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A comunicação eficaz num relacionamento

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É pre­ciso encontrar o meio que estabelece uma boa comunicação

Ouvimos, muitas vezes, que a boa comunicação é sinal de um bom relacionamento, mas, por incrível que possa parecer, o fato de conversarmos não necessariamente significa que estamos nos entendendo. O importante, nesses momentos, é encontrarmos uma maneira de estabelecer um bom nível de comunicação.

A comunicacao eficaz num relacionamento
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Canal de comunicação

No cotidiano de uma vida em comum, a mera proximidade física não é suficiente para estabelecermos um bom nível daquela sintonia que desejamos encontrar. A busca desse “canal de comunicação” é uma técnica muito usada pelos vendedores; basta nos lembrarmos daquelas pessoas que batiam à nossa porta para oferecer algum produto.

Elas, de maneira especial, nunca chegavam oferecendo o produto ou aquela famosa enciclopédia sem antes fazer uma sondagem sobre os variados as­suntos que poderiam abrir o canal de comunicação com a possível compradora. Ao mais leve sinal de entrosamento, a conversa era conduzida por mais alguns minutos antes que o vendedor começasse a apresentar seu produto.

Se não há um receptor, em vão transmitiremos as informações. Então, dentro do diálogo entre casais, é pre­ciso também encontrar esse meio que estabelece a conexão entre eles, pois, de que serviria uma estação de rádio, se ela preparasse uma excelente grade de programação para os habitantes de uma cidade, mas a transmitisse numa faixa fora da frequência dos rádios locais?

Leia mais:
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:: Armadilhas de um relacionamento conjugal
:: Três pontos para um relacionamento virtuoso

Por mais que a estação, tentando manter um nível de comunicação com seu ouvintes, aumentasse a potência de seus amplificadores, jamais conseguiria ter uma sintonia eficiente. Da mesma maneira, se desejamos discutir ou convencer alguém de um assunto, é preciso, em primeiro lugar, encontrarmos uma maneira de nos co­nectarmos com a outra pessoa antes mesmo de co­meçarmos a falar daquilo que nos incomoda ou que, simplesmente, queremos partilhar.

Para diminuir o estresse de uma discussão, a dica é começar na escolha do melhor momento para conversar. Façamos como os astutos vendedores, que aplicam muito bem suas técnicas.

Um abraço

o que não me disseram da vida a dois

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Divórcio: a terceira insegurança de muitos casais

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Há muitas razões pelas quais pode acontecer um divórcio ou levar os cônjuges à insegurança

O Papa São João Paulo II falava do divórcio como “uma praga” que põe fim a muitos casamentos. De fato, a sua possibilidade gera uma insegurança em muitos casais, sobretudo naqueles que vivem um relacionamento um tanto conturbado. Na verdade, ele é uma grave ofensa à dignidade do casamento.

Jesus insistiu na intenção original do Criador, que queria um casamento indissolúvel. “Não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6). Ele eliminou as tolerâncias que se tinham introduzido na Lei antiga. Por isso, entre batizados, o matrimônio ratificado e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa, exceto a morte; a menos que tenha sido um casamento nulo, por decisão do Tribunal da Igreja.

Divórcio,-a-terceira-insegurança-de-muitos-casais-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Há muitas razões pelas quais pode acontecer um divórcio, ou mesmo levar os cônjuges à insegurança, mesmo que a separação ainda não se concretize.

Algumas das razões para um possível divórcio já foram abordadas em nossa matéria anterior sobre a traição. Um namoro mal vivido, onde não houve um bom discernimento, pode arrastar dúvidas ao casamento e dar margem a se pensar em divórcio.

A infidelidade de um dos cônjuges gera o medo do divórcio; as sucessivas brigas do casal não bem resolvidas, as carências de cada um não satisfeitas no relacionamento conjugal, as dificuldades na vida sexual, a falta de religião, a falta de diálogo e de atenção com o outro… tudo isso e muitas outras causas podem gerar o medo de uma separação.

Como evitar a insegurança?

Evidentemente, para evitar essa insegurança, o casal cristão precisa sempre renovar o compromisso assumido no altar de serem fiéis um ao outro, por amor a Deus que os uniu. Uma vida de oração, de meditação da Palavra de Deus, a vivência frequente dos sacramentos da confissão e da Eucaristia, a reza do terço em família etc., são as melhores salvaguardas contra essa insegurança.

