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Existe desilusão amorosa em um verdadeiro amor?

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Uma desilusão amorosa pode ser transformada em amadurecimento para a construção do amor verdadeiro

Quem não se desiludiu na grande aventura de amar e ser amado? Quem nunca ficou horas no quarto chorando, porque o “grande amor” simplesmente se tornou o “nada amor”. De fato, o amor verdadeiro comporta essa “fase” de se desiludir. Isso mesmo! É preciso viver a desilusão para que, de fato, seja amor verdadeiro.

No livro que está por vir, eu e Letícia, minha esposa, trabalhamos as fases do amor verdadeiro segundo o olhar psicológico. Fases essas que são a ilusão, a desconfiança, a desilusão e a esperança. Mas como o livro está por ser lançado, aqui quero falar um pouco da fase da desilusão, pela qual todo amor, que é verdadeiro, precisa passar. Só os amores fortes e verdadeiros conseguem ressuscitar. Eis a fase da desilusão/decepção!

Existe desilusão amorosa em um verdadeiro amorFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O que seria essa desilusão?

Des+ilusão, ou seja, sem ilusão! Essa é a fase em que vocês se confrontam com o real do outro, é a fase da “meia-noite da cinderela”, é onde o ideal parece desaparecer, e o que o outro é vai se tornando palpável, concreto e real.

Conhecemos muitos casais que, nesta hora, começam a falar: “Não é por essa pessoa, com a qual agora estou me relacionando, que me apaixonei. Ela mudou!”. A primeira parte da frase é verdadeira. Não foi pela pessoa com a qual você se relaciona hoje, que você se apaixonou (não somente), houve uma paixão pelo seu “modelo” colocado no outro. Quando você vai percebendo que muitas coisas não batem, vai se desiludindo! Não quer dizer que seja uma mentira, mas sim que, de fato, está aparecendo uma pessoa real, com muita coisa que o leva a ter a certeza de “é a pessoa certa para mim”, mas descobrirá também que esse “ser certo” não é sempre o que você deseja, mas sim o que necessita. Aí, talvez, a segunda parte da frase que diz “ele mudou”não seja bem assim, pois, de fato, ele sempre foi assim, mas você não conseguia enxergar a pessoa concreta, e só tinha olhos para seu “ideal”.

Na psicologia, uma teoria afirma que o casamento é uma das maiores fontes de integração do indivíduo. Essa integração quer dizer dos opostos em nós que aparecem na relação. Exemplificamos afirmando: Muitas vezes, o que faz com que você se apaixone é o que o faz se separar (caso não amadureça na relação e com ela).

Como se comportar diante da desilusão?

A menina se apaixona pelo rapaz superdescolado, livre, engraçado, que leva a vida “numa boa”, de fácil conversa. Ela afirma: “O que mais gosto nele é a liberdade”. Passa a fase da idealização, entra da desconfiança, e ela se choca com a fase da desilusão, pois começa a dizer: “Ele não cumpre horários, é desleixado com as coisas, fica de conversinha com as meninas”. O que a fez se apaixonar por ele pode ser o que a levará a deixá-lo, pois ela não conseguia ver quem ele era de verdade.

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Retomando a questão da integração, aqui eles estão perdendo a chance de equilibrar juntos a liberdade e a responsabilidade. Talvez, ele possa ser o que ela deseja, mas não consegue; talvez, de fato, ele precise dela para dar uma integrada nessa liberdade toda! Amor é isso: opostos que se atraem. Isso, quando bem vivido, gera equilíbrio e saúde emocional.

Quanto mais reais eles se vão tornando um para o outro como pessoas, menos possibilidades há de as imagens mágicas e fascinantes provenientes do inconsciente permanecerem projetadas sobre eles.

É bom entender que essa fase da desilusão é necessária para um amadurecimento do amor verdadeiro. Quanto antes você se desiludir, mais rápido vai poder viver a fase fascinante do caminho ao verdadeiro amor, que é a esperança! Só valorizando o que o outro é, posso me decepcionar com ele sem o descartar.

Enfim, desilusão faz parte do amor verdadeiro! Basta ver se, de fato, o amor vivido com o outro é verdadeiro, e não como você quer que ele seja!

Tamu junto!

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O amor não é lucro de retorno imediato

Como lidar com frustração de não ter filho

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Como o casal deve lidar com esse sentimento de frustração e pressão diante da possibilidade de não ter filhos?

Vivemos constante pressão! Quando se é solteiro, a pressão é: “ Quando você vai se casar?”. Quando se é casado, a pressão é: “ Quando você terá filhos?”. Quando se tem um filho, a pressão é: “ Quando você terá outro?”. Porém, diante de tanta pressão, podemos nos perder na indiferença do que, de fato, o outro está vivendo. Talvez, o solteiro viva o sofrimento de não ter encontrado alguém para se casar; o casado, o sofrimento por não ter um filho; o pai, o sofrimento por se sentir incapaz de dar ao filho o que este deseja e por aí vai.

Hoje, no entanto, gostaria de falar sobre a pressão que um casal vive para terem um filho, mas, por inúmeras razões ( infertilidade orgânica, transitória e até mesmo esterilidade), não conseguem, gerando assim uma situação de possível e grande sofrimento. A pressão da família e da sociedade para que o casal tenha filhos, muitas vezes, é enorme; e o fato de não conseguir engravidar pode fazer a pessoa se sentir um completo fracasso.

Como lidar com frustação de não ter filhoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Como administrar tal sofrimento perante a própria vida e diante da conjugalidade assumida?

1º) Não negue seus sentimentos

A primeira coisa a se viver diante do sofrimento em não conseguir engravidar é assumir os sentimentos, o desejo frustrado, o sonho que não se realiza. Quanto mais se nega estes sentimentos, mais eles ganham forças destrutivas dentro de você. É preciso reconhecer a fundo o desejo que ambos ( homem e mulher) trazem referente à concepção dos filhos. A aceitação e o enfrentamento do que você está sentindo ajuda a suportar as emoções e pressões (internas e externas) com mais serenidade.

2º) Não se destrua pela culpa

Diante da dor em não conseguir ter filhos, não se autodestrua procurando os culpados: “Ah, se eu tivesse engravidado antes!”, “Ah, se eu não tivesse esperando terminar o pós-doutorado para engravidar!”, “Ah, eu poderia ter me cuidado mais” etc. Essas são vozes que tentam tirar sua esperança e levá-lo à completa aniquilação de si mesmo e de seu (sua) esposo (a).

A culpa pode até impedir que você tenha uma centralidade para, de fato, encarar o problema, impossibilitando-o de buscar ajuda médica, psicológica e, quem sabe, até espiritual. Nada de se culpar!

3º) Viva a harmoniosa e fecunda vida de casados!

Quando a gravidez não surge, muitos casais começam a “esfriar” a relação, é como que se a impossibilidade em ter filhos tirasse deles a vitalidade do relacionamento. Nessa hora, não só a parentalidade está em cheque, mas também a própria conjugalidade. Tentem encontrar, juntos, maneiras realistas de dividir o estresse e a frustração em não poder/conseguir ter filhos. Muitos casais pensam que a fecundidade do relacionamento está apenas na questão de gerar filhos, mas não está somente nisso, não! Papa Francisco, na Exortação Amoris Laetitia, afirma: “Àqueles que não podem ter filhos, lembramos que «o matrimônio não foi instituído só em ordem à procriação (…). Por isso, mesmo que faltem os filhos, tantas vezes ardentemente desejados, o matrimônio conserva o seu valor e indissolubilidade, como comunidade e comunhão de toda a vida».

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4º) Busque toda ajuda necessária

É importante que dentro da moral católica vocês busquem toda ajuda necessária. Vá a médicos especializados, talvez a infertilidade seja de fundo psicológico; busque um bom terapeuta. Recorra à espiritualidade! Faça sua parte sem se perder em uma vida obsessiva para engravidar. Mas com calma e esperança dê os passos que cabe a você e a seu esposo (a)!

5º) Relaxe, você não é amaldiçoado

Sim, filhos são bençãos de Deus! Então, se não os tenho, não sou abençoado por Ele? Calma, não é essa a lógica! De fato, é Deus quem dá o dom dos filhos, mas não quer dizer que se você não os tem seja pelo fato de que Deus não os quer dar a você! Nesta hora, a fé é acreditar que, no mistério do sofrimento, Deus também sofre com você! Não se permita ser invadido por pensamentos de que Deus não o ama, que você é amaldiçoado.

6º) Estabeleça um limite. Até onde tentar?

Há casais que decidem, desde o começo, por viver, de fato, o que a Igreja ensina sobre reprodução humana; por isso, esgotadas todas as possibilidades morais, é hora de escolher o que fazer. Ficar anos tentando sem que se tenha um parecer médico favorável pode ser de maior sofrimento ainda para o casal. Lembre-se: desistir dos meios humanos não quer dizer perder a fé que Deus pode realizar o impossível!

7º) Abra-se à fecundidade alargada

Papa Francisco, na Amoris Laetitia, afirma: “A adoção é um caminho para realizar a maternidade e a paternidade de uma forma muito generosa, e desejo encorajar aqueles que não podem ter filhos a alargar e abrir o seu amor conjugal para receber quem está privado de um ambiente familiar adequado. Nunca se arrependerão de ter sido generosos. Adotar é o ato de amor que oferece uma família a quem não a tem.”

Quantos casais que se abrem à adoção como uma forma de viver a paternidade e maternidade, com isso tornam-se, de fato, realizados? O amor sempre abre possibilidades!

Ao falar em cada um desses pontos, não pretendo diminuir ou tirar seu sofrimento em não conseguir ter filhos, mas a tentativa é de fazer com que os sentimentos possam ser administrados de uma forma mais integrada e humanizada possível.

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A amizade segundo Santo Tomás Aquino

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A amizade torna agradável a vivência entre as pessoas

A amizade é importante para a vivência do ser humano. Tomás de Aquino, doutor da Igreja, filósofo e teólogo com vários escritos sistematizados sobre Deus, o homem e o mundo é um santo canonizado pela Igreja, que transformou o pensamento de sua época. Dentre muitas obras, como a “Suma Teológica” e a “Suma contra os gentios”, e diversos temas produzidos, ele escreve especificamente sobre a  amizade.A amizade segundo Santo Tomás Aquino
Foto: Todor Tsvetkov, 78023165, iStock by getty images

Santo Tomás de Aquino diz que “por natureza todo homem é amigo”, e ainda destaca que a amizade, como uma virtude social, é necessária para se viver agradavelmente em sociedade. Ela é importante e fundamental para o florescimento da sociedade e felicidade do homem que se relaciona com o outro.

“Ao amigo fiel não há nada que se compare, pois nada equivale ao bem que ele é. Amigo fiel é bálsamo de vida; os que temem o Senhor vão encontrá-lo.” (Eclesiástico 6,15-16).

