins de semana e muito tempo juntos. Um namoro sadio e responsável nasce num tempo oportuno, prudente e discreto. Quando os namorados estabelecem uma relação nesse nível, perdem a capacidade de se admirarem, dando maior oportunidade para as brigas insignificantes que deterioram o relacionamento.

Sou ciente de que hoje podemos entrar em contato com as pessoas superando as distâncias, o tempo e até o espaço. Mas, no namoro, é vital a serenidade e a consciência de saber que esse período de relacionamento não possui em si mesmo nenhum compromisso definitivo; muito pelo contrário, é um tempo que passa na jovialidade da juventude.

Os namorados, muito mais do que admirar as qualidades ou a beleza física de cada um, devem admirar o conteúdo das suas conversas, dos assuntos que juntos partilham, das conquistas que realizam a nível acadêmico e familiar, especialmente preparando um projeto de vida que vislumbre o futuro. Quando o namoro é vivido na serenidade e na consciência sadia de que um não depende do outro, a admiração se torna um caminho viável para, talvez, chegar a um tempo de noivado e, sem dúvida, um futuro matrimônio.

Leia mais:
.: O amor não é lucro de retorno imediato
.: Como escolher melhor seu namorado?
.: O que é um pré-namoro?
.: O noivado é uma escolha para o casamento

O tempo de namoro

Quando deve começar o namoro? Quando nasce a admiração e essa passa pela confirmação dos membros da família. Namorar às escondidas, namorar virtualmente não constitui um passo suficientemente frutuoso. O namoro deve ser experimentado no encontro aberto e reconhecido por aqueles que “cuidam” dos namorados. Cuidar não é sinônimo de vigiar, controlar e decidir no lugar do filho ou da filha. Cuidar significa promover a descoberta de uma nova experiência na vida, que, se bem conduzida, vai trazer grandes benefícios para o amadurecimento.

Deixemo-nos admirar, cada vez mais, pelas obras do Senhor. Deus sempre nos admira. Permitamos que o tempo de namoro seja de conquistas e realizações, que contribuam para que o caminho seja melhor construído. Não acelerar nenhum tipo de relacionamento é o primeiro sinal de uma vida construída sobre a Rocha, que é Cristo.

Viver o namoro na admiração sensata de, quem sabe que um dia, tomar decisões definitivas é uma das maiores conquistas na vida afetiva. Namorados, façam do namoro um tempo de admiração singela e doce, permitam que a ternura floresça na sua relação com dom vivido e celebrado.

O tempo que o namoro durar será frutífero quando cada um se admirar das esperanças do outro e das determinações que ele tomar; até o dia em que já não serão mais decisões individuais, mas sim de casal. Testemunhem, com sua juventude, que namorar é um tempo de graça vivido no respeito e na virtude. Isso não é outra coisa senão admirar!

Abraço Fraterno.

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Casamento feliz e núpcias de Sara e Tobias

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Ensinamentos de Sara e Tobias para um casamento feliz

O livro de Tobias retrata a importância da família e do matrimônio dentro do contexto histórico próprio do Antigo Testamento. Mas é possível uma reflexão desse texto, trazendo-o para a realidade dos dias atuais, tanto para os namorados e noivos quanto para os já casados. Essa história é para todos os que querem aprender sobre um belíssimo ensinamento de como se deve caminhar para um casamento feliz. Pois, mesmo em meio às dificuldades e provações, é incontestável a certeza da alegria e a realização que a comunhão conjugal no matrimônio produz no amor.

O Criador quis, ao criar a criatura, homem e mulher, filhos amados, que estes se unissem, pois “o homem e a mulher são feitos um para o outro: não que Deus os tivesse feito apenas pela metade e incompletos; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ajuda para o outro, por serem, ao mesmo tempo, iguais enquanto pessoas (osso de meus ossos) e complementares enquanto masculino e feminino” (CIC 372).

Casamento feliz e núpcias de Sara e TobiasFoto: Arquivo/cancaonova.com

Essa é a certeza de que a Palavra de Deus, a Igreja e a própria vivência do sacramento do matrimônio oferece: o homem se complementa na mulher e a mulher se complementa no homem, e ambos juntos se plenificam e se realizam em Deus.

Todo amor entre duas pessoas, quando vivido em Deus, sempre conduzirá para o próprio Deus, que ensina como e o que é amar de verdade. Com isso, após muitas provações e situações difíceis na vida de Tobias e Sara, a Divina Providência, agora, irá unir os dois caminhos em um só caminho no sentido de completude. Pois é chegado o belo instante do encontro dos dois.

Encontro de Sara e Tobias

“Raguel mandou chamar Sara, sua filha, e a apresentou a ele. Tomando-a pela mão, entregou-a a ele e disse: ‘Recebe-a conforme a lei e a sentença escrita no livro de Moisés, segundo a qual ela te é dada como esposa’” (Tb 7,12).

Um dos grandes momentos do livro de Tobias é seu encontro com Sara. Tudo foi preparado nos mínimos detalhes pela Providência de Deus, que conduziu o jovem diante das muitas dificuldades e dos diversos obstáculos até a descoberta de seu amor.

Junto a Tobias estava o anjo Rafael enviado por Deus, para cuidar dele em sua viagem, que foi solicitada por seu pai para resolver algumas questões familiares. É nesse percurso que Tobias encontrará sua amada, que a Bíblia se refere como a “moça sábia, corajosa e de grande formosura” (Tb 6,12), já que Sara era uma bela mulher segundo o coração de Deus.

Tobias sabia da história dos sete maridos que morreram por terem se casado com Sara. Mas o anjo Rafael orienta-o dizendo: “Não temas. Ela foi destinada para ti desde sempre e tu a salvarás. Ela irá contigo e tenho certeza de que terás filhos com ela” (Tb 6, 18). Com isso, Tobias não temeu, continuou decididamente.

Leia mais:
.: Viver como Sara e Tobias
.: Oração, fonte de sustentação na vida de Tobit e Sara
.: O compromisso com a felicidade do outro
.: O companheirismo no casamento

Assim, desejado e pensado por Deus, o encontro tão esperado entre Sara e Tobias acontece, de forma simples e conforme o costume da época. O sentimento de Tobias para com Sara não brotou à primeira vista nem após um tempo de conhecimento, mas ele “enamorou-se dela apaixonadamente” (Tb 6, 19) antes mesmo de a ver. Claro que, no contexto da história, é uma forma de retratar sobre o amor e a vontade de Deus, porque não se trata de um amor fantasioso, ilusório e fora da realidade, mas sim de uma amor que nasce de uma fidelidade a Deus na espera do momento certo.

Portanto, neste encontro de amor, Sara e Tobias compõem uma história, que começa no coração dos dois, cumprindo os desígnios de Deus. Pois onde Deus está, o amor também está, porque “Deus é amor” (1 Jo 4,8).

Casamento e felicidade

Casamento e felicidade estão intrinsecamente relacionados. O matrimônio é fonte de realização para os cônjuges, porque na alegria e na tristeza, é o amor que faz com que a beleza da união permaneça e supere todas as situações difíceis próprias do relacionamento.

Na vida de Tobias, não foi diferente sobre a beleza da união, mas antes, ouve uma caminhada até chegar ao momento de se consumar a promessa de Deus. Tobias chega a Ecbátana, e o anjo Rafael o conduz até a casa de Raguel o pai de Sara. Após entrarem em casa de Raguel, Tobias teve um bom diálogo com Edna, mãe de Sara e seu pai. Depois de todos se conhecerem, “Raguel mandou chamar Sara, sua filha, e a apresentou a ele. Tomando-a pela mão, entregou-a a ele e disse: Recebe-a conforme a lei e a sentença escrita no livro de Moisés, segundo a qual ela te é dada como esposa” (Tb 7,12). Tobias recebe Sara como sua esposa segundo o procedimento próprio da época sobre o casamento.