Assista ao 3º episodio

O demônio sabe amedrontar as mentes dos casais com sugestões de separação, mas Deus nos protege com sua graça quando nos colocamos debaixo de Sua proteção e da proteção da Virgem Maria.

É muito importante que cada cônjuge saiba compreender o outro nos seus momentos de crise e dificuldade, ajudando-o, com o seu amor, a vencer seus problemas, para que isso não gere uma instabilidade perigosa no casamento. Quando um estiver nervoso, o outro precisa manter a calma, não revidar as ofensas, saber calar e saber falar na hora certa e do jeito certo.

O compromisso de viver a paciência, a compreensão com o outro, a humildade, o perdão, a bondade, a eliminação do egoísmo, a fé etc., é o que dá ao casal uma fortaleza espiritual que elimina o medo de um divórcio.

Leia mais:
::Traição: a primeira insegurança de muitos casais
::Doença: a segunda insegurança de muitos casais

O cônjuge cristão nunca deve pensar em divórcio, porque seus efeitos são terríveis. Ele é ofensa grave à lei natural, porque rompe um compromisso livremente assumido e consentido pelos esposos, diante de Deus e dos homens, de viver um com o outro até a morte. A Igreja nos ensina que o divórcio lesa a aliança de salvação de Cristo com a Igreja (cf. Ef 5,25), da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O Catecismo diz:

“O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente” (n. 2384).

O divórcio cria uma desordem na família e na sociedade: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes disputados entre eles (cada um dos cônjuges querendo os filhos para si); e seu efeito de contágio, que faz dele “uma verdadeira praga social”. (cf. CIC n. 2385)

É importante que os cônjuges cristãos pensem seriamente sobre tudo isso para que cada um, diante de Deus e do outro, jamais pensem ou falem da possibilidade de se divorciarem.

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Deixar de sentir-se amado: a quarta insegurança de muitos casais

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A insegurança de não ser amado pode acontecer por diversos motivos que geram a desunião do casal

Dom Bosco dizia que não basta amar os jovens, é preciso manifestar-lhes nosso amor. Isso vale também para o casamento. Muitos casais deixam o seu relacionamento conjugal cair na monotonia, no silêncio vazio onde já não acontece o diálogo, onde não há mais interesse de contar as coisas ao outro; às vezes, no desrespeito mútuo, na falta de atenção devida, na falta de harmonia sexual. Tudo isso pode gerar em um deles a sensação e a insegurança de não ser amado. Isso ameaça o casamento e a família.

Já ouvi algumas pessoas casadas dizerem que “não amam mais o outro”, e buscam um novo relacionamento. A sabedoria popular diz que “só se troca um amor por outro maior”. Por que isso acontece?

-Deixar-de-sentir-se-amado-a-quarta-insegurança-de-muitos-casaisFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A razão básica é que essa pessoa não está satisfeita em seu relacionamento conjugal, e isso tem muitas causas; muitas vezes, aparece outra pessoa em sua vida, que lhe oferece mais carinho, mais atenção e até mesmo mais atração física.

A sensação de não ser amado surge quando o casal “deixa morrer a planta do amor”. Se você não colocar água, todos os dias, numa planta, ela acaba morrendo; não basta colocar um balde de água uma vez por mês. A displicência com o outro na vida de casados vai matando o amor. Se um já não é mais para o outro “alguém que o ajuda a crescer”, a ser feliz, que lhe dá carinho e atenção, então, começa a haver uma distância entre eles. Se cada um não se sente responsável pelo crescimento humano e espiritual do outro, o amor conjugal morre. Se as brigas se tornam constantes e não há uma reconciliação real entre eles, o amor vai esfriando.

Por que essa sensação surge?

A insegurança de não ser amado pode acontecer por muitos motivos que geram a desunião do casal, entre eles as mentiras, falsidades, fingimentos, palavras ofensivas, comparações com a vida e as atitudes dos outros casais, desentendimentos com a família do cônjuge, inveja e ciúme do outro, desentendimento no uso do dinheiro, reclamações, negativismo, apego exagerado aos pais, mau humor, birra; enfim, tudo o que azeda o relacionamento. Tudo isso mata a planta do amor.