A amizade colabora para a harmonia social

Em sua obra ‘Suma Teológica’, São Tomás de Aquino indica que “a amizade permanece no plano das relações sociais, designando antes a atitude geral de amabilidade ou afabilidade; é cortesia plena de atenção, tornando mais fácil, senão mais alegre, o viver junto”. Nenhuma sociedade, por natureza, mantém-se plenamente sem harmonia e contentamento entre os que nela vivem; nos mais variados lugares ou aspectos de uma comunidade, é normal que se dirija para uma conformidade.

A amizade torna cada vez mais agradável a vivência nas relações sociais pelo fato de proporcionar a facilidade na vida em sociedade, enquanto que um dos seus vícios opostos, a contestação, torna mais difícil o viver juntos e manter relacionamentos afáveis no corpo social.

Dessa forma, a amizade “impõe-se igualmente como uma verdadeira exigência da vida em sociedade, e sua ausência seria sentida como insuportável”, segundo Santo Tomás. Isso, porque a amizade é fundamento, por isso possível. Ela pode acontecer concretamente  quando as pessoas se comportarem com decência junto daqueles com quem se convivem, o que proporcionará dignidade, maturidade e manutenção no desenvolvimento próprio e da vida em sociedade.  

A amizade favorece o relacionamento com o próximo

Concedendo uma base para os escritos de Santo Tomás de Aquino, o filósofo Aristóteles escreveu amplamente a respeito da amizade em seu livro VIII da ‘Ética a Nicômaco’, no qual distinguiu em dois tipos a amizade. O primeiro consiste, principalmente, na afeição de uma pessoa para com a outra, e pode ser a consequência de qualquer virtude; o segundo tipo de amizade consiste unicamente em palavras ou atos exteriores, que não se realiza de maneira perfeita à razão da amizade, mas tem com ela uma certa semelhança.

Sobre o que Aristóteles ensinou sobre os dois tipos de amizade, no afeto percebe-se e reconhecer na pessoa amiga muito daquilo que há em si mesmo e o que ainda se busca ter, o que proporciona um crescimento mútuo entre o eu e tu, valorizando o nós. A Bíblia indica que “quem teme o Senhor, orienta bem sua amizade: como ele é, tal será o seu amigo” (Eclesiástico 6,17).

Desse modo, um efeito real e positivo na sociedade virá também pela afeição ao outro como um outro eu, porque aí não se terá competições, invejas, ciúmes nem desarmonias, já que o que a pessoa não deseja para si, também não deve desejar para o outro, para viver a reciprocidade autêntica, pois é “ditoso aquele que encontrou um amigo verdadeiro” (Eclesiástico 25,12).

Com isso, Santo Tomás sintetiza dizendo que “o bem consiste na ordem, é preciso que as relações entre as pessoas se ordenem harmoniosamente num convívio comum, tanto entre ações quanto em palavras, ou seja, é necessário que cada um se comporte com relação aos outros de maneira conveniente, e essa virtude se chama amizade ou afabilidade.”

Leia mais:
:: Qual o valor da amizade para Deus?
:: As três fases para formação da amizade
:: A importância da amizade para o desenvolvimento emocional
:: Amizade que tem raiz nunca morre

“Por natureza, todo homem é amigo”, por isso é necessário, tanto para a ordem quanto para a harmonia, que a amizade esteja presente para a relação amistosa e oportuna de uns para com os outros, alcançando a vivência do amor, que é prioridade para o estabelecimento estável de qualquer relacionamento.

A amizade favorece a vivência da verdade

Santo Tomás afirma que “o homem é, por natureza, um animal social e deve, com honestidade, manifestar a verdade aos outros homens, sem o que a sociedade humana não poderia durar”. Por meio da amizade, é possível levar a verdade aos que se encontram na mentira e no erro, pois são edificantes as palavras de um amigo de verdade, mesmo quando sejam de correção.

Dessa maneira, no relacionamento das pessoas é preciso existir uma intenção que facilite a convivência e, nesta, tem de haver a virtude da amizade que conduz para esse bem social. “A intenção principal da lei humana é, com efeito, fomentar a amizade dos homens entre si”, diz Santo Tomás, sendo que o primeiro princípio que regula as relações com outrem exige a reciprocidade da amizade, pois, para bons relacionamentos, é necessário que estejam orientados por uma atitude da vontade, de querer para o outro o bem que se quer para si.

“Ama teu amigo e une-te a ele com lealdade” (Eclesiástico 27,18).

Assim, como ápice da amizade, tem-se o fato de a pessoa amiga conseguir, com naturalidade e liberdade, fazer ao amigo o que faria para si mesmo. O que mostra o quanto a amizade é eficaz para a vida do ser humano e sua vivência para com o próximo, visto que, desejando o bem ao outro e contribuindo para o bem de todos nas diversas relações do ser humano, alcança-se a virtude indispensável, que é a de ser amigo.

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O que fazer para o namoro dar certo?

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Confira dicas do Papa Francisco para que o namoro não seja tempo de frustração

Namoro é tempo de crescer no amor. Com frequência, Papa Francisco encontra recém-casados e sempre lhes diz: “Vocês são corajosos!”, porque assumir um compromisso definitivo requer coragem. Estatísticas têm apontado diminuição dos casamentos, e os jovens não estão querendo se casar. Por esse motivo, em meu livro Papa Francisco às Famílias, dedico um espaço a esse medo do casamento. Então, vamos lá, levantar alguns conselhos valiosos para que o namoro seja um tempo de crescer no amor.

O que fazer para o namoro dar certoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

1 – Medo do “Prometo ser fiel”

O amor não pode ser entendido apenas como um sentimento ou um estado psicofísico, mas sim como uma relação, uma realidade que cresce e, portanto, constrói-se como uma casa.

2 – Como edificar um lar seguro?

A construção de uma casa deve ser conjunta. Por isso, é necessário favorecer e ajudar no crescimento mútuo. Esse crescimento, que começa no namoro, não deve ter como base a areia dos sentimentos que vêm e vão; precisa ser construído sobre a rocha do amor verdadeiro que vem de Deus. O Senhor é estável e para sempre, assim o amor que funda a família deve ser estável e para sempre.

3 – Regras para viver em harmonia

Viver juntos é uma arte. “Um caminho paciente, bonito e fascinante, que não termina quando se conquista um ao outro”, afirma o Papa. O dia a dia é feito de regras que se podem resumir em três palavras: licença, desculpe e obrigado. “Peçamos ao Senhor que nos faça entender a lei do amor. Que bom é ter essa lei! Quanto bem nos faz amarmo-nos uns aos outros contra tudo!”, diz na Encíclica Evangelii Gaudium.

4 – Como encontrar o par perfeito?

Não existe marido ou esposa perfeitos; portanto, não existe família perfeita. O que existe são pessoas pecadoras. O segredo para lidar com esses limites está em “nunca terminar um dia sem pedir perdão ao outro, sem deixar que a paz regresse na nossa casa”. Esse caminho de perdão possibilita que o matrimônio dure, vá para frente.

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5 – Deixar-se amar e surpreender

“O verdadeiro amor é amar e deixar-me amar”, foi o conselho de Francisco aos jovens filipinos, em 2015. O amor é sempre uma surpresa, porque supõe um diálogo entre o que ama e o que é amado.

6 – Sonhe com as qualidades do outro

É preciso sonhar com as bondades e as qualidades do cônjuge. “Quantas dificuldades na vida do casal são solucionadas quando há espaço para o sonho! Quando numa família se perde a capacidade de sonhar, o amor não cresce e a vida enfraquece e apaga-se. É muito importante sonhar”, ensina.

7- O amor de cada dia

Assim como se reza na oração do Pai Nosso – “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”, os casais pode dizer: “O amor de cada dia nos dai hoje”.

8 – Dê leveza ao relacionamento

“De todas as coisas, o que mais pesa é a falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não ser recebido. Pesam certos silêncios. Sem amor, o esforço torna-se mais pesado, intolerável”.

9 – Como deve ser a festa de casamento?

“Devem celebrar como uma verdadeira festa”, orienta o Santo Padre. Deve ser uma festa cristã, não mundana. O que deve predominar é a sobriedade, fazendo sobressair o que é realmente importante. Algumas pessoas ficam muito preocupadas com os sinais exteriores do banquete, fotografias, roupas e flores. “Essas coisas são importantes numa festa, mas somente se forem capazes de indicar o verdadeiro motivo da alegria: a bênção do Senhor sobre o amor”, destaca. Como em Caná, os sinais exteriores da festa devem revelar a presença do Senhor e recordar a origem e o motivo da alegria.

Namorar certo dá certo

Apesar da insegurança, constituir uma família está no topo de todos os indícios de satisfação entre os jovens. Só que eles, por medo de errar, rejeitam inclusive cogitar essa possibilidade. Atenção: não se deixe levar por essas ideias. Todos os argumentos da atualidade para evitar o matrimônio são falsos. A maioria dos jovens sonha com um lar feliz. Espero que essas dicas do Papa Francisco ajudem vocês nesse tempo tão legal, que é o namoro. Pode ter certeza, um namoro bem vivido dará frutos maravilhosos que vocês colherão por toda a vida.

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A amizade é um dom sagrado que vem de Deus

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A amizade precisa ser cultivada de maneira genuína

Conta uma história, sobre amizade, que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto.

 

Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra: hoje, meu melhor amigo salvou-me a vida. Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?

Leia mais:
::O perdão não nasce do nosso sentimento
::Oração de perdão
::A importância do perdão no processo de cura interior
::Exercitar o perdão

Sorrindo, o outro amigo respondeu: Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar”.

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Armadilhas de um relacionamento conjugal

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Não caia nas armadilhas do relacionamento; aprenda com elas

Quando falamos das armadilhas na vida conjugal, logo podemos pensar no quanto o outro está armando para nós ciladas ou o quanto é perigoso relacionar-se. Ainda pior é pensar o quanto podemos estar “pisando em ovos” pelo simples fato de estarmos em um relacionamento.

Acredito que a primeira coisa que precisamos ter em mente, quando se entra em um relacionamento conjugal, é que se trata de uma aventura. E como boa aventura, há inúmeras possibilidades e riscos a se viver, e é preciso ter disposição para tal empreitada.

Armadilhas de um relacionamento conjugalFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Por se tratar de pessoas humanas, logo preciso afirmar que não há determinismos a se colocar em pauta quando se trata de relacionamento. O que quero dizer? Quero dizer que, aqui, coloco algumas situações que podem ser armadilhas no relacionamento ou talvez não; talvez você as viverá ou não; pois se trata de sua humanidade que é única, e nunca numa visão determinista de que “será assim”.

Armadilha da idealização

A primeira armadilha que gostaria de falar é a da idealização

Sabe aquela mulher ideal, perfeita, dos seus sonhos? Aquela que você sonhou desde sempre, que era perfeitinha para você? De voz doce e fala mansa? Ou, no caso da mulher, sabe aquele príncipe encantado, montado em um cavalo branco, que chega a tirar seu fôlego? Que bom que você traz essa idealização de “mulher” e “homem” dentro de si! É isso que o levará a se apaixonar. Mas quero dizer que isso pode ser uma armadilha, caso não seja capaz de deixar o ideal para viver e construir junto o real. É a armadilha de sempre ficar projetando no outro o que você espera dele, nunca permitindo que Ele seja o que de fato é. O pior é que muitas pessoas vivem uma vida inteira assim, com eternas cobranças! Vivem o conto de fadas e se esquecem de encarar a realidade.