“Ela te é dada a partir de hoje e para sempre” (Tb 7, 11). Sara e Tobias estão casados e começam uma nova vida juntos. Como a história de muitos casais, hoje, que dão o seu ‘sim’ para uma união matrimonial, lembremos o que diz a Igreja sobre esse belíssimo compromisso de amor:

“O sacramento do matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Concede aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que Cristo amou sua Igreja; a graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna” (CIC 1661).

As núpcias

“Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC 2362).

Diante da situação de Sara, que tinha seus maridos mortos ao se aproximarem dela na primeira noite, com seu esposo Tobias, que confiou em Deus e seguiu as orientações do anjo Rafael, nada o aconteceu. Em sua noite de núpcias, “Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: ‘Levanta-te, minha irmã! Oremos e supliquemos a nosso Senhor, para que nos conceda misericórdia e salvação’. Ela levantou-se, e começaram a orar e suplicar o Senhor, para que lhes fosse concedida a saúde” (Tb 8,4-5). Deus os atendeu e viveram felizes.

Assim, atualizando a história de Sara e Tobias para a realidade do matrimônio hoje, pode-se dizer do casamento que “os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne” (CIC 2364).

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A inocência roubada

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Saiba como a inocência roubada pode afetar negativamente a sexualidade de um homem

a-inocencia-roubadaFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com
A minha casa era no mesmo quintal da casa dos meus avós; os meus pais trabalhavam e costumavam me deixar aos cuidados deles. Além disso, era costume dos meus avós acolher outras pessoas em casa, sempre de forma gratuita, inclusive crianças e adolescentes para serem cuidados, pois minha avó gostava de acolher as pessoas e ajudá-las. Mas, infelizmente, ela acabava não lhes dando a devida atenção, pois também tinha um bar, de frente à sua casa, no qual trabalhava.

Nessa disposição de acolher as pessoas, ela acolheu um primo de terceiro grau. Ele já estava com 14 anos; eu, com cinco anos de idade. Como a casa dos meus avós era para mim um ambiente onde eu me sentia muito livre enquanto criança, porque podia brincar e tudo mais, era normal eu brincar dentro e fora de casa e conviver com esse meu primo.

Certo dia, ele me convidou a entrar na casa de meus avós, aproveitando-se do fato de eles não estarem lá. Minha mãe, neste dia, estava em casa, entretanto, como estava com a porta fechada, não percebia a situação. Inocente, respondi de imediato ao convite, não desconfiando das perversas intenções de meu primo.

Quando respondi “Estou indo”, ele apressadamente me conduziu para dentro da casa; não porque eu não pudesse ir sozinho, mas porque ele tinha pressa em suas intenções e queria ser discreto. Tão logo entramos, ele já foi me dizendo que queria me ensinar algo. Sua expressão me causava medo, sua voz e seus olhos transpareciam raiva, enquanto me ameaçava caso eu contasse aquilo a alguém.

Eu não entendi o que estava acontecendo, não tinha consciência do que era sexo oral. Sentia um misto de sentimentos, confusão e medo,mas sendo ele maior do que eu, coagiu-me àquilo e vi-me indefeso. Ainda que inconsciente do que aquilo representava, sentia que era algo errado que estava acontecendo.

Leia mais:

:: O que é violência sexual?
:: Violência física: dormindo com o inimigo
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência psicológica, você sabe o que é?
:: Como combater a violência psicológica?

Pouco tempo depois, tudo foi interrompido pelos gritos de minha mãe, que buscava por mim. Nesse momento, ele me deixou ir. Ela me interrogou sobre onde eu estava e o que estava fazendo; limitei-me a dizer que estava brincando na casa de minha avó. Era nítido que ela havia percebido algo errado, mas, na ocasião, não chegou a descobrir, e eu não tive coragem de contar.

O silêncio

Passado um tempo, a irmã desse meu primo veio também morar na casa dos meus avós. Eu pude presenciar ocasiões onde eles se relacionavam de forma masoquista e sadomasoquista. Hoje, tenho essa compreensão, mas naquela época não as tinha. Eu era sempre orientado a não dizer nada a ninguém. Essas experiências despertavam algo em mim, uma curiosidade maior pelo meu corpo e pelo corpo dos outros. Então, nas oportunidades em que eu tinha de reproduzir o que fizeram comigo, eu reproduzia. Agora, o sentimento já não era mais de medo, mas de curiosidade e descoberta.

Mesmo após essas experiências, meus pais continuavam a trabalhar durante a semana e me deixavam com meus avós. Mas eu acabava ficando grande parte dos dias da semana quase que sozinho. Nesse tempo, era costume eu brincar com algumas vizinhas que moravam em frente à minha casa. Nós brincávamos de “casinha”. Na brincadeira, elas eram as esposas e eu era o esposo. Assim, quando brincávamos, nós nos beijávamos, tirávamos as nossas roupas e nos acariciávamos. Na verdade, tentávamos, porque, pelo falo de sermos crianças, não sabíamos fazer nada direito, nem sequer sentíamos prazer. Era uma reprodução do que já tínhamos visto e vivido até aquele momento. Lembro que cheguei a comentar com os mais velhos que elas eram minhas namoradas, e eles davam risadas desse comentário.

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Um tempo depois, meus primos foram embora da casa dos meus avós. Mas, como se não bastasse, meus avós pegaram uma outra menina para cuidar. Ela era alguns anos mais velha do que eu e também já tinha tido experiências na área da sexualidade. Nós tivemos oportunidades de estar a sós e, nessa ocasião, eu já não era mais pressionado a fazer algo, era um acordo comum. Eu tinha de oito para nove anos de idade, ela tinha 11. Éramos duas crianças que tiveram sua sexualidade despertada de forma precoce e reproduziam o que já tinham vivido até aquele momento.

Todas essas experiências aconteceram na minha infância. Ainda hoje, quando faço memória do fato de ter feito sexo oral no meu primo, sinto aquele gosto amargo na boca. Isso me marcou profundamente! Percebo que foi por meio disso que aconteceu o “start” na minha vida sexual, para que, ainda criança, eu já começasse a viver tantas coisas fora do tempo e de forma desordenada.

Citei, de forma cronológica, como os fatos aconteceram, e trago algumas marcas disso até hoje. (Jovem anônimo de 23 anos)

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Os traumas de um abuso sexual na vida dos homens

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Saiba quais são os traumas de um abuso sexual na vida dos homens

Os traumas de um abuso sexual são intensos tanto para as mulheres quanto para os homens, porém, de acordo com pesquisas realizadas na Universidade da Colúmbia Britânica, as vítimas de abuso sexual masculino têm mais dificuldade de lidar com os traumas e suas consequências.

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Rafael Godoy. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A vida de pessoas vítimas de violência sexual é afligida pela vergonha e pelo martírio das cicatrizes. Infelizmente, muitas vezes, isso as induz a um quadro de isolamento, protegendo o abusador com o seu silêncio, mesmo que involuntariamente. Porém, para os homens, isso tem uma peculiaridade, pois esse tipo de violência vai de encontro a seu senso de masculinidade, inibindo-os em meio aos preconceitos que temem sofrer. Esse é o principal fator pelo qual eles têm dificuldade em denunciar o criminoso, e essa realidade é tão grave, que dificulta a existência de estatísticas a esse respeito.

Leia mais:

:: O que é violência sexual?
:: Abuso sexual: o silêncio de uma inocente
:: A inocência roubada
:: Violência física: dormindo com o inimigo
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência psicológica, você sabe o que é?
:: Como combater a violência psicológica?