Se não existe mais o desejo de agradar o outro, de sacrificar-se por ele, a frieza começa a tomar conta da vida conjugal. A preocupação de satisfazer o outro, sem cair no exagero, é claro, é o que mantém a comunhão de vidas e o amor vivo. Por isso, os psicólogos terapeutas conjugais recomendam “todo dia dizer uma palavra carinhosa ao outro”, nunca gritar com o cônjuge e sempre trocar a discussão pelo diálogo paciente e amoroso.

A sensação de que o amor deles está morrendo é a falta do verdadeiro amor conjugal, que significa “dar a vida pelo outro”. Michel Quoist dizia que “amar é dar-se”, e isso é o oposto do egoísmo. São Paulo recomendou aos maridos: “amar as esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). A falta desse amor, disposto a dar a vida pelo outro, que diz não para si mesmo para dizer sim ao outro, é que faz o amor conjugal definhar e criar a sensação de não ser amado.

Quando nos casamos, recebemos o outro das mãos de Deus e da família, como um presente ímpar, singular, sem igual, e que deve, portanto, ser cuidado com o máximo de atenção e para sempre. Se não houver esse propósito, essa fidelidade ao juramento do altar, o amor deles pode começar a perecer. O difícil não é conquistar uma nova mulher ou um novo homem; o difícil e necessário é saber conquistar o mesmo homem ou a mesma mulher todos os dias.

Assista ao 4º episódio

 

O casal humano é chamado a crescer por meio da “fidelidade” diária à promessa feita no altar: “Amando-te e respeitando-te todos os dias de minha vida”.

O amor exige que eu despose o outro, conscientemente, com todos os seus defeitos e qualidades, e o faça crescer a meu lado, com minha dedicação. Só o amor constrói. Amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido.

Se os cônjuges não entenderem que amar não é uma decisão de apenas um momento ou de um período da vida, mas uma decisão que deve ser renovada a cada momento, a vida toda, para durar sempre, o amor deles não sobrevive.

É preciso estar sempre consciente que amar um homem ou uma mulher será sempre amar um ser imperfeito, pecador, fraco e sujeito às intempéries da vida. Mas se houver amor de verdade, é possível ajudar o outro a vencer suas dificuldades e ser alguém novo por causa do seu amor. A beleza do amor está exatamente em superar todas essas dores e fazer o outro melhor; do contrário, ele não seria o que é. Como um ninho, a felicidade do casal que se ama é construída pedacinho por pedacinho, por meio de esforços mútuos.

Se o casal não tem a maturidade suficiente para entender o sentido do matrimônio e da paternidade, que é uma missão a cumprir, fazendo o outro crescer, gerar os filhos e educá-los, então, acaba desistindo dessa grande missão e achando que não é mais amado, que tem de escolher outra pessoa.

Amar não é gostar

O amor está em crise, porque seu sentido foi esvaziado. Amar não é gostar, não é prazer, mas sim se dar para fazer o outro crescer. Sem maturidade espiritual e sem uma fé sólida, perseverante, com clareza de convicções religiosas, opção clara por Deus e autêntico amor ao cônjuge e aos filhos, o casal não mantém vivo o seu amor.

O mundo oferece muitos prazeres fáceis, mas se não houver amor verdadeiro, o casamento pode esvaziar-se e o sentimento de não ser amado surgir. Ser maduro é ser responsável, é saber enfrentar os desafios e as tarefas da vida sem reclamar nem culpar os outros. Muitas são as expressões de falta de maturidade que prejudicam o amor do casal.

Leia mais:
::Traição: a primeira insegurança de muitos casais
::Doença: a segunda insegurança de muitos casais
::Divórcio: a terceira insegurança de muitos casais

Pela busca constante da oração e dos sacramentos, numa vida de vigilância sobre si mesmo, cada um pode manter o amor vivo. Não podemos esquecer que “Deus é amor” (1 Jo 4,8); é n’Ele que o casal tem de alimentar seu amor se não quiser que ele morra. Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer”.

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Viuvez: a quinta insegurança de muitos casais

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Tudo o que a Igreja nos ensina deve ser um antídoto ao medo da viuvez

É normal que os cônjuges tenham receio da viuvez, especialmente aqueles que vivem um bom relacionamento. Mas essa é uma realidade que pode atingir qualquer casal.

Eu fiquei viúvo depois de 40 anos de casados. Nunca antes eu tinha pensado como seria a minha vida sem minha esposa. No final de sua vida, ela me disse que “tinha medo de me deixar sozinho”… e eu tinha receio de ficar só. Então, essa insegurança é real.