Armadilha da história pessoal

Uma segunda armadilha, que pode ser encarada em um relacionamento conjugal, é a “história pessoal”. Como assim? Minha história pessoal pode ser uma armadilha? Sim e não. Sim, se essa história não estiver em processo de integração. O que quero dizer é que quando entramos em um relacionamento, trazemos conosco, em nossa bagagem existencial, um arsenal de vivências afetivas. Situações que nos fizeram quem somos, marcando positiva e negativamente nossa identidade. E é com essa bagagem existencial que vamos nos relacionar com o outro. Nessa hora, é preciso muita paciência e vontade de entender cada um a si mesmo, e entender o outro como um outro.

Por exemplo: talvez a menina tenha, em sua história, um relacionamento com figuras masculinas (pai, irmão, avó e amigo) mais rígidas, de desafetos, de palavras inexistentes ou duras. Essas figuras masculinas moldaram a identidade dessa menina, e na hora de se relacionar com o rapaz, inevitavelmente sua história (de maneira talvez inconsciente) dará “cor” ao relacionamento. Talvez, essa cor seja a de uma identificação e até repetição na forma de olhar para o rapaz com o qual se relaciona e ver nele como que um reflexo das “figuras masculinas” que a formou. Tais reações podem ser de cobrança, insatisfação, frustração etc.

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Armadilha da negação

Uma terceira armadilha é a negação de si em prol do outro. Primeiro quero deixar claro que, quando nos relacionamos com alguém, há uma necessária negação de algumas realidades em prol do bem comum do relacionamento. Essa negação é feita por acordos tácitos entre as partes. Exemplo: se você é extremamente pontual e sua namorada não, talvez terão de entrar em acordos, e ela terá de negar “sua vida de atrasos” em prol de seu sorriso; ou talvez você tenha de negar sua rigidez com horários em prol do sorriso dela. Exemplo tosco, mas que diz de pequenas negações.

Quando falo da armadilha da negação de si em prol do outro, falo de uma negação existencial, falo da negação do que em você é essencial, e isso não é amor. Quando você nega a essência de si mesmo, trilha um caminho de morte de sentido da vida. E muitos relacionamentos, em vez de trazer vida, trazem morte para aqueles que se relacionam. Por isso, não entre nesse caminho de negação de si mesmo, pois se perde com isso sua definição como mulher/homem de Deus.

Poderia gastar aqui muitas páginas falando de armadilhas no relacionamento conjugal, mas dessas três você pode ir pensando nas armadilhas que tem vivido em seu relacionamento particular. Não tenha medo de se aventurar e superar tais armadilhas, pois o que está em jogo é sua felicidade.

Livro Agora e Para Sempre - Como Viver o Amor Verdadeiro

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Qual é a hora de dizer sim ao noivado?

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Antes do noivado é necessário que haja amadurecimento e autoconhecimento

O momento oportuno para saber dizer sim é quando consigo dizer “sim e não” para mim mesmo, ou seja, quando tenho autoconhecimento. É preciso conhecer-se o bastante, saber escutar-se, gastar tempo ouvindo o que, de fato, você espera da vida, o que deseja do casamento. Quem não se conhece se ilude e acaba iludindo o outro.

O Papa fala que o homem precisa aprender sobre a mulher, mas se esse homem não se conhece, dificilmente se revelará em autenticidade para a mulher. Da mesma forma, podemos falar da mulher, pois ela precisa aprender sobre esse homem, mas deve conhecer-se antes de “aprender”.

Qual é a hora de dizer sim ao noivadoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Acreditamos que é preciso certa maturidade humana para dar esse passo de, minimamente, conhecer-se para oferecer-se. Não ter medo de ser transparente em tudo para com o namorado e perceber, dentro de você, se esse sentimento é forte o bastante para as intempéries da vida! É preciso ver o que ele sente e se esse sentimento é forte o bastante para dar o passo para o casamento.

Isso não quer dizer que um noivado não possa terminar. Pode sim! Mas é mais fácil gastar as energias de conhecimento no namoro e poupar as energias no noivado para preparar-se para o casamento. Depois de alguns anos de namoro, podemos chegar à conclusão sobre o que, de fato, sentimos e se esse sentimento é para a vida toda.

Conheçam-se profundamente

Quando gastamos tempo para nos escutar, para nos ver e rever, consequentemente vamos abrindo espaço para conhecer o outro e perceber seu ritmo. Vamos percebendo o comprometimento que ele tem conosco e com a nossa relação. Aqui, já vamos captando, “aprendendo” o outro no que ele é e tem a oferecer para essa relação amorosa.

Para noivar é preciso ter nas mãos a segurança do sentimento do outro. Não caia na loucura de noivar na dúvida, não caia na loucura de noivar nas inconstâncias do outro com você! Quando nos conhecemos e conhecemos o outro, podemos dar o passo de noivar, entrar de cheio nessa preparação para o casamento.

Valorize esse tempo de conhecimento

A vida a dois é maravilhosa e muito séria, por isso não deve ser concebida como algo provisório, mas sim em vista da eternidade. Falando disso, dessa cultura do provisório, o Papa Francisco insiste em refletir sobre “a rapidez com que as pessoas passam de uma relação afetiva para outra. Creem que o amor, como acontece nas redes sociais, possa conectar-se ou desconectar-se ao gosto do consumidor, inclusive bloquear rapidamente”. Ele ainda fala do “medo que desperta a perspectiva de um compromisso permanente, na obsessão pelo tempo livre, nas relações que medem custos e benefícios e mantêm-se apenas se forem um meio para remediar a solidão, ter proteção ou receber algum serviço”. São reflexões que precisamos colocar à nossa frente e irmos a fundo em cada uma delas, para que não vivamos um falso amor.

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.: Dez dicas para viver bem o noivado
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Quando conseguimos viver sem o outro, somos capazes de viver para o outro. Talvez esse seja um bom termômetro para verificarmos o momento certo de noivar. As idealizações ficaram para trás, apresenta-se, agora, uma individualidade que se abre à conjugalidade.

Testemunho

Quando minha esposa, Letícia, e eu sentimos que era o tempo de noivarmos? Quando eu descobri, dentro de mim, que estava preparado para ser o esposo para a Letícia, ser para ela pai dos filhos que viríamos a ter. Era uma certeza muito grande, e assim partilhei com ela. Letícia disse que também sentia que era o tempo de noivarmos, pois também trazia essa certeza com ela. Demoramos em torno de quatro anos para noivar (houve um término de namoro nesse tempo).

Quando eu, Letícia, descobri dentro de mim e dentro do Adriano a segurança para dar esse passo, meu olhar contemplava um futuro a dois como família. Sentia-me segura ao olhar para o Adriano e ver nele condições suficientes para ser esposo e pai. Ao olhar para mim, identificava estrutura suficiente de um ‘sim’ para sempre, sendo esposa e mãe. E como foi bom perceber em nós o ritmo da vida que nos levava a dar esse passo!

“Há um ponto em que o amor do casal alcança a máxima libertação e se torna um espaço de sã autonomia: quando cada um descobre que o outro não é seu, mas tem um proprietário muito mais importante, o seu único Senhor. Ninguém pode pretender possuir a intimidade mais pessoal e secreta da pessoa amada, e só Ele pode ocupar o centro da sua vida. Ao mesmo tempo, o princípio do realismo espiritual faz com que o cônjuge não pretenda que o outro satisfaça completamente as suas exigências. É preciso que o caminho espiritual de cada um – como justamente indicava Dietrich Bonhoeffer – ajude-o a «desiludir-se» do outro, a deixar de esperar dessa pessoa aquilo que é próprio apenas do amor de Deus. Isso exige um despojamento interior.

O espaço exclusivo que cada um dos cônjuges reserva para a sua relação pessoal com Deus não só permite curar as feridas da convivência, mas possibilita também encontrar no amor de Deus o sentido da própria existência. Temos necessidade de invocar, a cada dia, a ação do Espírito, para que essa liberdade interior seja possível. Foi assim, entrando a fundo em nossas motivações mais interiores e submetendo-as a Deus, que conseguimos perceber o tempo certo para darmos o passo em direção ao altar.

Não queiram apressar as coisas, não dá para entrar na Igreja com pressões e incertezas. É preciso estar seguro no passo a ser dado. O casamento é fantástico, mas se não for no tempo certo, pode ser um estrago.

O que não podemos deixar de fora nesse tempo de noivado? Essa é uma conversa para ser aprofundada no livro: ‘Agora e para sempre: como viver o amor verdadeiro’.

Um abraço,
Adriano e Letícia

Livro Agora e Para Sempre - Como Viver o Amor Verdadeiro

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Será que o casamento está fora de moda?

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O casamento precisa ser uma relação de troca e cumplicidade vivida pelo casal

Vivemos o que muitos sociólogos dizem: uma pós-modernidade, caracterizada por mudanças drásticas no modo de se colocar no mundo; e nisso o homem pós-moderno não é o mesmo que o de antes, ele é fortemente influenciado por essas mudanças caracterizadas pela desconstrução de certezas como relativismo, pluralismo, falta de referências, crises afetivas, consumismo desenfreado, superficialidade, culto ao corpo, perda total de sentido entre outras coisas; porém, o individualismo parece assumir um lugar de destaque.

O que essa aula de sociologia tem a ver com o verdadeiro amor? Tudo, pois ele também sofre com tais mudanças. Percebemos esse resultado na dinâmica do casamento. Casar-se é ter disposição de viver a conjugalidade, porém, essa tem sido ameaçada pela valorização da possível liberdade, a satisfação de cada cônjuge em detrimento do outro, a perda de uma zona de interação entre eles e, assim, uma consequente dependência doentia.

Será que o casamento está fora de modaFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O desafio do casamento

Se a pós-modernidade favorece ao indivíduo o relativismo no pensar, cada um pode agir como lhe convém, o que leva cada um a criar sua ideia e regra a respeito do amor, do homem, da mulher, da família e da fidelidade; entre outras ideias a própria ideia sobre o casamento. Se podemos ser tudo, acabamos não sendo nada; e o nada é vazio, por isso acompanhamos tantos casamentos vazios.

Estamos de tal forma vivendo esse vazio do pensamento, de que tudo pode, e acabamos vivendo a vida da forma que convém, não nos prontificando a viver as exigências de uma vida a dois. Dessa forma, corremos o risco de valorizar o casamento somente quando ele nos proporciona uma sensação de bem-estar, não possuindo a força interior para enfrentar as experiências difíceis que fazem parte do estar a dois sendo um.