A psicóloga Renata Ribeiro aponta 10 traumas comuns na vida das vítimas:

  1. A sensação de injustiça e impunidade pode produzir uma falsa sensação de direito de vingança. Isso pode transformar o abusado em abusador, pois o pensamento pode ser, tal como citado pela psicologa, de que “não existe razão para se lembrar de princípios, compaixão e amor, pois não tiveram com ele”.
  2. O trauma pode afetar a própria masculinidade do indivíduo, tornando-o inseguro sobre sua identidade e gênero.
  3. Além de serem acometidos pela dor e pela vergonha, os jovens tendem a ser tomados por um sentimento de raiva.
  4. Pensamento suicida;
  5. Depressão;
  6. Problemas de saúde mental;
  7. Autoculpa;
  8. Autoestima baixa;
  9. Dificuldades com relacionamentos e intimidade;
  10. Dificuldades relacionadas à sexualidade.

Superando os traumas

“O primeiro passo para superar os traumas é a pessoa querer ser ajudada. Isso, no entanto, depende da idade dessa pessoa, porque, muitas vezes, a criança não tem essa noção. Depois, buscar ajuda com pessoas próximas e confiantes”, orienta Renata Ribeiro.

Rafael Godoy é um caso de abuso sexual. Ele foi abusado, aos sete anos de idade, por seu vizinho, enquanto se preparava para participar da festa Corpus Christi. Após o estupro, o menino foi sendo convencido de que era sedutor e com tendência ao homossexualismo. Ele foi para as ruas, prostituiu-se e entrou para o tráfico de pessoas. Mas, em uma determinada noite, ele teve um encontro que mudou radicalmente sua vida.

Onde é que Deus estava quando ele foi abusado? Padre Anderson Marçal responde: “Eu tenho a convicção de que ele, ao preparar o Corpus Christi, Deus estava justamente ali. Então, muito mais do que ele ser abusado, o próprio Corpo de Cristo estava sendo abusado, porque Deus estava escondido nele. O Senhor não o abandonou naquele momento.

O fato de ele estar se preparando para participar da festa de Corpus Christi não significa que Deus vai impedir que as pessoas façam mal a ele; não é comércio. O Senhor não age simplesmente porque alguém está fazendo alguma coisa por Ele, pois nisso entra a liberdade humana. Então, se ele estava se preparando para o Corpus Christi, muito mais do que este que foi abusado, o Corpo de Cristo foi abusado nele.”

Acredite, é possível superar os traumas e tornar-se protagonista de uma nova história, porque “para Deus nada é impossível ( Lucas 1,37)”.

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10 formas de amar seu namorado sem sexo

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É possível amar de outras formas, sem ter relação sexual durante o namoro

Depois do texto “ 10 formas de amar sua namorada sem sexo”, escrito por meu esposo Adriano Gonçalves, trago para você “10 formas de amar seu namorado sem sexo”. Lembrando que você encontrará muito mais em nosso livro, que será lançado em breve, “Agora e para sempre: como viver o amor verdadeiro”.

Amar descobrindo

Descobrir o amor é descobrir a beleza que existe no interior do seu namorado, a capacidade de dar a própria vida por amor. É descobrir não o desenho dos músculos do seu namorado, mas a força da sua alma.

10 formas de amar meu namorado sem sexoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Amar construindo

Amar é saber que um verdadeiro homem é construído, não nasce pronto. Amar é colaborar na construção desse homem, que poderá ser seu esposo e pai dos seus filhos. Antes de construir uma casa para morar a dois, e depois com os filhos, é preciso construir os alicerces do amor.

Amar recomeçando

Recomeçar é saber que quando caímos, podemos nos levantar. Amar é recomeçar perdoando, acolhendo e amadurecendo. Sempre há um recomeço para quem assume as próprias quedas e tem coragem de se levantar, pois acredita no amor.

Leia mais:
.: A sacralidade do beijo
.: Por que namorar sem sexo?
.: Minha namorada quer transar. E agora?
.: Sexo no namoro?

Amar servindo

Amar é servir não apenas com uma boa comida, numa mesa bem posta, mas sendo suporte para o outro. É servir com alegria e disposição quando ele solicitar e também quando nem falar. A mulher é aquela que percebe os detalhes e se antecipa na ajuda.

Amar acolhendo

Acolher a pessoa inteira, não querer viver pela metade, é amor. Acolher mesmo que não tenha nada para dar, no silêncio fecundo; se necessário, falar sem julgar, apenas acolher.

Amar rezando

Rezar é amar e amar é rezar. Um casal de namorados que não reza perde-se nas próprias razões. Rezar é olhar além do que os olhos podem ver, é tocar na essência da alma humana, é o diálogo de quem se ama.

Amar respeitando

Respeito com a história e a verdade. Quando se respeita, abre-se caminhos novos e possibilidades de uma nova história. O respeito traduz que o outro é bem-vindo. Respeitar seu namorado é dizer-lhe: você é bem-vindo à minha vida.

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Amar celebrando

Celebrar o amor, celebrar datas importantes e, acima de tudo, celebrar o dom, que é o outro. Celebrar é reconhecer que um presente lhe foi dado, e que você pode ser um presente para o seu namorado.

Amar cuidando

Cuidar é diferente de servir. Cuidar é ser o que o outro precisa na medida. O seu namorado, talvez, nunca tenha sido cuidado pelos pais e pela família, então, não queria ser a mãe dele, mas não negue a sua capacidade de cuidar.

Amar conduzindo

Conduzir não é dirigir o seu namorado, não é ser a cabeça do relacionamento. Queira conduzir o coração para o que é eterno, para o que não passa. Mesmo que, após um tempo, esse namoro termine, seja para começar um casamento ou para que cada um realinhe suas escolhas, não queria deixar feridas de dor, mas marcas do céu. Amar é conduzir o outro ao céu.

Achei algo interessante: perceba que o Adriano escreveu “As 10 formas de Amar” com verbos no infinitivo; eu escrevi no gerúndio. Não fizemos de propósito, mas, depois de escrito, identificamos essa diferença. Por que será ? Porque para amar de verdade é preciso amar agora em vista do infinito, mas, ao mesmo tempo, viver como uma ação que ainda está em construção. Pense nisso!

Deus o abençoe
Letícia Gonçalves

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As três fases para formação da amizade

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A amizade é um processo contínuo e dividido em fases, as quais nos ajudarão a compreender melhor esse relacionamento

A amizade é uma construção, por isso existem três fases para sua formação.

As três fases para formação da amizade
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Primeira fase: Iniciação
Segunda fase: Manutenção
Terceira fase: Dissolução

A amizade tem um início que corresponde aos primeiros encontros, os quais são entendidos como um tempo para o conhecimento do outro. Esse período inicial é de suma importância, pois é aqui que a confiança se inicia e, aos poucos, o envolvimento se torna mais profundo. Muitas pessoas não conseguem se aproximar de uma outra por dificuldades pessoais, como uma introversão excessiva ou mesmo uma baixa autoestima, que o faz acreditar que nenhuma outra pessoa poderia o escolher como amigo.

Leia mais:

:: A importância da amizade para o desenvolvimento emocional
:: Oração para os amigos
:: Um amigo antecipa o céu
:: Como fazer do seu cônjuge o seu amigo

Esses comportamentos podem dificultar a fase inicial, uma vez que a pessoa não se aproxima de uma outra para estabelecer os primeiros laços. Nessa fase, é importante permitir que o outro nos conheça, para então o relacionamento amadurecer e avançar para a manutenção da amizade, que é a próxima fase.