Viuvez-a-quinta-insegurança-de-muitos-casais-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Como podemos vencer essa insegurança que ameaça qualquer casal?

Diante do medo da morte de um ente querido, é preciso ter fé. São João diz que “esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1 João 5,4). Não há outro remédio. É claro que não é bom ficarmos pensando na morte do outro; essa preocupação deve ser colocada nas mãos de Deus, na fé, na certeza de que Ele cuida de nós, e de que tudo concorre para o bem dos que o amam (cf. Rom 8,29). A fé nos faz acreditar que, quando Deus permite que o mal nos atinja, Ele tem um desígnio atrás disso, e nos dará a graça necessária para superar o sofrimento.

A nossa vida está nas mãos de Deus; Ele no-la deu e só Ele sabe quando nos chamará para Ele. Então, não podemos ficar nos torturando, pensando ou imaginando a morte do cônjuge; a sua vida está nas mãos de Deus. Isso seria uma tentação imposta a nós mesmos. Deus só nos dá a graça para enfrentarmos o sofrimento quando ele acontece, não antes. Assim, ficar pensando na morte do seu querido seria sofrer sem a graça de Deus; e isso dá angústia.

Jesus disse no Sermão da Montanha

“Não vos preocupeis por vossa vida (…) Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? (…) Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6,25-34)

Então, a melhor maneira de evitar a preocupação com uma possível viuvez é viver um dia de cada vez, deixando o futuro nas mãos de Deus, que cuidará de nós.

Quando já dava para eu pressentir que a morte de minha esposa estava próxima, depois de um câncer de seis anos, comecei a pedir a Deus que me preparasse para viver a viuvez. Cada vez mais, em minhas orações, eu pedia a Deus que me desse a graça de aceitar toda a vontade d’Ele e pudesse continuar a viver para Ele. Deus me socorreu na fé. Já são quase cinco anos de viuvez, em paz com Deus e com a vida.

Assista o 5º e último episódio:

 

O melhor antídoto ao medo da viuvez é apegar-se a Deus, mais até do que ao cônjuge, e viver uma vida na fé. Jesus disse que é preciso amar a Ele mais do que aos nossos entes queridos. É esse amor – em primeiro lugar – que nos fortalecerá diante da ameaça de uma viuvez.

Deus nos dá a chamada “graça de estado”, para que possamos viver bem cada etapa da vida; de modo especial, sinto essa graça de estado da viuvez que me ajuda a viver como Deus quer. É claro que não é fácil viver sem uma esposa, com quem se conviveu por anos; mas, quando se vive pela fé, a graça de estado nos ajuda, e não temos que temer. Vejo muitas mulheres e homens viúvos e viúvas vivendo bem, consolados na fé, trabalhando muito para Deus e para os outros. Não devemos pensar que a viuvez seja uma estado final de vida, mórbido; de jeito nenhum! Um viúvo tem ainda muito que fazer pela família, pela Igreja, pela salvação das almas. Pensando em tudo isso, devemos afastar de nós o medo de uma viuvez.

É bom lembrar o que São Paulo disse sobre a viuvez

“A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas, se morrer o marido, ela fica livre e poderá casar-se com quem quiser, contanto que seja no Senhor” (1 Cor 7,39). “Quero, pois, que as viúvas jovens se casem, cumpram os deveres de mãe e cuidem do próprio lar, para não dar a ninguém ensejo de crítica” (I Tm 5,14). “Mas a que verdadeiramente é viúva e desamparada, põe a sua esperança em Deus e persevera noite e dia em orações e súplicas” (1 Tm 5,5).

São Lucas nos mostra o caso daquela bela viúva de 84 anos, Ana, que com o velho Simeão adoravam o Menino Jesus. “Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.” (Lc 2,37).

Eu li na internet, no site acidigital.com, em 3 de maio de 2012, que na Espanha, uma viúva de 70 anos, de Valença, mãe de três filhos e avó de cinco netos, entrou para um convento de irmãs franciscanas Clarissas contemplativas (fundada em 1212 por Santa Clara de Assis), onde fez votos perpétuos. Seu nome religioso é Célia de Jesus; e antes de se consagrar vivia para ajudar os pobres. Seus filhos e netos assistiram a seus votos.