Leia mais:
.: Casamento é muito mais que uma cerimônia bonita
.: O que você precisa saber sobre casamento
.: Namoro e noivado são passos em preparação para o casamento
.: O casamento não é uma “missão impossível”

Sei que casar é bom demais, mas, como tudo que é bom tem seu valor, logo seu preço a ser pago! Como é doloroso acompanharmos casais que se casam, mas, infelizmente, continuam com a cabeça de solteiros. São casais que não são casais. Os homens querem continuar com a vida como era antes e as mulheres reivindicam o direito de ser o que querem e fazer o que lhe “der na telha”. Não conseguem harmonizar a individualidade e a conjugalidade e acabam por viver o individualismo.

Ser um só sem perder a essência

O individualismo é destrutivo ao amor verdadeiro, pois faz com que olhemos somente para nosso umbigo, enquanto a individualidade nos leva a sermos nós mesmos para o outro.

Quando estou no individualismo, busco caminhos fáceis, torno-me imaturo e infantil, não permito que o outro apareça, pois isso é me tornar “não visto”, e logo se instala o conflito conjugal; e nem de longe há lugar para a belíssima experiência de conjugalidade. O casamento é utilizado para satisfazer somente necessidades individuais sem compromissos duradouros, tendo como resultado pessoas fragmentadas.

O casamento é fonte de integração. Quando há amor verdadeiro, duas pessoas inteiras podem ser elas mesmas, são livres e autênticas no que têm de bom e não tão bom, mas ambas saem enriquecidas com essa relação. A construção da conjugalidade torna-se fonte de sustento para o amor, e jamais um campo minado onde, a qualquer momento, acontecerá uma mega explosão!

Como ser dois sendo um, e um sendo dois? Eis o desafio! Eis a aventura a se viver, rimar individualidade com conjugalidade.

Obs: Quer saber mais sobre esse assunto? Adquira o livro ‘Agora e para sempre’, de Adriano e Letícia Gonçalves.

Agora e Para sempre - Adirano e Leticia

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A comunicacao eficaz num relacionamento

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É pre­ciso encontrar o meio que estabelece uma boa comunicação

Ouvimos, muitas vezes, que a boa comunicação é sinal de um bom relacionamento, mas, por incrível que possa parecer, o fato de conversarmos não necessariamente significa que estamos nos entendendo. O importante, nesses momentos, é encontrarmos uma maneira de estabelecer um bom nível de comunicação.

A comunicacao eficaz num relacionamento
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Canal de comunicação

No cotidiano de uma vida em comum, a mera proximidade física não é suficiente para estabelecermos um bom nível daquela sintonia que desejamos encontrar. A busca desse “canal de comunicação” é uma técnica muito usada pelos vendedores; basta nos lembrarmos daquelas pessoas que batiam à nossa porta para oferecer algum produto.

Elas, de maneira especial, nunca chegavam oferecendo o produto ou aquela famosa enciclopédia sem antes fazer uma sondagem sobre os variados as­suntos que poderiam abrir o canal de comunicação com a possível compradora. Ao mais leve sinal de entrosamento, a conversa era conduzida por mais alguns minutos antes que o vendedor começasse a apresentar seu produto.

Se não há um receptor, em vão transmitiremos as informações. Então, dentro do diálogo entre casais, é pre­ciso também encontrar esse meio que estabelece a conexão entre eles, pois, de que serviria uma estação de rádio, se ela preparasse uma excelente grade de programação para os habitantes de uma cidade, mas a transmitisse numa faixa fora da frequência dos rádios locais?

Leia mais:
:: Comunicação pobre, relacionamento vazio
:: Comunicação no matrimônio
:: Armadilhas de um relacionamento conjugal
:: Três pontos para um relacionamento virtuoso

Por mais que a estação, tentando manter um nível de comunicação com seu ouvintes, aumentasse a potência de seus amplificadores, jamais conseguiria ter uma sintonia eficiente. Da mesma maneira, se desejamos discutir ou convencer alguém de um assunto, é preciso, em primeiro lugar, encontrarmos uma maneira de nos co­nectarmos com a outra pessoa antes mesmo de co­meçarmos a falar daquilo que nos incomoda ou que, simplesmente, queremos partilhar.

Para diminuir o estresse de uma discussão, a dica é começar na escolha do melhor momento para conversar. Façamos como os astutos vendedores, que aplicam muito bem suas técnicas.

Um abraço

o que não me disseram da vida a dois

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Lua de mel: momento decisivo na relação conjugal

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A lua de mel é o momento em que o casal se une para santificar um ao outro

“O homem e a mulher estavam nus, não se envergonhavam” (relata o Livro do Gênesis)

A lua de mel é um momento único na iniciação da vida a dois e deve ser bem preparada e vivida pelos recém-casados. A espiritualidade do matrimônio se expressa plenamente no sexo. É considerado um sacramento sexual, afirma o casal australiano, Ron e Marvis Pirola, presentes no Sínodo para as Famílias, em 2014, no Vaticano. A santificação do casal acontece também por meio da relação sexual: marido e mulher se unem para santificar um ao outro.

“O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne” (Gn 2,24)

Lua de mel momento decisivo na relação conjugalDireito autoral:baona

Existem muitos conselhos interessantes, experiências muito pessoais ou até banais desse momento tão íntimo na relação conjugal. É válido ouvir, ler e aprofundar. Afinal, reservar um tempo a sós é algo positivo na vida a dois.

No matrimônio, “os noivos prometem um ao outro entrega total, fidelidade e abertura à vida”, afirma o Papa Francisco. Conscientes de terem firmado um compromisso em nome de Deus e perante a Igreja, os noivos viverão ainda melhor sua lua de mel.

O homem e a mulher estavam nus, mas não se envergonhavam (Gn 2, 25)

No livro “A vida sexual dos solteiros e casados”, João Mohana apresenta orientações muito boas para a vivência da lua de mel, etapa decisiva que engloba as áreas sexual, psicológica, espiritual, ética e social.

Sacerdote e médico, Mohana aconselha os esposos a promoverem e manterem uma atmosfera de bem-estar e boa vontade, a fim de iniciarem a vida a dois com a maior harmonia possível. O objetivo da lua de mel é “conseguir todas as condições favoráveis para a mútua adaptação” no sentido humano, não apenas sexual.

Adaptação iniciada no noivado, agora pode ser retocada e ampliada. É um risco dar à lua de mel um sentido demasiado erótico e nada humano. Com isso, crescem a tensão e a ansiedade, e o casal perde a flexibilidade natural tão favorável à adaptação.

Noite de núpcias: hora de fabricar ternura

Como em um ritual, os cuidados preliminares devem ser valorizados na noite de núpcias. Ao se unirem no leito, tenham calma e paciência. Sua esposa quer carinho, comece acariciando o rosto, os cabelos, beije-a, dizendo palavras de amor. É hora de começar a fabricar ternura.

Marido, não tente fazer uma penetração peniana imediata. Sem os preliminares, a mulher pode não conseguir uma lubrificação vaginal adequada. Caso aconteça uma ejaculação involuntária, não se assuste. E não significa que haja a copulação na noite nupcial, porque até o cansaço pode influenciar na consumação do casamento. A lua de mel marca o início de uma união selada para sempre.

Leia mais:
.: Casamento feliz e núpcias de Sara e Tobias
.: Matrimônio, o sacramento da criação
.: O que os noivos e os recém-casados precisam saber?
.: O segredo para ter um casamento feliz

Primeiro ato dá prazer?

O tempo de adaptação pode variar de acordo com o cada casal. Geralmente, é vagaroso. Especialmente para a mulher, o primeiro ato não costuma causar prazer, nem os seguintes. É um processo natural. Só o tempo vai permitir a adaptação entre aquele homem e aquela mulher.

Onde e como?

Viajar ou não. Ir para hotel ou apartamento, litoral ou campo. Um ambiente favorável deve combinar bom gosto, elegância, conforto, higiene e privacidade. São detalhes que devem ser verificados de acordo com o gosto e o bolso. Aliás, finanças é um bom assunto para se conversar durante o noivado.

O rapaz deve prever e solucionar imprevistos, mas não sozinho, contando sempre com sua noiva. É valioso também ouvir a opinião de familiares e amigos, mas, acima de tudo, escolher um local que agrade os dois.

Detalhes importantes precisam ser conversados antes: se vão se trocar em ambientes separados ou se preferem que um tire as roupas do outro. A luminosidade do ambiente não pode ser uma escuridão nem clara demais, o ideal é a penumbra.

Convide Jesus

“Não tenhamos medo de convidar Jesus para as festas de núpcias, de convidá-Lo para a nossa casa, para que esteja conosco e proteja a família. E não tenhamos medo de convidar também Sua mãe Maria! Os cristãos, quando se casam ‘no Senhor’, são transformados em um sinal eficaz do amor de Deus. Os cristãos não se casam apenas para si mesmos, mas no Senhor em favor de toda a comunidade e de toda a sociedade”, ensina o Papa Francisco.

papa francisco as familias

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O que os noivos precisam saber antes de se casarem?

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Conheça cinco itens que os noivos precisam saber antes de se casarem

Namorar é muito bom, noivar é melhor ainda, mas casar é maravilhoso! O tempo passa e a vontade de encontrar a pessoa certa para se casar aumenta a cada ano e a cada tentativa frustrada. Porém, existem alguns pontos que os noivos precisam saber antes de se casarem.

O que os noivos precisam saber antes de casarFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A meta de um namoro é o casamento; pelo menos deveria ser, pois o fato de se relacionar intimamente com o amado é para verificar se, de fato, é com essa pessoa que se deseja passar o resto da vida como cônjuge. Quando o discernimento chega a um ponto em que não resta dúvidas de que realmente é essa a pessoa certa, a data do casamento começa a ser o assunto dos noivos.

As mulheres ficam extremamente felizes, sensíveis e empolgadas, olhando todos os aplicativos possíveis que ajudem a organizar o casamento dos sonhos ou que caiba no bolso. O vestido perfeito, a pessoa que vai arrumar o cabelo e fazer a maquiagem, o tipo de buquê e por aí vai…

Os homens também ficam extremamente felizes e empolgados, mas, por outro lado, ficam, em sua maioria, olhando os possíveis locais para passar a lua de mel, quanto custa cada item do casamento, pensando na casa que precisa montar ou que já está montando; enfim, o planejamento é uma das palavras-chave dessa fase.

Porém, existem alguns pontos que precisam ser bem trabalhados no noivado, para que os noivos não cheguem no casamento se sentindo enganado ou frustrado. Vou elencar os cinco principais, dentre muitos itens, que precisam ser bem avaliados.

O que você precisa saber antes de casar

1. A intensidade do que o irrita no outro aumenta no casamento: sabe aquelas limitações que o irritam e faz você virar os olhos? Pois então, não é que elas pioram (pode ser que sim também), mas é que você as enxergará e conviverá com elas por mais tempo. O fato de morar na mesma casa fará com que as pequenas irritações se tornem mais intensas.