Cultivar a amizade diariamente

Para manter uma amizade, é preciso cultivá-la, cuidar dela diariamente. Esse período é chamado de manutenção. Nessa fase, é importante disponibilizar o mínimo de tempo para conversas, diálogos, trocas de experiências, partilhas, carinhos, demonstrações de amor, ajuda concreta etc., porque quem ama oferece tempo. É fundamental empenho contínuo e cuidados que amadureçam o relacionamento. Esse tempo pode ser muito longo, como anos, décadas ou mesmo toda a vida. Os níveis de atenção ou negligência para o relacionamento são fatores que determinam se a relação se aprofundará ou caminhará em direção à fase de dissolução, ou seja, o fim da amizade.

Existem amizades que duram uma vida inteira, como dissemos anteriormente. Nesses relacionamentos, os amigos são verdadeiros, demonstram afeto e respeito, estão sempre atentos às necessidades do outro e dispostos a ajudá-los, consideram o amigo como alguém importante em sua vida.

Existe ainda a dissolução. Essa fase pode ser o resultado da falta de atenção para com o outro, falta de interesse pela vida do amigo, falta de respeito com as diferenças, quando os amigos traem um acordo de sigilo ou mesmo quando um dos membros morre. No entanto, a morte não tem significado de término da amizade; na maioria dos casos, um amigo normalmente não morre para o outro, pois ele passa a existir vividamente na memória.

A amizade, portanto, é um processo contínuo que depende dos envolvidos para crescer, amadurecer, durar a vida toda ou diminuir até a extinção.

 

 

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Não deixe de sonhar

A ternura nasce no coração de quem se sente amado

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A ternura contribui para deixar de lado qualquer tipo de divisão ou interesse

Prezados casais de namorados, no artigo anterior, abordamos o tema da admiração. Neste artigo, teremos a possibilidade de nos depararmos com uma das maiores virtudes e atitudes humanas: a ternura. Não se trata aqui de a definir, mas descobrir o que podemos fazer para nos tornarmos pessoas doces, singelas e próximas.

“A ternura nasce no coração de quem se sente amado”, afirma Santa Teresa de Jesus, mística espanhola do século XVI. Essa mulher apaixonada pela vida deixou-se, um dia, tocar pela doçura divina e mudou por inteiro.

A ternura nasce no coração de quem se sente amado
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Na vida de duas pessoas, que admiradas uma pela outra se sentem chamadas a partilhar momentos, circunstâncias e esperanças, a ternura vem contribuir para deixar de lado qualquer tipo de divisão ou interesse.

Falta constante de ternura

Hoje, ouço muitos casais que, por diversas razões, queixam-se profundamente pela dor que causa um certo ciúme ou desconfiança, um desconforto e até um certo aperto no coração. “Meu namorado, minha namorada não confia em mim.” Expressões como essas vêm de uma atitude agressiva e nada terna. As desconfianças são um sinal visível de quem, não se contentando com não se aproximar, prefere se manter distante. Na vida que levamos, muitas atitudes negativas provêm de imaturidade, mas no relacionamento de pessoas que se amam, provêm de uma falta constante de ternura e bondade.

Leia mais:
:: A importância da admiração no namoro
:: Como lidar com as brigas e os desentendimentos no namoro?
:: Namoro e o noivado são passos em preparação para o casamento
:: Demonstrar o amor é tão importante quanto o sentir

Exercitar a ternura exige, como primeiro passo, aproximar-se. Temos de sentir o cheiro do outro, temos de nos sensibilizar frente ao rosto dele. Quem não se aproxima nunca terá a oportunidade de praticar a ternura. O colo da mãe é o espaço exclusivo através do qual ela manifesta toda a sua ternura para com seu filho. Não se pode sentir o calor por trás de um vidro ou a milhões de quilômetros de distância. Os namorados serão próximos à medida que se sensibilizam um para com o outro. É belo quando a namorada boa em matemática explica para seu namorado bom em português. Essa complementariedade que nasce da ternura faz com que as relações se tornem cada vez mais sólidas.

Coragem de perdoar

Perguntas e respostas ríspidas, silêncios vazios ou ações indevidas levam não só à mágoa, como também endurece o coração. Um segundo passo para a vivência da ternura é a consolação. Até é uma obra de misericórdia espiritual. Encontro pessoas que, no lugar de consolar, aumentam e dilatam a ferida, criando situações desproporcionadas. Quem vive a ternura sabe que um erro não pode ser superado com uma ofensa. Quando há um mal entendido, precisamos consolar e não aumentar o tamanho da situação ou da circunstância que causou aquele mal estar. O Papa Francisco pede para que, sempre que acontecer algo errado, tenhamos a coragem de desculpar o outro mesmo que nos não tenhamos tido nenhuma responsabilidade. Isso transforma, supera e suaviza o coração de quem precisa ser acolhido e perdoado com ternura.

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Por último, há quem diga que doença não dura mil anos, pois não há corpo que a resista. A ternura vence todos os conflitos interiores. Aprendamos, por exemplo, a nos acusarmos das nossas faltas, fazendo com que a relação de namoro e noivado sejam menos tensa. Não digo justificar como alguns pretendem fazer, mas acusar-se. Aprender a pedir perdão sem dar tanta transcendência, sem tanto conflito. Os namorados e os noivos têm o tempo todo para fazer brincadeiras, para crescer na alegria, no conhecimento reciproco, e a ternura é um instrumento eficaz e valioso que contribui nessa realidade. Evitemos, então, tudo aquilo que possa nos tornar pessoas agressivas e vivamos a ternura de maneira forte e aguerrida. Ser terno não é ser meloso, mas sim doce!

Abraço de ternura e amizade

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Como combater a violência psicológica?

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Saiba como identificar e combater a violência psicológica

A primeira coisa a fazer é identificar esse tipo de agressão e o agressor. O passo seguinte é denunciar. Vá à autoridade mais próxima e peça ajuda. Se não for possível, peça a ajuda ou o conselho de alguém de sua confiança, mas não guarde esse problema só para você. Se não for você a vítima, vá ao órgão competente – polícia, delegacia de defesa da mulher, juizado de menores, defensoria pública – e denuncie.

como-combater-violencia-psicologicaFoto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Entretanto, como já relatamos no artigo anterior “Violência psicológica, você sabe o que é?”, principalmente em casos de relacionamentos amorosos, é difícil distinguir entre uma crise de casal e a violência psíquica, e mais difícil ainda é a própria vítima, em meio ao vínculo que criou e cria com o agressor, identificar que está sofrendo esse tipo de sina.

Para saber se você passa por esse problema, reflita: uma crise no relacionamento atingirá somente a relação em sua disposição com o seu par. Um relacionamento abusivo emocionalmente atinge outras áreas da sua vida, seu convívio familiar, social, profissional, econômico, sua saúde etc.

Leia mais:

:: Violência psicológica: você sabe o que é?
:: O que é violência sexual?
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência física: dormindo com o inimigo

Responda a si mesmo com toda a sinceridade e tenha a coragem de analisar-se sem o plano de fundo da paixão.

1. Esse relacionamento o fez ser uma pessoa melhor, mais feliz? Mesmo com os contratempos, você se sente bem ao lado da pessoa com quem está hoje ou não?

2. Suas conquistas, alegrias e realizações parecem insignificantes quando você as conta a ele? Essa pessoa o coloca sempre abaixo dele? Ele admira o que você faz ou diz que você não faz nada direito, que você não é bom em nada?

3. Como está seu relacionamento com seus familiares? Há a exigência de tempo ou coisas que você faça com ele ou para ele que prejudica seu contato com sua família? Ele o coloca contra seus parentes? Vocês vivem isolados ou você tem amigos com quem pode continuar cultivando a amizade?

4. Ele controla suas roupas, os lugares que você vai, suas decisões e prioridades? Ele se intromete constantemente em sua vida e na das pessoas que têm contato com você?