Muitas viúvas se tornaram santas e ajudaram muito o Reino de Deus: Santa Isabel de Hungria, Santa Isabel de Portugal, Santa Angela de Foligno, Santa Luzia, Santa Paula, Santa Brígida; Santa Rita de Cássia, Santa Helena etc. Essas mulheres foram muito importantes para a Igreja; portanto, os viúvos não têm que enterrar suas vidas apenas dentro de casa.

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Uma coisa importante a entender é que, na Igreja, não existe aposentados nem desempregados. Sempre há trabalho no Reino de Deus para quem quer “servir ao Senhor com alegria” (Sl 99,2). Os viúvos e viúvas são pessoas maduras, muitos têm uma boa formação intelectual e podem ajudar muito a Igreja nas pastorais, sobretudo no batismo, primeira comunhão, crisma e matrimônio. Os viúvos não podem “enterrar os seus talentos”, pois Deus vai nos cobrar isso. A Igreja precisa de nossa experiência, nossos lábios e mãos. Quando nos colocamos à disposição de Deus para servi-lo, logo Ele nos dá um trabalho adequado à nossa condição. E isso nos faz felizes.

Hoje, posso dizer que trabalho ainda mais do que no tempo que eu não era ainda viúvo. Hoje, tenho mais tempo para as coisas de Deus. E isso me dá forças, alegria e vida. Tudo isso que a Igreja nos ensina deve ser um antídoto ao medo da viuvez. Qualquer que seja o nosso estado de vida, podemos ser felizes se vivermos em Deus e para Ele.

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É possível ter uma vida sexual ativa na terceira idade?

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Sexo na terceira idade

Com mais recursos para cuidar da saúde, com pessoas buscando maior qualidade de vida, além de inúmeros estudos atualizados voltados para o bem-estar das pessoas, a expectativa de vida da humanidade, a terceira idade, tem aumentado gradativamente ano após ano.

Uma pesquisa recente revelou que a expectativa de vida do brasileiro subiu para 75,5 anos, um patamar elevadíssimo se comparado à média de 33 anos que viviam as pessoas há um século atrás.

É-possível-ter-uma-vida-sexual-ativa-na-terceira-idade-Foto: PeopleImages

Cada vez mais pessoas se conscientizam sobre a necessidade de mudanças básicas na alimentação e nos hábitos de vida, trocando o sedentarismo, os alimentos gordurosos e prontos, por alimentações mais orgânicas, saudáveis e atividades físicas regulares. O ideal é sempre haver o acompanhamento de especialistas das áreas médicas e de nutrição para que o resultado seja o mais adequado a cada indivíduo, que possui um metabolismo e estilo de vida próprios. Toda essa evolução tem resultado em um maior número de idosos na população do planeta.

Dentre tantos cuidados com a saúde física do idoso e a melhora da sua qualidade de vida, a saúde sexual também adquiriu um novo enfoque dentro desse cenário.

A questão é: diante de algumas funções que mudam tanto ao longo da vida, como a disposição e a habilidade para algumas atividades, a sexualidade do idoso pode também ser objeto de atenção e dedicação para que haja harmonia em todos os aspectos da saúde do indivíduo.

Sabemos que a libido pode ficar comprometida nessa fase da vida, que os hormônios mudam bastante depois da menopausa e da andropausa, fazendo com que os estímulos que antes despertavam o desejo sexual já não façam tanto efeito. O interesse pelo sexo pode mudar drasticamente nessa fase.

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Diante desse contexto, acredito ser interessante avaliar sobre a capacidade que cada um tem de sentir prazer nas mais variadas atividades do cotidiano. Muitos acabam não se permitindo gozar a vida na simplicidade do dia-a-dia, no calor de um abraço ou de um papo descontraído com o parceiro.

Se estamos falando sobre relação sexual, estamos abordando o contato entre os sexos, entre homens e mulheres. Na terceira idade (ou na melhor idade, como muitos costumam falar), o prazer da relação sexual pode ser encontrado no entrelaçamento das mãos ao caminhar na praça, ou dos pés, debaixo do edredom, etc.

Se o casal permite-se explorar e sentir profundamente esses pequenos prazeres, o ato conjugal será uma consequência natural, sem grandes expectativas ou cobranças. Se a compreensão e a parceria foram alimentadas ao longo de uma vida, o físico menos atraente, as rugas e a vitalidade menos evidente não serão empecilhos para um momento íntimo entre o casal.