O que fazer? É importante entender que do mesmo jeito que o seu noivo tem limitações que o irritam, você também tem algumas que o tiram do sério. Portanto, a pergunta a se fazer é: “Eu suporto essas manias do meu noivo?”. Se a resposta for sim, siga adiante; se a resposta for não, então procure ajuda e veja se realmente é com essa pessoa que você escolherá passar o resto da vida junto. É só imaginar você dormindo ao lado de todas as limitações que o noivo tem. Consegue lidar com esse fato? Então, prossiga. Não consegue? Reveja a relação.

2. A limpeza da casa e a comida dependem de vocês (a não ser que vocês tenham uma secretária para fazer esse serviço). É importante conversar sobre os afazeres domésticos antes do casamento, para que isso não seja um ponto de tensão e briga. Se você não lavar a roupa frequentemente, elas ficarão sujas no cesto até o dia em que vocês não terão mais roupa limpa para usar. Se vocês não tirarem o pó da casa, passarem um pano, lavarem o banheiro, a sujeira acumulada vai exalar um odor, que os fará entender que passou da hora da limpeza. Nem só de biscoitos, comida congelada e ‘Rap 10’ viverá um casal; a saúde ficará prejudicada e, com isso, a necessidade de se alimentar melhor.

Uma dica é vocês se sentarem um dia e conversarem sobre os afazeres domésticos da casa. Talvez, você não suporte lavar o banheiro, mas para o outro é mais tranquilo. Para ele, talvez, cozinhar está fora de cogitação, mas para você é uma terapia. Enfim, a mulher tem como missão original liderar esse item, mas se ambos trabalham fora, é possível dialogar e contar com a ajuda mútua, para que o serviço não fique pesado para nenhum dos dois.

Meu esposo me ajuda nos afazeres domésticos, porque ele quer a minha presença ao seu lado enquanto está descansando. A pergunta “posso ajudá-lo, meu amor” é sempre bem-vinda e faz com que sejamos uma excelente equipe, terminando mais rápido o que levaria horas e horas para ser feito. Isso não fere a masculinidade dele nem me faz uma feminista; ao contrário, fortalece o nosso amor concreto no dia a dia. Por mais que a iniciativa parta de mim, eu sei que posso contar com a ajuda dele.

3. As contas virão e o orçamento depende de vocês: os gastos com supermercado, farmácia, roupas, carro e lazer dependem de como vocês administram o que ganham. É interessante e recomendável vocês conversarem, ainda no noivado, sobre de qual forma irão gastar o dinheiro. Quais são as prioridades? O que é essencial? Quais são as suas despesas mensais? Às vezes, o rapaz não tem noção do quanto a noiva gasta com remédios, cosméticos, roupas etc. Às vezes, a moça não sabe que ele paga mensalmente algumas contas particulares, corte de cabelo etc. O diálogo é fundamental no orçamento.

Sugiro que vocês façam uma planilha com as entradas e saídas financeiras de ambos, e assim vocês visualizem, no todo, o que gastam de maneira individual. É importante haver conjugalidade na parte financeira. Já não é mais o “meu dinheiro”, mas “o nosso”. O combinado antes não sai caro depois.

4. É bom ter o momento dos “bolinhas” e das “luluzinhas”. Por mais que saibamos que somos diferentes, muitas vezes, temos a tendência de querer que o outro seja aquilo que queremos e que faça o que gostamos;no entanto, é importante deixar que ele tenha seu momento e espaço para ser “mulher” e “homem”. Exemplo: em sua maioria, as mulheres têm seu momento de beleza para fazer as unhas, hidratar os cabelos, depilar etc. Os homens têm a necessidade de ter seu momento de relaxar, seja lendo, assistindo à TV, jogando vídeo-game ou não fazendo absolutamente nada. Quando não se respeita esse espaço próprio do sexo oposto, no casamento, querendo que o outro só faça o que queremos e o que gostamos, a tensão e briga podem aparecer.

O que fazer? Dialogar para compreender melhor quais são as necessidades e desejos particulares de cada um. Entendendo que aquele momento, em que cada um está fazendo o que sente necessidade, ou que deseja fazer, não interfere no amor de um pelo outro. A frase “Ele não faz o que eu quero, na hora que quero, porque já não me ama como antes” é sinal de imaturidade. O fato de “sereis uma só carne” não deixa de respeitar a individualidade e singularidade de cada um. Quanto mais livre conseguirmos deixar o outro, no casamento, ser quem ele realmente é, mais amor transbordará desse relacionamento.

5. O casamento é uma linda via de santificação: a maioria dos noivos tem a doce ilusão de achar que tudo será sempre mil e uma maravilhas. Casa-se somente para ser feliz e realizar os sonhos pessoais, o que não é errado ou ruim. Porém, o verdadeiro sentido do matrimônio está no processo de santificação de cada um, como família, alcançar o céu. É uma construção que exige mútua doação, para que, com a chegada dos filhos, a fé seja transmitida não só pela catequese, mas por meio do testemunho de vida dos pais.

Preparar-se para casar

Casamento é algo muito sério, por isso é importante que os noivos busquem a ajuda de um casal mais velho, que seja referência e tenha uma família cristã; busque também um diretor espiritual, leituras de livros sobre relacionamento com uma boa e sólida referência bibliográfica.

É preciso se preparar para receber o sacramento do matrimônio. O autoconhecimento e o diálogo são fundamentais para ver se ambos estão realmente preparados para viver o resto de suas vidas na companhia um do outro, se o amor é verdadeiro e não pura paixão. Não tenha medo de terminar um noivado. Aprendi com o professor Felipe Aquino que “o melhor divórcio é no namoro e no noivado”. Se essa é a vocação para a qual Deus o chama e você encontrou a pessoa certa, que não é perfeita, mas é a sua justa medida, então sejam felizes e experimentem a beleza e riqueza do sacramento do amor.

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É possível manter a amizade após o término de namoro?

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Que todo namoro termine! Calma, calma

Você chega a este texto todo empolgado e dá de cara com uma frase dessas, do tipo “soco no estômago”. Calma, calma!

Algumas pessoas têm uma visão do término de namoro muito pessimista, como se fosse algo de terrível, com direito a quartos fechados e longas horas de choro e ranger de dentes. Na verdade, todo namoro precisa terminar, seja em um noivado e futuro casamento ou porque não era a pessoa para a qual você quer se entregar pelo resto de sua vida!

O namoro tem um ciclo, tem fases, e o término dele garantirá a forma que aquela primeira atração, paixão prosseguirá conduzindo os namorados. Um término de namoro é algo que envolve muita posse de si mesmo, posse do que você espera em um relacionamento e da vida que pretende viver ao lado de alguém.

É possível manter a amizade após o término de namoroDireitos autorais: AndreyPopov

Terminar um namoro não é uma das tarefas mais fáceis na vida a dois, requer muita decisão! E de+cisão é dar uma cisão, dar um corte a algo. E isso requer muita maturidade.

A primeira forma de terminar um namoro é transformá-lo em um noivado. Mas quando saber a hora de fazê-lo? Quando dar um passo tão comprometedor? Talvez, a primeira dica é saber que algumas coisas no relacionamento (e até na pessoa amada) não mudarão, mas, mesmo assim, você encontra dentro de si uma força de suportar, aguentar e viver com o outro, pois o amor é mais forte que tudo isso e o faz comprometer-se de forma consciente e sem ilusões. Outras dicas a respeito dessa transformação de namoro em noivado ficará para uma próxima postagem, afinal, o título do texto nos pede para falar de uma amizade após um término de namoro; então, vamos ser fiéis ao título, senão não passaremos no Enem…

Leia mais:
.: Namoro X Amizade
.: Término de namoro: como o homem reage?
.: Término de namoro: como a mulher reage?
.: Tenha a coragem de romper um namoro que não me constrói

Vamos ao âmago da questão

Há amizade após o término de namoro? Sim e não!

Estamos falando de pessoas, e elas não são equações matemáticas, contendo fórmulas que nos dão resultados exatos, de sempre sim e sempre não.

Há muitos relacionamentos de namoro em que os namorados conseguem perceber que o sentimento de um pelo outro não banca uma exigência de vida a dois, mas tal sentimento consegue se estruturar numa relação de amizade. Tal namoro, com certeza, firmou-se em uma mútua relação de respeito, onde as pessoas se valorizavam enquanto gente, cultivando a ternura de um para com o outro. Namoros assim nos enriquecem enquanto pessoas humanas que somos. Não é pelo fato de o outro não ser aquele com quem passaremos nossos dias futuros que temos de transformá-lo em monstro do lago Ness. Podemos, ao começar um namoro, ter por certo que as pessoas estão em relação, por isso respeito, cumplicidade, verdade e sinceridade são ingredientes necessários em qualquer relacionamento. E mesmo que este não termine numa fase de noivado, que, pelo menos, tais ingredientes terminem numa nova fase de convívio pacífico e respeito mútuo.

Quando o namoro termina, com ele vai junto a amizade?

Entendo que o amor tem várias formas de se concretizar, e talvez haja pessoas que temos de amar à distância. Por respeito a si mesmo e ao outro, talvez a relação que se findou precise de um tempo, uma distância para ser reelaborada. O perdão precisa ser inaugurado, para que assim uma nova existência possa existir naqueles corações que um dia se apaixonaram. Mesmo que vocês não sejam futuros amigos, respeito e verdade podem marcar este novo jeito de se relacionar.

Você já viveu um término de namoro e conseguiu manter a amizade após isso? Como foi essa experiência? Partilhe conosco!

Livro Agora e Para Sempre - Como Viver o Amor Verdadeiro

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Relacionamentos Abusivos

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Como desvencilhar-se de relacionamentos abusivos

Assista a este documentário com histórias reais de pessoas que foram abusadas sexual, física e emocionalmente. Especialistas como psicólogos, padres, médico-legistas e delegados poderão tirar as suas dúvidas e ajudá-lo a se precaver ou, quem sabe, a procurar ajuda, porque você já foi violentado.

Ao ouvir falar sobre relacionamentos abusivos, a mente naturalmente é remetida a um contexto de violência física e sexual. Entretanto, existem outras variações de abusividades como a violência psicológica.

Se você sente medo da pessoa com quem se relaciona, se não se sente livre com relação ao que dizer, expressar e até mesmo brincar, se teme a reação desmedida que a outra pessoa pode ter, então você está num relacionamento abusivo.

A vítima de abuso frequentemente não consegue perceber os fatos ou mesmo se nega a admitir que a pessoa amada seja um agressor. Apega-se à paixão, prendendo-se à ilusão de um relacionamento dramático, tal como num filme romântico.

Leia mais:

:: O que é violência sexual?
:: Abuso sexual: o silêncio de uma inocente
:: A inocência roubada
:: Os traumas de um abuso sexual na vida dos homens
:: Violência física: dormindo com o inimigo
:: Violência doméstica no casamento: o que fazer?
:: Violência psicológica, você sabe o que é?
:: Como combater a violência psicológica?