5. Xinga você constantemente? Ao se referir a você, usa palavras de baixo calão?
Culpa você por coisas que saem dos planos ou não estão totalmente sobre seu controle?

6. Ele quebra as regras que ele mesmo impôs, justificando sua culpa?

7. Usa do silêncio para torturá-lo, é negligente em coisas que ele poderia ajudá-lo ou que são básicas a um relacionamento?

8. Fala mal de você abertamente ou pelas costas? Ele expõe você ao ridículo?

9. Ameaça deixar você, caso não faça as coisas do jeito dele? Ou ameaça cometer “loucura”com você ou com si mesmo caso você o deixe?

10. Ele detêm algo ou informação que o comprometa e usa disso para que você lhe obedeça?

11. Constrange-o sexualmente? Oferece vantagem em troca de favores sexuais? Obriga-o a praticar atos que não sejam da sua vontade?

12. Beneficia-o economicamente sob condição de comandar suas escolhas? Faz você gastar todas as suas economias com os gostos e prazeres dele?

13. As exigências dele constantemente o atrapalham em seu trabalho, fazem você cair em produtividade ou prejudicam o tempo que você tem para se dedicar à sua atividade profissional?

Se até a questão número 4 você se identificou em uma ou, no máximo, duas dessas questões (não mais que isso), pode ser que seja somente um caso de crise no relacionamento. Chame a pessoa para uma conversa franca. Talvez, ainda haja tempo de conscientizá-lo e mudar as coisas.

Pare e pense muito bem

Mesmo assim, analise o quanto isso o tem prejudicado. Se concluir que os danos são muito graves, considere que você já está num relacionamento abusivo.

Contudo, se suas respostas foram de insatisfação em mais de três questões das quatro primeiras, ou em ao menos uma pergunta da questão 5 em diante, com certeza já caracteriza um relacionamento em que sofre a violência emocional.

Nesse caso, negociar com o agressor não é uma boa ideia (provavelmente você já fez isso e não foi muito bem sucedido), portanto corte este vínculo.

Talvez você pense: “Mas não é exagero? A questão número 5 trata de xingamentos, que são só palavras!”. Respondo que a agressão verbal é o estágio anterior à agressão física. Não vai demorar muito para ele começar a agredi-lo de outras formas, só piorando a situação, pois se você aceitou até aqui é quase que certo que o agressor vá além.

Digamos, porém, que o vínculo entre vocês seja mais profundo que um namoro, já estão num casamento, e quem sabe já tem filhos e é o agressor que provém seu sustento e você não tem para onde ir nem o que fazer.

Deixe-o consciente de que irá procurar ajuda externa, que alguém fora estará a par do que está acontecendo (de preferência, que seja alguém que tenha sabedoria em lidar com situações assim: um sacerdote, um psicólogo, um terapeuta; ou alguém que possa ofertar socorro: seus pais, um irmão, um delegado), para que você não fique totalmente refém dessa pessoa.

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Se nem assim resolver, denuncie o agressor às autoridades.

Tenha a coragem de reagir (não revidar), ainda que em conjunto com alguém que possa fazer algo por você. Muitas vezes, a vítima acha que é a única esperança na vida do agressor, e que aceitando o sofrimento um pouco mais ele mudará. Reze sim, para que ele mude, mas não será à custa de seu sofrimento que ele mudará. Por ele já ter uma imagem de você como objeto, alimentada durante um tempo, sem uma reação sua, é provável que a violência venha só aumentar.

Deus abençoe!

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Os traumas de um abuso sexual na vida dos homens

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Saiba quais são os traumas de um abuso sexual na vida dos homens

Os traumas de um abuso sexual são intensos tanto para as mulheres quanto para os homens, porém, de acordo com pesquisas realizadas na Universidade da Colúmbia Britânica, as vítimas de abuso sexual masculino têm mais dificuldade de lidar com os traumas e suas consequências.

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Rafael Godoy. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A vida de pessoas vítimas de violência sexual é afligida pela vergonha e pelo martírio das cicatrizes. Infelizmente, muitas vezes, isso as induz a um quadro de isolamento, protegendo o abusador com o seu silêncio, mesmo que involuntariamente. Porém, para os homens, isso tem uma peculiaridade, pois esse tipo de violência vai de encontro a seu senso de masculinidade, inibindo-os em meio aos preconceitos que temem sofrer. Esse é o principal fator pelo qual eles têm dificuldade em denunciar o criminoso, e essa realidade é tão grave, que dificulta a existência de estatísticas a esse respeito.

Leia mais:

:: O que é violência sexual?
:: Abuso sexual: o silêncio de uma inocente
:: A inocência roubada
:: Violência física: dormindo com o inimigo
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência psicológica, você sabe o que é?
:: Como combater a violência psicológica?

A psicóloga Renata Ribeiro aponta 10 traumas comuns na vida das vítimas:

  1. A sensação de injustiça e impunidade pode produzir uma falsa sensação de direito de vingança. Isso pode transformar o abusado em abusador, pois o pensamento pode ser, tal como citado pela psicologa, de que “não existe razão para se lembrar de princípios, compaixão e amor, pois não tiveram com ele”.
  2. O trauma pode afetar a própria masculinidade do indivíduo, tornando-o inseguro sobre sua identidade e gênero.
  3. Além de serem acometidos pela dor e pela vergonha, os jovens tendem a ser tomados por um sentimento de raiva.
  4. Pensamento suicida;
  5. Depressão;
  6. Problemas de saúde mental;
  7. Autoculpa;
  8. Autoestima baixa;
  9. Dificuldades com relacionamentos e intimidade;
  10. Dificuldades relacionadas à sexualidade.

Superando os traumas

“O primeiro passo para superar os traumas é a pessoa querer ser ajudada. Isso, no entanto, depende da idade dessa pessoa, porque, muitas vezes, a criança não tem essa noção. Depois, buscar ajuda com pessoas próximas e confiantes”, orienta Renata Ribeiro.

Rafael Godoy é um caso de abuso sexual. Ele foi abusado, aos sete anos de idade, por seu vizinho, enquanto se preparava para participar da festa Corpus Christi. Após o estupro, o menino foi sendo convencido de que era sedutor e com tendência ao homossexualismo. Ele foi para as ruas, prostituiu-se e entrou para o tráfico de pessoas. Mas, em uma determinada noite, ele teve um encontro que mudou radicalmente sua vida.

Onde é que Deus estava quando ele foi abusado? Padre Anderson Marçal responde: “Eu tenho a convicção de que ele, ao preparar o Corpus Christi, Deus estava justamente ali. Então, muito mais do que ele ser abusado, o próprio Corpo de Cristo estava sendo abusado, porque Deus estava escondido nele. O Senhor não o abandonou naquele momento.

O fato de ele estar se preparando para participar da festa de Corpus Christi não significa que Deus vai impedir que as pessoas façam mal a ele; não é comércio. O Senhor não age simplesmente porque alguém está fazendo alguma coisa por Ele, pois nisso entra a liberdade humana. Então, se ele estava se preparando para o Corpus Christi, muito mais do que este que foi abusado, o Corpo de Cristo foi abusado nele.”

Acredite, é possível superar os traumas e tornar-se protagonista de uma nova história, porque “para Deus nada é impossível ( Lucas 1,37)”.

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10 formas de amar seu namorado sem sexo

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É possível amar de outras formas, sem ter relação sexual durante o namoro

Depois do texto “ 10 formas de amar sua namorada sem sexo”, escrito por meu esposo Adriano Gonçalves, trago para você “10 formas de amar seu namorado sem sexo”. Lembrando que você encontrará muito mais em nosso livro, que será lançado em breve, “Agora e para sempre: como viver o amor verdadeiro”.