Harmonia entre o casal

Como dito acima, é importante haver harmonia na vida do casal. Se um está com alguma doença física ou psíquica, é óbvio que a relação sexual irá adquirir uma importância bem menor nesse momento. Há que se observar as questões de respeito, cuidado e carinho em todos os momentos, pois se uma das partes se sente negligenciada ou pouco amada, sentirá menos desejo e prazer sexual.

Enfim, é possível ter vida sexual ativa na terceira idade, pois, como apresentam as estatísticas, as pessoas estão mais atentas à saúde e à qualidade de vida, e isso envolve também a saúde sexual. Os idosos começam a ter mais tempo para dedicarem-se a si mesmos, e isso pode elevar bastante a sua autoestima, que irá refletir na libido.

Os demais aspectos, funcionam como em qualquer etapa da vida sexual: diálogo, carinhos, compreensão, pequenas surpresas e muito amor sempre são ingredientes que podem acender a chama do desejo.

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Como chegar à maturidade sexual no casamento?

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A maturidade pessoal interfere na maturidade sexual

Para tentarmos entender um pouco sobre o tema, em primeiro lugar devemos compreender o que significa maturidade, para posteriormente buscarmos uma reflexão sobre a questão da maturidade sexual no casamento.

Segundo Maria Cristina Griffa e José Eduardo Moreno, no livro “Chaves para a psicologia do desenvolvimento”, o amadurecimento que envolve a personalidade só pode ser atingido na idade adulta. O ser humano, diferente do que acontece com os animais, não só vive, mas dirige sua vida, orienta-se para um determinado caminho.

-Como-chegar-à-maturidade-sexual-no-casamento-Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Ter maturidade pessoal não significa estar pronto, mas é buscar, é descobrir suas qualidades, é ter aceitação das limitações e possibilidades tanto externas quanto internas. É assumir responsabilidade, é estar disposto a cuidar e permitir ser cuidado, é ter compromisso consigo mesmo e com os demais, é ter autocontrole, é ser, de certa forma, independente, é analisar as escolhas porque elas têm consequências, é ter certo grau de autoconfiança, é buscar perdoar e ser perdoado, é ter outras características, e sobretudo, pensamentos e comportamentos que o faça viver de forma mais autêntica. É importante ressaltar que a maturidade pessoal interfere na maturidade sexual no casamento.

No que se refere à maturidade sexual no casamento, temos um caminho de amadurecimento que não ocorre de um dia para o outro, ele tem um processo, está presente em toda a nossa história. Nosso amadurecimento sexual inicia-se na concepção e caminha durante toda a nossa vida. Na adolescência, a manifestação da sexualidade acontece mais nitidamente e na vida adulta ela pode ser vivida de maneira mais madura, conforme veremos a seguir.

Todo o ser humano em um período denominado por “adolescência”, tem o seu impulso sexual voltado para todos os outros além dele, ou seja, para um outro diferente dele, no caso do homem voltado para as mulheres e para as mulheres voltadas para todos os homens e por isso ele e ela treinarão neste período a olharem para todos a sua volta. Este comportamento de olhar para todos é muito importante, é um elemento essencial neste período, pois somente através desta atitude a pessoa poderá um dia encontrar aquela ou no caso da mulher, aquele, que será de fato o escolhido. Portanto é nesta etapa da vida, que se inicia a integração da sexualidade com a afetividade no ser humano.

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Após este processo de olhar e desejar a muitos, surge um novo tempo, justamente quando é encontrada aquela pessoa com a qual iremos nos casar. Neste momento, aquele treinamento da adolescência não se desfaz magicamente, agora inicia um novo treinamento, onde a pessoa deverá exercitar constantemente o olhar para uma única pessoa, aquela que foi escolhida para ser a esposa ou esposo. O desafio dos casados é manter o “olhar” para uma única pessoa, a pessoa amada que escolheu!

Segundo Victor Franckl, uma pessoa madura sexualmente é aquela que consegue canalizar o seu impulso sexual para uma única pessoa do sexo oposto. E diante deste novo treinamento, a pessoa irá amadurecendo, crescendo sexualmente no casamento.

O que significa impulso sexual?

Podemos dizer que o impulso sexual é uma energia, neste caso uma energia sexual direcionada para uma meta, uma finalidade. O impulso sexual está presente em todos os seres humanos, sendo estes alimentados pelas fantasias de conteúdos sexuais.