Num contexto em que os valores estão sendo trocados pela busca incansável de prazer, cabe a você estar atento. Amigos, familiares e vizinhos, qualquer um pode tornar-se um abusador, a prudência torna-se um cuidado vital a ser tomado por todos.

 

Relacionamentos Abusivos(3)

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Como não cair na rotina do casamento?

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Reflita algumas dicas para não deixar o casamento cair na rotina

Quem busca construir um casamento feliz, provavelmente, já percebeu que o amor é a base de tudo. Por sua própria natureza, ele é forte, dinâmico, criativo e, por isso, coloca-nos sempre em movimento. No entanto, para manter acesa a centelha do amor entre o casal, é preciso estar atento a alguns aspectos importantes, e um deles é fugir da rotina. O relacionamento passa naturalmente por fases, quando acontece, por exemplo, o enamoramento, um tempo cheio de descobertas, geralmente marcado pela jovialidade do casal com inúmeras opções de atividades, sobrando pouquíssimo tempo até mesmo para pensar em rotina. Depois, vem o noivado com as realidades próprias dessa fase, onde o conhecimento se aprofunda e já surgem as ideias para a construção do novo lar, o envolvimento com a família, a preparação da festa de bodas etc.; é também muito raro o casal ser atingido pela rotina nessa época.

Até mesmo nos primeiros meses ou anos de casados o clima de descobertas e entusiasmos mantêm o relacionamento em estilo “lua de mel”. Depois, vem a gravidez, os filhos, e as ocupações mudam de foco. Aí, se não estivermos atentos,  a rotina se instala e pode abalar as estruturas que o amor levou tanto tempo para firmar. Então, surge a pergunta: como fugir da rotina no casamento? Existem muitos passos que podem serem dados. Indico cinco, os quais considero mais importantes, e fico na torcida para que, colocando-os em prática, seu casamento seja fecundo, feliz e renovado pelo amor a cada dia!

Como não cair na rotina do casamentoFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Partilhar antes de tudo

Cada pessoa é única e seu jeito de amar e demonstrar amor também são exclusivos, por isso a partilha é fundamental. Quer fugir da rotina? Comece por uma boa conversa com seu cônjuge a respeito do relacionamento.

Tenha a coragem de perguntar o que ele pensa, o que sente e o que gostaria de fazer para avivar a chama do amor que os uniu. Muitas vezes, temos ideais maravilhosas quando o assunto é demonstrar amor, mas será que a pessoa amada concorda com nosso jeito de amar? É muito importante partilhar o que se pensa e sente para conhecer mais e crescer no amor.

Cuide bem do que é seu

Desde criança, fui aconselhada a cuidar bem do que me era dado, mesmo que fosse um simples brinquedo, um sapato etc. Acredito que isso também se aplica quando o assunto é relacionamento.

Penso que cuidar do casamento é como cultivar uma planta: você a recebe linda e cheia de vida, e, se continuar cuidando dela de maneira adequada, certamente vai viver bem e florescer diante dos seus olhos. Se não cuidar, ela vai gradativamente murchar e morrer. Então, se você quiser saber como sair da rotina no casamento, primeiro reveja suas atitudes. Pense como você tem cuidado da pessoa que Deus lhe deu.

Priorize o relacionamento

À medida que os compromissos próprios de uma vida a dois vão se tornando rotina, a tendência é o casamento entrar no pacote. Há sempre uma conta para pagar, uma casa para arrumar, um trabalho extra para fazer; e quando você finalmente tiver terminado tudo, o que mais deseja é simplesmente dormir.

Leia mais:
.: Casamento é muito mais que uma cerimônia bonita
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.: O segredo para ter uma casamento feliz

Nessas situações, a tendência é ir deixando para amanhã o tempo exclusivo que dedicaria ao seu cônjuge. Porém, no dia seguinte, surgirão novas atividades e você provavelmente não vai ter um tempo livre. Então, a dica é: caia na real e coloque seu amor no topo da lista de prioridades. Se for preciso, até marque na agenda, mas não abra mão de um tempo dedicado só a ele. Converse, ouça, olhe nos olhos e fique juntos sem dividir o tempo com ninguém, inclusive com o celular, que, aliás, tem roubado o tempo de qualidade que o amor merece.

Passeiam juntos

Lembra do início do relacionamento quando só em pensar em sair juntos era motivo para ser feliz? Pois é, no casamento isso pode e deve continuar acontecendo. Mesmo que já tenham filhos e o dinheiro seja pouco, sair junto, nem que seja para tomar um suco na esquina, é uma das melhores dicas de como fugir da rotina.

Para isso, programe-se: vista-se bem, use um bom perfume e vá com boa vontade, de coração aberto, pensando na felicidade que é amar e ser amado. No encontro, evite conversar sobre os filhos e tarefas de casa. Se possível, pode até voltar no tempo e relembrar o que os uniu. Se foi o amor pelos livros, por exemplo, que tal visitar uma livraria? Se gostam de praia, que tal caminhar na areia do mar de mãos dadas? Agindo assim, vão manter o foco em uma atividade prazerosa e, além do mais, sair da rotina.

Demonstre amor com gestos

Dom Bosco tem uma frase famosa que diz: “Não basta que os jovens saibam que são amados, eles precisam sentir o amor”. Acredito que no relacionamento também é assim. Por mais que o outro saiba que você o ama, é preciso manifestar o amor; nessa hora, os pequenos gestos fazem toda diferença! Um telefone fora de hora só para dizer “eu te amo”, uma flor, um bilhetinho apaixonado, um presente fora de datas comemorativas, elogios espontâneos e tantas outras coisas simples que, oferecidas com amor, fazem toda diferença. Na verdade, o casal não precisa de grandes coisas para ser feliz, precisa é dar e receber atenção, dedicar-se e cuidar do outro, rompendo com a rotina no relacionamento todos os dias.

Todas essas dicas, apesar de importantes, não podem tirar a espontaneidade do casal. De vez em quando, deixe espaço para o improviso e dê liberdade para as coisas acontecerem naturalmente. Traçar a rotina de todos os fins de semana, por exemplo, faz com que pareça que todos são iguais e assim por diante. Então, fique atento, priorize realmente o amor em sua vida e verá que não é tão difícil assim fugir da rotina e ter um casamento feliz!

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Não amo mais o meu cônjuge. E agora?

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Não existe mais nenhum sentimento positivo entre mim e meu cônjuge

Parece que foi ontem o dia do casamento, mas os anos se passaram e não existe mais nenhum sentimento positivo. Olho para o meu cônjuge e não sinto nada, apenas um desejo de ficar longe dele. “Não o admiro, ele é cheio de defeitos! Não sinto nem mesmo atração. Chego a não querer mais ter relações sexuais, não quero ficar próximo. Acho que não o amo mais!”

Essas expressões são bastante comuns na clínica e no dia a dia de quem atende ou escuta os casais. Entretanto, o que, na realidade, pode estar acontecendo? O que significa essa expressão comum na fala dos casais: “eu não amo mais?”. O que pode fazer com que as pessoas sintam esse esfriamento emocional e essa distância do outro? Existe saída?

Quando o casal vivencia conflitos e tensões no dia a dia, essas situações os marcam de alguma forma e, geralmente, de maneira negativa. A partir desses conflitos diários, identificamos duas produções: os conceitos negativos e a mágoa.

Não amo mais o meu cônjuge, e agoraFoto: Juanmonino

Conceitos negativos

Os conceitos negativos sobre o cônjuge são formados no dia a dia, diante das diversas situações como excesso de cobranças, volume e tom de voz, palavras duras e grosseiras, agressividades, silêncios, falta de colaboração, dificuldade de partilha financeira, entre outras dificuldades no relacionamento a dois. Tais situações provavelmente constroem uma visão negativa sobre o outro, não permitem enxergar mais aqueles atributos e características positivas que um dia os fizeram se amar e se admirar. Então, por meio dessas vivências desajustadas, podemos perceber que entra em cena um sentimento muito pouco reconhecido, normalmente escondido por nós mesmos: a mágoa.

A mágoa é um sentimento que nos afeta quando interpretamos que alguém nos ofendeu, agrediu, foi injusto ou diminuiu o nosso valor, provocando como consequência o afastamento progressivo dessa pessoa. Portanto, o que nos leva a uma sensação de falta de amor é, na verdade, a mudança de conceitos que aos poucos vamos introduzindo em nós diante dos conflitos diários e a mágoa que surge a partir das vivências negativas advindas dos conflitos e tensões que o casal vive.

Leia mais:
::Como não cair na rotina do casamento?
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::Violência doméstica no casamento: o que fazer?

Temos identificado que existem “estágios” da mágoa. Existe um estágio inicial no qual a pessoa apresenta um sentimento negativo, mas ainda há admiração pelo cônjuge. Posteriormente, a pessoa vivencia um período no qual a mágoa o leva a sentimentos mais intensos de ira e a necessidade de um distanciamento cada vez maior, logo a seguir o último estágio, no qual a pessoa não vê mais nada de positivo no cônjuge, ela o vê como mau, como alguém impossível de conviver e, mais ainda, inicia-se um processo de desejar o mal, falar mal dessa pessoa até a vingança.

Qual a saída?

É preciso buscar o remédio para a mágoa, que se chama perdão. Ele é um ato de amor e misericórdia. Segundo Griffa e Moreno, no livro ‘As chaves para a psicologia do desenvolvimento’, os estágios do desenvolvimento da noção do perdão são as últimas aquisições no desenvolvimento da personalidade. O perdão, como máxima expressão do amor, é indicador do auge do desenvolvimento moral. O perdão é uma atitude madura da personalidade e deve ser vivido diariamente. É justamente essa atitude que fará com que se diminuam os sentimentos negativos, as atitudes de distanciamento e, ao mesmo tempo, poderá diminuir ainda tantos conceitos ruins que criamos a partir das nossas vivências no relacionamento a dois.

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Como esperar pelo José que nunca chega?

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Esse tempo de espera pelo José precisa ser vivido sem tortura

É muito comum, nos retiros e rodinhas de Igreja, quando se fala sobre relacionamento amoroso, as meninas se referirem ao futuro namorado, noivo, marido como o seu ‘José’. Fazem referência ao santo esposo de Maria, um exemplo para nós de respeito, cuidado, paciência e dedicação à família. São José é venerado não só como padroeiro do trabalho, mas também como um modelo de virtudes em quem os homens podem se espelhar.

Para muitas meninas, no entanto, esse discurso “esperando o José” é como uma vitrola quebrada: entra ano, sai ano, nada muda, nada do José aparecer.

E-quando-o-José-nunca-chega-Como-esperarFoto: Wesley Almeida/cancaonova.com

O que fazer?

O tempo vai passando e a cobrança social por estar sem um namorado vai aumentando. Se já passou dos 30 anos, é um “Deus nos acuda!”, pois o relógio biológico já implora pela maternidade.