Amar descobrindo

Descobrir o amor é descobrir a beleza que existe no interior do seu namorado, a capacidade de dar a própria vida por amor. É descobrir não o desenho dos músculos do seu namorado, mas a força da sua alma.

10 formas de amar meu namorado sem sexoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Amar construindo

Amar é saber que um verdadeiro homem é construído, não nasce pronto. Amar é colaborar na construção desse homem, que poderá ser seu esposo e pai dos seus filhos. Antes de construir uma casa para morar a dois, e depois com os filhos, é preciso construir os alicerces do amor.

Amar recomeçando

Recomeçar é saber que quando caímos, podemos nos levantar. Amar é recomeçar perdoando, acolhendo e amadurecendo. Sempre há um recomeço para quem assume as próprias quedas e tem coragem de se levantar, pois acredita no amor.

Leia mais:
.: A sacralidade do beijo
.: Por que namorar sem sexo?
.: Minha namorada quer transar. E agora?
.: Sexo no namoro?

Amar servindo

Amar é servir não apenas com uma boa comida, numa mesa bem posta, mas sendo suporte para o outro. É servir com alegria e disposição quando ele solicitar e também quando nem falar. A mulher é aquela que percebe os detalhes e se antecipa na ajuda.

Amar acolhendo

Acolher a pessoa inteira, não querer viver pela metade, é amor. Acolher mesmo que não tenha nada para dar, no silêncio fecundo; se necessário, falar sem julgar, apenas acolher.

Amar rezando

Rezar é amar e amar é rezar. Um casal de namorados que não reza perde-se nas próprias razões. Rezar é olhar além do que os olhos podem ver, é tocar na essência da alma humana, é o diálogo de quem se ama.

Amar respeitando

Respeito com a história e a verdade. Quando se respeita, abre-se caminhos novos e possibilidades de uma nova história. O respeito traduz que o outro é bem-vindo. Respeitar seu namorado é dizer-lhe: você é bem-vindo à minha vida.

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Amar celebrando

Celebrar o amor, celebrar datas importantes e, acima de tudo, celebrar o dom, que é o outro. Celebrar é reconhecer que um presente lhe foi dado, e que você pode ser um presente para o seu namorado.

Amar cuidando

Cuidar é diferente de servir. Cuidar é ser o que o outro precisa na medida. O seu namorado, talvez, nunca tenha sido cuidado pelos pais e pela família, então, não queria ser a mãe dele, mas não negue a sua capacidade de cuidar.

Amar conduzindo

Conduzir não é dirigir o seu namorado, não é ser a cabeça do relacionamento. Queira conduzir o coração para o que é eterno, para o que não passa. Mesmo que, após um tempo, esse namoro termine, seja para começar um casamento ou para que cada um realinhe suas escolhas, não queria deixar feridas de dor, mas marcas do céu. Amar é conduzir o outro ao céu.

Achei algo interessante: perceba que o Adriano escreveu “As 10 formas de Amar” com verbos no infinitivo; eu escrevi no gerúndio. Não fizemos de propósito, mas, depois de escrito, identificamos essa diferença. Por que será ? Porque para amar de verdade é preciso amar agora em vista do infinito, mas, ao mesmo tempo, viver como uma ação que ainda está em construção. Pense nisso!

Deus o abençoe
Letícia Gonçalves

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As três fases para formação da amizade

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A amizade é um processo contínuo e dividido em fases, as quais nos ajudarão a compreender melhor esse relacionamento

A amizade é uma construção, por isso existem três fases para sua formação.

1. Primeira fase: Iniciação
2. Segunda fase: Manutenção
3. Em alguns casos, há uma terceira fase: Dissolução

As três fases para formação da amizade
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A amizade tem um início que corresponde aos primeiros encontros, os quais são entendidos como um tempo para o conhecimento do outro. Esse período inicial é de suma importância, pois é aqui que a confiança se inicia e, aos poucos, o envolvimento se torna mais profundo. Muitas pessoas não conseguem se aproximar de uma outra por dificuldades pessoais, como uma introversão excessiva ou mesmo uma baixa autoestima, que o faz acreditar que nenhuma outra pessoa poderia o escolher como amigo.

Leia mais:
:: A importância da amizade para o desenvolvimento emocional
:: Oração para os amigos
:: Um amigo antecipa o céu
:: Como fazer do seu cônjuge o seu amigo

Esses comportamentos podem dificultar a fase inicial, uma vez que a pessoa não se aproxima de uma outra para estabelecer os primeiros laços. Nessa fase, é importante permitir que o outro nos conheça, para então o relacionamento amadurecer e avançar para a manutenção da amizade, que é a próxima fase.

Cultivar a amizade diariamente

Para manter uma amizade, é preciso cultivá-la, cuidar dela diariamente. Esse período é chamado de manutenção. Nessa fase, é importante disponibilizar o mínimo de tempo para conversas, diálogos, trocas de experiências, partilhas, carinhos, demonstrações de amor, ajuda concreta etc., porque quem ama oferece tempo. É fundamental empenho contínuo e cuidados que amadureçam o relacionamento. Esse tempo pode ser muito longo, como anos, décadas ou mesmo toda a vida. Os níveis de atenção ou negligência para o relacionamento são fatores que determinam se a relação se aprofundará ou caminhará em direção à fase de dissolução, ou seja, o fim da amizade.

Existem amizades que duram uma vida inteira, como dissemos anteriormente. Nesses relacionamentos, os amigos são verdadeiros, demonstram afeto e respeito, estão sempre atentos às necessidades do outro e dispostos a ajudá-los, consideram o amigo como alguém importante em sua vida.

Existe ainda a dissolução. Essa fase pode ser o resultado da falta de atenção para com o outro, falta de interesse pela vida do amigo, falta de respeito com as diferenças, quando os amigos traem um acordo de sigilo ou mesmo quando um dos membros morre. No entanto, a morte não tem significado de término da amizade; na maioria dos casos, um amigo normalmente não morre para o outro, pois ele passa a existir vividamente na memória.

A amizade, portanto, é um processo contínuo que depende dos envolvidos para crescer, amadurecer, durar a vida toda ou diminuir até a extinção.

 

 

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Relacionamentos Abusivos

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Como desvencilhar-se de relacionamentos abusivos

Assista a este documentário com histórias reais de pessoas que foram abusadas sexual, física e emocionalmente. Especialistas como psicólogos, padres, médico-legistas e delegados poderão tirar as suas dúvidas e ajudá-lo a se precaver ou, quem sabe, a procurar ajuda, porque você já foi violentado.

Ao ouvir falar sobre relacionamentos abusivos, a mente naturalmente é remetida a um contexto de violência física e sexual. Entretanto, existem outras variações de abusividades como a violência psicológica.

Se você sente medo da pessoa com quem se relaciona, se não se sente livre com relação ao que dizer, expressar e até mesmo brincar, se teme a reação desmedida que a outra pessoa pode ter, então você está num relacionamento abusivo.

A vítima de abuso frequentemente não consegue perceber os fatos ou mesmo se nega a admitir que a pessoa amada seja um agressor. Apega-se à paixão, prendendo-se à ilusão de um relacionamento dramático, tal como num filme romântico.

Leia mais:

:: O que é violência sexual?
:: Abuso sexual: o silêncio de uma inocente
:: A inocência roubada
:: Os traumas de um abuso sexual na vida dos homens
:: Violência física: dormindo com o inimigo
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência psicológica, você sabe o que é?
:: Como combater a violência psicológica?

Num contexto em que os valores estão sendo trocados pela busca incansável de prazer, cabe a você estar atento. Amigos, familiares e vizinhos, qualquer um pode tornar-se um abusador, a prudência torna-se um cuidado vital a ser tomado por todos.