A opção é continuar vivendo a vida plenamente solteira, sendo uma pessoa legal, agradável, cuidando de sua saúde e seu corpo, ampliando seu círculo de amigos; afinal, se o José chegar, é bom encontrar uma mulher inteligente e boa de papo, no mínimo. Mas pode ser que isso não aconteça e a sua cabeça comece a se torturar com questionamentos: “O que estou fazendo de errado? Por que ninguém quer me namorar sério? Qual será o meu problema? Será que sou feia demais? Falo demais? Sou desagradável?”.

Primeiro perigo

Aí mora um primeiro perigo: o de autoflagelar-se, simplesmente porque está sozinha há um tempo, por não corresponder à expectativa social de que todas as mulheres vão namorar, noivar, casar, ter filhos e viver felizes para sempre. É claro que você pode fazer uma autocrítica e verificar se está bem com si mesma, com sua família, para estar bem com outra pessoa e pensar em formar uma família. Pense: você é uma pessoa chata? Sinceramente, avalie-se, porque ninguém quer gente chata ao seu redor para toda a vida.

Não se cobre além da conta, sempre pense se você está sendo autêntica, pois autenticidade, numa sociedade tão superficial e plastificada, é moeda valiosa e especial.

Segundo perigo

O segundo perigo está em considerar-se tão melhor que os meninos ao seu redor, que nenhum é suficientemente bom para o seu padrão de beleza ou de recursos financeiros, culturais, enfim. Para mim, nada disso adianta se o homem não é inteligente, se não consegue desenvolver um raciocínio sobre o mundo em que vivemos, se está alienado política e culturalmente, porque a beleza passa, o dinheiro acaba e companheirismo exige diálogo; então, alguém com quem minimamente se estabeleça um papo gostoso no fim do dia para mim é essencial.

O extremo oposto também é perigoso: a tentação de agarrar o primeiro homem que aparecer, seja do jeito que for – afinal, antes acompanhada de qualquer jeito do que só! Minha gente, cuidado com isso! Para estar com alguém é importante que essa pessoa tenha valores parecidos com os seus, e que seja alguém que trabalhe, consiga construir e sustentar um lar com você, que tenha sonhos que possam ser cultivados por vocês dois. Essa história de ser muro de arrimo para os outros, só para não ficar sozinha, é um barco furado. Você atendeu a uma pressão social agora, mas vai sofrer o resto da vida, talvez com um homem que não o ajude a ser alguém melhor.

É bom refletir

Lembre-se que prudente é quem constrói a casa sobre a rocha, lugar seguro, onde podem vir ventos e tempestades, mas a casa continuará inabalável (cf. Mt 7,24-27). Não seja insensata. Peça a Deus discernimento nas suas escolhas amorosas e conceba também a possibilidade de ser plenamente feliz sem estar em um relacionamento amoroso. Antes só você e Deus do que mal acompanhada.

A situação que descrevi acima não deve ser encarada como igual e existente para todas as mulheres, pois sabemos que cada mulher é única.

Estudando sobre o comportamento feminino atual e convivendo em diferentes grupos de mulheres, percebo, muitas vezes, que falta esse choque de realidade, e é para elas que escrevo.

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Traição: a primeira insegurança de muitos casais

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A traição é um pecado muito sério

A crise que mais pode afetar e até mesmo destruir um casamento é a traição. Infelizmente, é um caso que acontece muitas vezes. Por que uma traição acontece no casamento? São muitos os motivos.

Infelizmente, a revolução sexual dos anos 60 “liberou” a atividade sexual antes do casamento para a maioria das pessoas. Criou-se uma cultura de sexo livre, também um mal chamado amor livre. A partir daí, o sexo passou a ser banalizado nos meios de comunicação, especialmente nas TVs por meio das novelas e outros programas de entretenimento.

Traição: a primeira insegurança de muitos casaisFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

O sexismo hoje permeia a cultura social, influencia a música, a moda, os livros, os relacionamentos etc. A maioria dos namorados, hoje, acha normal viver uma vida sexual antes do casamento; e quem não aceita isso é olhado como estranho. Não há como negar que essa “cultura sexual” influencia, fomenta e estimula a traição depois do casamento. Quem se acostumou com o “sexo livre”, dificilmente se contentará com apenas um cônjuge. Estou convencido de que, face a essa pressão sexual que hoje existe sobre as pessoas, somente a religião e a moral cristã podem fazer com que um casal se mantenha fiel no seu relacionamento.

A lei de Deus é clara: “Não adulterarás” (Deut 5,18)

A traição no casamento é um pecado muito sério, pois destrói famílias. O casamento é uma aliança sagrada, na qual duas pessoas prometem ser fiéis uma a outra até a morte, perante Deus e os homens. A traição quebra essa aliança e desrespeita o cônjuge e Deus. No entanto, quem tem esse valor consegue, com a graça de Deus, superar as tentações sexuais. Do contrário, é muito difícil!

Mesmo entre casais cristãos há traições, certamente por falta de amor ao outro, vigilância e oração. Jesus deixou claro: “Vigiai e orai, porque o espírito é forte, mas a carne é fraca”. Quando um cônjuge se arrepende de uma traição isolada, o mais correto será pedir perdão a Deus e se confessar. Sempre que possível, é bom procurar a reconciliação com o cônjuge, especialmente se tiverem filhos. Isso é muito difícil e doloroso, mas é a coisa mais correta a se fazer. Não há pecado que não possa ser perdoado se houver arrependimento sincero. Vale a pena lutar para manter o casamento e a família.

Se a pessoa que traiu se arrepende e quer consertar o relacionamento, é bom dar uma segunda chance. Mas, se quem traiu persiste na traição repetida, quem foi traído tem o direito de separar-se, embora não possa se casar com outra pessoa sem declaração de nulidade do casamento. Os especialistas dizem que mais da metade dos casamentos continuam mesmo após uma traição. Sem Deus, sem o compromisso sacramental com o cônjuge, as traições se repetem.

Assista ao vídeo:

Leia mais:
::A fidelidade começa no namoro
::A prática espiritual do casal: comunhão e fidelidade
::As faces da fidelidade conjugal
::Como a fidelidade interfere na vida sexual do casal

Só os homens traem?

Segundo os dados levantados por especialistas em relacionamentos, as mulheres estão tão propensas a trair quanto os homens. Um advogado amigo, que trata de casos de divórcio, confirmou-me este dado. Dizem que a diferença é que o homem é menos cuidadoso na hora de esconder a infidelidade. Alguns afirmam que enquanto os homens tendem a trair ao longo da vida, as mulheres estão mais propensas a trair mais tarde, quando os filhos já estão crescidos.

Muitos dos infiéis diziam buscar aventuras extraconjugais devido à monotonia no casamento. Com o passar dos anos, muitos deixam de investir no relacionamento conjugal, deixam de procurar formas de sair da rotina, de conversar sobre assuntos variados e dialogar com frequência. E isso pode prejudicar o relacionamento. A rotina destrói o bom relacionamento e pode ir separando o casal. Se a planta do amor não for regada todos os dias com um pouco de carinho, pode morrer. Por isso, os terapeutas conjugais recomendam “dizer ao outro uma palavra carinhosa todos os dias”.

É claro que quem trai é culpado pelo ato em si, mas as razões que o levaram a chegar neste ponto podem envolver muitas coisas. A causa principal das traições é a fraqueza humana, a força do instinto sexual e a tentação do mal. O demônio se aproveita disso, quer destruir as famílias; e tudo começa na traição. E as formas de tentações e traições são muitas.

Por que as pessoas traem?

Alguns dizem que traem para fugir da rotina sexual com o cônjuge, querem novas aventuras sexuais. Há quem diga que trai por curiosidade, para experimentar novas aventuras.

A vida sexual no casamento é muito importante, e o casal precisa buscar uma harmonia sexual que satisfaça ambos. Especialmente para o homem casado é muito difícil viver sem vida sexual com a esposa, e isso acontece muitas vezes; certamente, isso pode fomentar um adultério. E isso também pode acontecer com algumas mulheres. Daí a necessidade de os casais resolverem suas dificuldades neste relacionamento.

Outros dizem que chegam a trair para chamar a atenção do cônjuge, que não lhe dá atenção devida e não satisfaz os seus desejos. É o caso da “carência afetiva” que envolve muitos, especialmente as mulheres, que são mais sensíveis. A falta de atenção e de carinho geram grande insatisfação no relacionamento e podem fomentar uma traição. Se a mulher casada não se sustentar em Deus, poderá buscar esses cuidados, como se vê hoje, esses perigosos “namoros” pela internet, o que já pode ser considerado, de certa forma, uma traição.

Todos os casamentos têm problemas e eles devem ser resolvidos com conversas e orações, mas nada justifica uma traição.

Alguns dizem que traíram para “dar um troco”, por vingança, mas nada disso justifica a traição, um erro não justifica outro. Há traições premeditadas, planejadas, especialmente nos casos em que entra um amante. Mas há também aquela traição inesperada, única, quando acontece uma viagem sozinho e a tentação se apresenta. A gravidade é a mesma, mas as consequências podem ser diferentes.

matrimonio

Há também o caso dos casais que moram em cidades distantes por causa de trabalho; isso pode ser um fator que aumenta a possibilidade de traição se não houver muito cuidado e fidelidade ao outro. Nem sempre há o desejo de terminar o casamento, ou mesmo de não amar o outro e a família. É que “a ocasião faz o ladrão”.

Jesus, que conhecia profundamente o ser humano, sabia que o adultério não começa na cama, mas no mau desejo; por isso disse no Sermão da Montanha: “Se o homem desejar uma mulher libidinosamente, já adulterou com ela em seu coração”. Então, o cristão tem de se precaver nisso, no mau desejo. Sentir o mau desejo não é pecado, mas consentir nele sim.

Existe traição entre todos os casais?

Também precisamos dizer que existem casais que nunca viveram nenhuma das realidades mencionadas acima, no entanto, vivem uma tensão no relacionamento como se tivessem passado. Muito sofrem por um “fantasma”. O que muitas vezes começa a gerar outros problemas, como desconfiança, ciúmes, discussões e muitas outras.

É importante tomar cuidado, pois essa é uma insegurança que se não for “tratada” pode gerar várias outras e causar um prejuízo maior no namoro ou no casamento. O diálogo, a confiança e a compreensão mútua são essenciais para o casal vencer esses desafios.

É preciso estar atento, vigiando e orando sempre, pois nenhum casal está isento dessa realidade. No entanto, com fé e a graça de Deus, podemos superar tudo isso.

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Doença: a segunda insegurança de muitos casais

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Muitas vezes, a doença atinge o casal de maneira muito dura, tirando-lhes a paz

Na vida de todo casal há muitos problemas, entre eles a doença. O casamento é uma missão árdua que deve ser exercida por amor a Deus, que incumbiu o casal de “crescer e multiplicar”. Cada um deve fazer o outro crescer na fé, na profissão, na estabilidade emocional, religiosa etc., gerar e educar os filhos que Deus lhes enviar.

Todos os casais enfrentam o problema da doença, seja do próprio casal, como também dos pais, dos filhos ou parentes próximos. Não há família que não seja visitada pela doença. Por isso mesmo, é preciso que todo casal seja prevenido. Sabemos que a melhor terapia é a prevenção.

Doença a segunda insegurança de muitos casaisFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Em primeiro lugar, o casal deve estar preocupado com os cuidados básicos de saúde.

Como a assistência médica pública hoje é precária na maioria das cidades, então, o casal que pode, deve providenciar um plano de saúde, colocando isso como prioridade em suas despesas, antes de lazer e outras necessidades menos importantes.

Todo mundo sabe que o mais importante para ter saúde é tratar a doença logo no começo, quando o tratamento é mais fácil, mais rápido e barato. Muitas pessoas sabem que estão com um problema de saúde, mas protelam a visita ao médico, nem sempre por razões financeiras.

Quando a doença nos atinge, temos duas providências a tomar: buscar o médico e a oração.

O livro do Eclesiástico nos ensina isso:

“Honra o médico por causa da necessidade, pois foi o Altíssimo quem o criou. Toda a medicina provém de Deus. O Senhor fez a terra produzir os medicamentos: o homem sensato não os despreza. O Altíssimo deu-lhes a ciência da medicina para ser honrado em suas maravilhas e dela se serve para acalmar as dores e curá-las. Meu filho, se estiveres doente, não te descuides de ti, mas ora ao Senhor, que te curará. Afasta-te do pecado, reergue as mãos e purifica teu coração de todo o pecado. Em seguida, dá lugar ao médico, pois ele foi criado por Deus; que ele não te deixe, pois sua arte te é necessária” (Eclo 38).

Muitas vezes, a doença nos atinge de maneira muito dura e pode nos tirar a paz. A única maneira de enfrentá-la é na fé e com os recursos da medicina. Na maioria das vezes, graças a Deus, podemos buscar a cura pelos remédios e cirurgias. No entanto, há casos em que o mal supera a medicina.

Nessa situação, temos de entregar-nos nas mãos de Deus e confiar no que Ele permite que aconteça.

Assista ao vídeo:

Fé e oração precisam fazer parte da vida do casal

A variedade das doenças é muito grande, e a medicina tem se desdobrado para enfrentá-las. São males do corpo e da alma. Hoje, muitos casais sofrem o problema da depressão, por exemplo, o que limita a vida do casal, mesmo no campo sexual. Tudo isso exige que o casal enfrente com fé e oração tudo isso.

Sabemos que Deus não é o Autor do mal nem das doenças, estas são frutos do pecado da humanidade. “O salário do pecado é a morte” (Rom 6,23). Mas Deus sabe do mal tirar um bem. Santo Agostinho disse que Ele não permitiria o mal se dele não soubesse tirar um bem. O sofrimento na vida de um casal pode ser uma ocasião de mudança de vida, de conversão, de volta para Deus, até mesmo de reconciliação entre os cônjuges.

A doença derruba as ilusões

Às vezes, Deus permite que o corpo seja ferido para que a alma seja curada. Muitos só assim largaram do pecado e se voltaram para Deus. A maioria dos homens somente pelo sofrimento entende que a vida é passageira, transitória e provisória. A doença derruba as ilusões, as picuinhas, as vontades e as coisas pequenas.

A doença deve ser encarada na fé e no abandono em Deus. Na hora da enfermidade, prova-se a fé da pessoa e a sua confiança em Deus. Santo Agostinho disse que “provados pela mesma desgraça, os maus odeiam Deus e blasfemam enquanto os bons rezam e louvam. A diferença não está na desgraça sofrida, mas na qualidade de quem a sofre. Agitados o lodo e o perfume, o primeiro cheira mal e o segundo exala agradável fragrância”.

Santa Catarina de Gênova dizia que, “neste mundo, as pessoas doentes acham o Purgatório em seu próprio corpo”, isto é, a purificação nesta vida. A Providência Divina tudo permite a seu tempo.

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::Como saber se um casamento é nulo?
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A penitência não vem sem a misericórdia

O grande bispo Jacques Bossuet dizia que “o verdadeiro tempo de expiar os pecados e de experimentar a graça do perdão é a doença. Enquanto esse espinho nos fere e incomoda, pesa sobre nós a mão de Deus e Ele próprio nos impõe a penitência, segundo a medida de sua infinita misericórdia”.

Por que a doença, justo agora que eu tinha belos projetos? Só Deus tem a resposta; e se Ele não a dá para nós, é porque deseja que confiemos n’Ele e, assim, sejamos cheios de méritos.

São Francisco de Sales dizia que “quando Deus nos convida ao sofrimento da doença, dispensa-nos da ação”. “Uma hora de sofrimento por amor e submissão à vontade de Deus vale mais do que muitos dias de trabalhos feitos com menos amor”.

Apoio familiar

Neste vale de lágrimas da vida, a doença é, muitas vezes, inevitável; então, soframos com resignação para não aumentar o sofrimento. Atravessar um período de doença exige de nós muita virtude, porque ela abate as nossas forças, justamente quando mais precisamos delas. Nesta hora, a melhor ajuda para o doente é o apoio da família, do cônjuge, dos filhos. Nada melhor do que sofrer com o que sofre e ajudá-lo com os auxílios de Deus e da medicina.

Nesta hora difícil, quase não conseguimos rezar; então, são preciosas as jaculatórias: “Meu Deus, meu Pai, faça-se a Vossa santa vontade! Bendito seja Deus!”.

O gemido do enfermo é uma grande oração

Quanto mais ficamos irritados e revoltados com a doença, mais sofremos. Deixe-a em paz. Tudo que se aceita transforma-se em amigo. Nessa hora, é preciso recorrer a Deus com fé; como aquela mulher hemorroíssa, que tocou no manto de Jesus e ficou curada. Com a mesma fé dos cegos que gritavam “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de nós!”, muitas pessoas têm recebido de Deus a graça e o dom da cura. É um recurso que nos ajuda a encontrar a cura e a libertação dos males.

São Camilo de Lelis, que entregou a sua vida tratando de doentes, escreveu a Oração do Enfermo:

Senhor, a doença bateu na porta de minha vida. Tirou-me do meu trabalho e colocou-me num outro mundo, o mundo dos doentes. Uma experiência dura, Senhor! Uma realidade difícil de aceitar. No entanto, agradeço mesmo por essa doença! Ela me faz tocar com a mão a fragilidade e a precariedade de vida. Liberta-me de tantas ilusões. Agora, olho tudo com olhos diferentes. Aquilo que tenho e que sou não me pertence, é um dom Seu. Descobri o que quer dizer “depender”. Ter necessidade de tudo e de todos, não poder fazer nada sozinho. Tenho provado a solidão, a angústia, o desespero, mas também o carinho, o amor, a amizade de tantas pessoas. Seja feita a Sua vontade! Eu Lhe ofereço os meus sofrimentos e os uno aos de Cristo. Peço ao Senhor que abençoe todas as pessoas que me assistem e todas aquelas que sofrem comigo.

É feliz quem a Deus se confia, diz o salmista.

Não permita que o medo do futuro, o medo de enfrentar uma doença ou de perder a pessoa amada o paralise. Viva um dia de cada vez e confie seu futuro nas mãos de Deus, que o ama e sempre quer o melhor para você.

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Divórcio: a terceira insegurança de muitos casais

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Há muitas razões pelas quais pode acontecer um divórcio ou levar os cônjuges à insegurança

O Papa São João Paulo II falava do divórcio como “uma praga” que põe fim a muitos casamentos. De fato, a sua possibilidade gera uma insegurança em muitos casais, sobretudo naqueles que vivem um relacionamento um tanto conturbado. Na verdade, ele é uma grave ofensa à dignidade do casamento.

Jesus insistiu na intenção original do Criador, que queria um casamento indissolúvel. “Não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6). Ele eliminou as tolerâncias que se tinham introduzido na Lei antiga. Por isso, entre batizados, o matrimônio ratificado e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa, exceto a morte; a menos que tenha sido um casamento nulo, por decisão do Tribunal da Igreja.

Divórcio,-a-terceira-insegurança-de-muitos-casais-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Há muitas razões pelas quais pode acontecer um divórcio, ou mesmo levar os cônjuges à insegurança, mesmo que a separação ainda não se concretize.

Algumas das razões para um possível divórcio já foram abordadas em nossa matéria anterior sobre a traição. Um namoro mal vivido, onde não houve um bom discernimento, pode arrastar dúvidas ao casamento e dar margem a se pensar em divórcio.

A infidelidade de um dos cônjuges gera o medo do divórcio; as sucessivas brigas do casal não bem resolvidas, as carências de cada um não satisfeitas no relacionamento conjugal, as dificuldades na vida sexual, a falta de religião, a falta de diálogo e de atenção com o outro… tudo isso e muitas outras causas podem gerar o medo de uma separação.

Como evitar a insegurança?

Evidentemente, para evitar essa insegurança, o casal cristão precisa sempre renovar o compromisso assumido no altar de serem fiéis um ao outro, por amor a Deus que os uniu. Uma vida de oração, de meditação da Palavra de Deus, a vivência frequente dos sacramentos da confissão e da Eucaristia, a reza do terço em família etc., são as melhores salvaguardas contra essa insegurança.

Assista ao 3º episodio

O demônio sabe amedrontar as mentes dos casais com sugestões de separação, mas Deus nos protege com sua graça quando nos colocamos debaixo de Sua proteção e da proteção da Virgem Maria.

É muito importante que cada cônjuge saiba compreender o outro nos seus momentos de crise e dificuldade, ajudando-o, com o seu amor, a vencer seus problemas, para que isso não gere uma instabilidade perigosa no casamento. Quando um estiver nervoso, o outro precisa manter a calma, não revidar as ofensas, saber calar e saber falar na hora certa e do jeito certo.

O compromisso de viver a paciência, a compreensão com o outro, a humildade, o perdão, a bondade, a eliminação do egoísmo, a fé etc., é o que dá ao casal uma fortaleza espiritual que elimina o medo de um divórcio.

Leia mais:
::Traição: a primeira insegurança de muitos casais
::Doença: a segunda insegurança de muitos casais

O cônjuge cristão nunca deve pensar em divórcio, porque seus efeitos são terríveis. Ele é ofensa grave à lei natural, porque rompe um compromisso livremente assumido e consentido pelos esposos, diante de Deus e dos homens, de viver um com o outro até a morte. A Igreja nos ensina que o divórcio lesa a aliança de salvação de Cristo com a Igreja (cf. Ef 5,25), da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O Catecismo diz:

“O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente” (n. 2384).

O divórcio cria uma desordem na família e na sociedade: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes disputados entre eles (cada um dos cônjuges querendo os filhos para si); e seu efeito de contágio, que faz dele “uma verdadeira praga social”. (cf. CIC n. 2385)

É importante que os cônjuges cristãos pensem seriamente sobre tudo isso para que cada um, diante de Deus e do outro, jamais pensem ou falem da possibilidade de se divorciarem.

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