 

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Sete características do amor conjugal

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Amizade, exclusividade, fidelidade e abertura à vida são marcas de um verdadeiro ato conjugal, ensina Papa Paulo VI

A Encíclica Humanae Vitae, escrita pelo Papa Paulo VI, em 1968, aponta caminhos seguros para fortalecer o amor do casal. No documento lançado oito anos depois que a pílula anticoncepcional começou a ser distribuída nos Estados Unidos (23 de abril de 1960), a Igreja se posicionava contra a pílula anticoncepcional por considerá-la um método artificial de evitar a gravidez. No mesmo documento, Paulo VI estimula os casais cristãos e católicos a exercerem a paternidade responsável1, além de refletir sobre a vida humana em sua totalidade e integralidade.

Sete características do amor conjugal
Foto: Copyright: Ridofranz

Em meu livro “Papa Francisco às Famílias, os segredos para a conquista de um lar feliz” relato um episódio em que Bergoglio reitera a atualidade da Encíclica de Paulo VI. Na viagem às Filipinas, em 2015, Francisco denunciou “colonizações ideológicas que buscam destruir a família”. Entre os males, a “falta de abertura à vida” torna-se um câncer na sociedade que envelhece e morre. “Cada ameaça à família é uma ameaça à sociedade”, afirma o Papa.

As indicações presentes na Encíclica Humanae Vitae expressam a verdadeira natureza e nobreza da relação matrimonial, considerando sua fonte suprema, Deus que é Amor. Abaixo, apresento sete características do amor conjugal.

1. Plenamente humano: espiritual e sensível

O amor conjugal é ato da vontade livre, não é ímpeto de instinto ou sentimento. Capaz de crescer em meio às alegrias e dores, fazendo com que o casal se torne um só coração e uma só alma para alcançar juntos a perfeição humana.

2. Amigos que compartilham

O matrimônio é uma forma de amizade em que marido e mulher compartilham tudo. Quem ama não ama por aquilo que recebe, mas por si mesmo, porque pode enriquecê-lo com o dom de si mesmo.

3. Fiel e exclusivo

Uma fidelidade exclusiva até a morte gera felicidade íntima e duradoura. O casal assume, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo matrimonial. “Fidelidade que, por vezes, pode ser difícil, mas que é sempre nobre e merecedora, ninguém o pode negar.”

4. Fecundo

Ordenado para a procriação e educação dos filhos, o amor não se esgota na comunhão entre os cônjuges. Ele é destinado a suscitar novas vidas sob a consciência da sua missão de “paternidade responsável”. Aos casais que, por causas independentes de sua vontade, vão ser infecundos, a Igreja orienta a exprimir e a consolidar a sua união.

Categoria matrimonio

5. Unitivo e procriador

O significado unitivo e procriativo estão fundados na conexão inseparável que Deus quis e que o homem não pode alterar por sua iniciativa. A estrutura íntima do ato conjugal torna-os aptos para gerar novas vidas, segundo leis inscritas no ser masculino e feminino.

6. É desejo

O ato conjugal deve considerar condições e desejos legítimos. Caso contrário, não é verdadeiro ato de amor, mas negação da reta ordem moral. Ato de amor recíproco, que prejudica a disponibilidade para transmitir a vida está em contradição com o desígnio constitutivo do casamento e com a vontade do Autor da vida humana.

7. ‘Não’ ao aborto

O amor conjugal considera ilícito interromper diretamente o processo generativo já iniciado, e, sobretudo, o aborto voluntário mesmo por razões terapêuticas. Da mesma forma, exclui a esterilização direta definitiva ou temporária, tanto do homem como da mulher.

Em nossa época, marcada por uma cultura do descarte, em que faltam compromissos definitivos e a vida não é valorizada, a mensagem do Beato Paulo VI adquire força renovada. Um milagre atribuído à intercessão dele foi a cura de um feto. O milagre aconteceu, em 2001, nos Estados Unidos. Diante de um diagnóstico de que o feto estava “gravemente comprometido”, a mãe recusou abortar e rezou a Paulo VI pedindo uma intervenção do céu. Após dez semanas, a prece foi atendida. A beatificação aconteceu no dia 19 de outubro de 2014, na Praça São Pedro, em uma celebração presidida por Papa Francisco e com a presença do Papa Emérito Bento XVI.

Referência:
1 Paternidade responsável significa conhecimento e respeito pelas suas funções: a inteligência descobre, no poder de dar a vida, leis biológicas que fazem parte da pessoa humana.

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Casamento é muito mais que uma cerimônia bonita

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O casamento é um sacramento que deve ser assumido de forma consciente, livre e aberto à fecundidade

Quem escuta ou lê essa frase pode imaginar que o casamento seja algo simples e trivial, facilmente resolvido com um check in na igreja antes dos vários passeios de lua de mel.

Antes do ‘sim’, porém, é preciso que os noivos se preparem bem para a mudança de vida. Estou falando da casa? Da comida? Da roupa lavada? Não, nada disso! No topo da lista está a preparação das emoções para a vida de casados. Um dos espaços eficazes para isso é o curso de noivos, quando o casal poderá sedimentar a reflexão conjunta sobre a vida a dois.

Casamento é mais que uma cerimônia bonitaFoto: Jason_Lee_Hughes, iStock.by Getty Images

 

Preparando para o casamento

Cada paróquia faz o curso de um jeito, conforme sua realidade. Eu trago aqui três pontos importantes para essa preparação.

Quando estava noiva, eu queria muito fazer o curso de noivos numa paróquia “superfamosinha” entre as noivas, por oferecer um curso bastante acolhedor, realizado na casa dos responsáveis e cheio de mimos. Mas, como o Senhor nos conduz para aquilo que de fato precisamos, não conseguimos nos inscrever e fizemos nosso curso numa paróquia bastante distante do centro, cuja igreja estava ainda inacabada, um ambiente bastante simples e sem qualquer pompa.

Em meio àquela simplicidade, Deus falou ao nosso coração de maneira completamente inusitada, do jeitinho que precisávamos ouvir .

Para você ter uma ideia, a primeira palestra foi conduzida por um frei bastante idoso, de origem estrangeira e sotaque carregado. O tema nos impactou bastante: como anular seu casamento. Ele afirmou que era fundamental saber quando um casamento é nulo, para não entrarmos “de gaiato”, como se fosse fácil se separar. Explicou, ao mesmo tempo, que vários casamentos são apenas teatro, pois faltam premissas básicas para serem considerados válidos para a Igreja Católica.

Casamentos arranjados ou apenas para esconder uma gravidez em curso não necessariamente são válidos, por exemplo. Se não há a livre vontade de ambos para assumir essa vocação ou se esconderam um do outro informações importantes como uma enorme dívida, um casamento católico anterior ou a infertilidade de um dos noivos, não perca seu tempo, pois o casamento não será válido. O matrimônio é entrega total, livre e verdadeira; e estar disposto a assumir essa entrega faz bem para as emoções dos noivos.

Leia mais:
.: O noivado é uma escola para o casamento
.: A maturidade exigida no noivado
.: As palavras que se transformam em amor
.: Oito dicas para não surtar na semana do casamento

Outro tema importante para o qual é preciso se preparar: método natural de planejamento familiar. Se você tem dificuldade de abordar este tema com o noivo, seja porque ele parece resistente à abstinência sexual nos dias férteis, seja por vergonha ou por pouco conhecimento da metodologia, é durante o noivado que esse jogo precisa ser combinado. Não basta só um dos noivos querer, é preciso que ambos estejam cientes não só das renúncias que isso traz, mas da maior cumplicidade, afeto e cuidado despertado com esse método.

No curso de noivos, em geral, apresenta-se a experiência de casais que utilizam esse método e comprovam a sua eficácia, convencendo até os mais céticos. Eu sei que você conhece algumas famílias com vários filhos, que dizem utilizar o método, mas com eles não deu certo. Na verdade, só funciona se houver preparação e utilização correta, e em caso de dúvida, basta procurar as equipes pastorais para acompanhamento dos casais.

Agora, há um outro tema bem interessante, que não foi tratado no nosso curso de noivos, mas uma amiga comentou certa vez: educação financeira do casal. Após uma palestra, cada casal planejava como ficariam as contas, quem pagaria o quê, como organizariam as despesas. Parece bobagem, mas muitos casamentos se desgastam devido ao desequilíbrio financeiro de um dos cônjuges, ou de ambos, que não percebem que não existirá mais o seu e o meu dinheiro, o seu e o meu boleto, mas a nossa dívida, os nossos bônus. E isso deve ser combinado ANTES do casamento. Imagina você ser acusada de que está gastando demais ou ver que seu noivo esbanja em pequenos luxos quando mal conseguem pagar as contas da casa?

A igreja tem como pré-requisito o curso de noivos exatamente para o casal tirar um tempo para si e focar no essencial em meio às diferentes listas e preparativos para a cerimônia. Se você não marcou o seu curso de noivos ainda, não deixe para a última hora. Se você já fez o seu, e esses temas não foram tratados, converse com seu companheiro de vida. Eu lhe garanto que esse papo vai render frutos.

Conversar sobre a validade do matrimônio, o planejamento familiar natural e o orçamento doméstico, além de preparar suas emoções para o casamento, vai evitar dores de cabeça no futuro.

O casamento é uma vocação importante demais, para a emoção se resumir na escolha dos convites em papel brilhante e os docinhos da festa.

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Carta para minha futura esposa

Casais, aprendam a importância do diálogo

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Saiba como estimular o diálogo sem brigas e ainda melhorar seu relacionamento

Quando se fala em diálogo, muita gente já sente um frio na espinha e rejeita a proposta rapidamente. Talvez, porque dialogar remeta à ideia de discutir a relação, as famosas DRs. Mas diálogo não tem nada a ver com discussão. Ninguém nasce sabendo dialogar, mas é um aprendizado contínuo e necessário para toda a vida.

Outro dia, fiquei tocado com um muçulmano que se casou com uma mulher cristã. Ele me disse que se sentia muito feliz em dialogar com a esposa, porque as conversas não se resumiam aos afazeres de casa ou filhos, mas ambos se enriqueciam. Ela estuda direito e ele é comerciante. Ele vai à Mesquita e ela vai à Igreja Católica. Ou seja, eles permitiram que as diferenças se tornassem combustível para alimentar o amor entre eles.

Casais, aprendam e conheçam a importância do diálogoFoto: Arquivo/cancaonova.com

Papa Francisco oferece dez ensinamentos para aprender a dialogar

Neste sentido, queremos descobrir juntos como obter sucesso no diálogo. Para nos ajudar nessa descoberta, dicas preciosas do Papa Francisco estão contidas na Exortação Apostólica Amoris Laetitia:

1. Requer aprendizagem

O diálogo “requer uma longa e diligente aprendizagem”. O Santo Padre explica que “homens e mulheres, adultos e jovens têm maneiras diversas de se comunicar, usam linguagens diferentes, regem-se por códigos distintos”. É que a comunicação pode ser influenciada por muitos fatores como a maneira de perguntar, o jeito de responder, o tom que se usa, a hora escolhida. O diálogo autêntico é favorecido por atitudes de amor.

2. Reserve tempo

Escutar com paciência e atenção necessita de um tempo de qualidade. Deixe seu cônjuge manifestar tudo o que precisa comunicar. “Isso requer a ascese de não começar a falar antes do momento apropriado”. Não fique dando opiniões ou conselhos, mas procure estar seguro de escutar tudo o que o outro tem necessidade de dizer.

3. Silêncio interior

Não tenha pressa, esqueça necessidades e urgências, ofereça espaço: “isto implica fazer silêncio interior para escutar sem ruídos no coração e na mente”. Coloque, na sua cabeça, que, na maioria das vezes, seu cônjuge não precisa de solução para problemas, apenas quer ser ouvido.

4. Dê importância real à pessoa

É preciso desenvolver o hábito de dar real importância ao outro. Para isso, busque valorizá-lo, reconhecê-lo no direito de existir, de pensar de maneira autônoma e feliz. Nunca subestime o que diz ou reivindica. Isso não impede que você expresse seu ponto de vista. Todos temos algo a oferecer. “É possível reconhecer a verdade do outro, a importância das suas preocupações mais profundas e a motivação de fundo do que diz, inclusive das palavras agressivas”, ensina o Papa. Crie empatia: coloque-se no lugar da pessoa para interpretar a profundidade do seu coração. Entenda o que o apaixona e tome essa paixão como ponto de partida para aprofundar o diálogo.

5. Abra a cabeça

O Papa Francisco utiliza a expressão “amplitude mental”. Seja flexível em suas opiniões. A partir do diálogo, ideias diferentes podem surgir e, com isso, uma nova síntese poderá enriquecer ambos. União não quer dizer uniformidade, mas uma harmonia na diversidade ou uma “diversidade reconciliada”. Libertem-se “da obrigação de serem iguais”.

Leia mais:
.: Seis passos para melhorar o diálogo no relacionamento
.: Como construir um matrimônio sadio?
.: Introdução da Exortação Apostólica Amoris Laetitia
.: Amoris Laetitia: o que é?

6. Expresse sem ferir

Não deixe que eventuais interferências destruam um processo de diálogo. Identifique “maus sentimentos” e não dê a eles tanto peso para que não prejudiquem a comunicação. É possível expressar o que sentimos sem ferir. Utilize linguagem e modo de falar mais adequados, expresse críticas, sem descarregar a ira como uma forma de vingança e evite linguagem moralizante agressiva, irônica e condenadora. Muitas discussões são motivadas por pequenas coisas, mas acabam ficando quentes por causa da nossas atitudes ou da maneira como as dizemos.

7. Carinho

Gestos de carinho permitem superar as piores barreiras. “Quando se pode amar alguém ou quando nos sentimos amados por essa pessoa, conseguimos entender melhor o que ela quer exprimir e nos fazer compreender”, garante Francisco.

8. O outro não é concorrente

“É preciso superar a fragilidade que nos leva a temer o outro como se fosse um concorrente”. Cultive sua segurança em opções profundas, convicções e valores, e não no desejo de ganhar uma discussão ou de ter razão.

9. Principais reclamações

Fique atento para alguns fatores que atrapalham o diálogo. Reclamações comuns são:
1. Não me ouve;
2. Quando parece que o faz, na realidade está a pensar noutra coisa;
3. Falo-lhe e tenho a sensação de que está à espera que acabe de vez;
4. Quando lhe falo, tenta mudar de assunto ou dá-me respostas rápidas para encerrar a conversa.

10. Alimente o interior

O diálogo é alimentado com leitura, reflexão pessoal, oração e abertura à sociedade. “Caso contrário, a conversa torna-se aborrecida e inconsistente. Quando cada um dos cônjuges não cultiva o próprio espírito e não há uma variedade de relações com outras pessoas, a vida familiar torna-se endogâmica e o diálogo fica empobrecido”, alerta o Santo Padre.

Espero que esses conselhos práticos nos ajudem em nosso itinerário de crescimento. Lembre-se que sempre é tempo de recomeçar! Quem sabe hoje seja o dia de promover um momento especial de diálogo. Certamente, os frutos desse momento vão ser percebidos por toda a vida de vocês.

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