Portanto, ser sexualmente maduro é ser capaz de canalizar este desejo, impulso sexual, e consequentemente suas fantasias sexuais para a pessoa com a qual nos casamos. Mas manter o impulso, o desejo, as fantasias para o esposo ou esposa, não é como em um conto de fadas. Ele deve ser exercitado. Isto é, um treinamento!

Ao olhar para fora do casamento, para as outras pessoas que não deixaram de ser atrativas, o esposo ou a esposa não deverá manter-se fixo neste impulso para outros, mas, direcioná-lo novamente e constantemente para o cônjuge.

Não é uma tarefa fácil, e nem para ser realizada em um único dia. Ela deve ser treinada diariamente como exposto acima. O casamento é esta oportunidade que a vida nos dá para exercitarmos e atingirmos a maturidade sexual.

Como exercitar o impulso sexual para uma única pessoa?

Confira algumas dicas:

1. Reconhecer e trabalhar as tendências à traição advindas da história de vida.

2. Ressignificar através de um processo de cura as fantasias adquiridas ao longo da vida a partir da adolescência. Muitos utilizaram meios para produzirem fantasias, como vídeos e filmes pornográficos, imagens, etc. A partir do casamento nem todas as fantasias são possíveis. Muitas delas fazem com que os cônjugues não se sintam amados.

3. Olhar diariamente para a pessoa escolhida, buscando descobrir o que ela tem de atrativo sexualmente. Nenhuma pessoa precisa ter um corpo perfeito para ser desejada, os cônjuges devem acompanhar as transformações físicas que ocorrem com o tempo. Sempre existe algo atrativo.

4. Buscar a reconciliação: mágoa pode afastar os casais da vivencia sexual.

5. Buscar o enamoramento: os cônjuges devem promover o namoro, vivenciando o romantismo entre eles. A afetividade humaniza potencializa a sexualidade.

6. Diálogo sexual: é importante conversar sempre a respeito da sexualidade. Esta conversa deve ocorrer antes, durante e após o ato sexual. Dentro desta realidade do diálogo sexual surge uma questão: você conhece e respeita a história sexual do seu cônjuge?

Um casal maduro sexualmente não trata um ao outro como objeto de prazer, no qual somente um quer satisfazer as necessidades fisiológicas; não utiliza o outro como uma coisa, um objeto, sem respeitá-lo; não o obriga a certas práticas que o levam a uma percepção depreciativa de si. O casal sexualmente maduro não se masturba no outro! O casal sexualmente maduro é aquele que entende a sexualidade como um bem partilhado que faz com que ambos se sintam de fato um.

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Quero ter mais filhos, mas meu cônjuge não quer. O que fazer?

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A Igreja ensina que o casamento tem duas finalidades principais: o bem dos cônjuges e a geração e educação dos filhos

Sabemos que existe uma forte cultura no sentido de evitar filhos, e muitos os motivos para isso: medo do futuro, dificuldades financeiras, falta de conhecimento da vontade de Deus sobre o matrimônio e também o egoísmo e o comodismo, uma vez que os filhos exigem dedicação e sacrifícios.


Foto: BraunS

Evidentemente, um casal só deve ter seus filhos de comum acordo, cientes da grandeza que significa dar a vida a um ser humano, “imagem e semelhança de Deus” (Gen 1,26) – “a glória de Deus” (Santo Irineu de Lião) –, e que, um dia, vai viver eternamente com o Senhor. Nós não somos capazes de gerar nada mais belo do que um filho.

A Palavra de Deus diz: “Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. “Feliz o homem que assim encheu sua aljava…” (Sl 126,3-5). O Catecismo da Igreja diz: “A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais”. (Cat.§ 2373)

O amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo

“A fecundidade é um dom do matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus. “Os cônjuges sabem que, no ofício de transmitir a vida e ser educador – o que deve ser considerado como missão própria deles –, são cooperadores do amor de Deus criador e como que seus intérpretes”. (n. 2366-7)

O cônjuge que não quer ter mais filhos, quando o casal pode tê-los e quando um deles quer, pode estar movido pelos sentimentos negativos citados; então, a parte que deseja os ter precisa mostrar ao outro a vontade de Deus sobre o matrimônio. Isso deve ser feito com muito amor e carinho, mostrando ao outro o que a Igreja ensina sobre a paternidade responsável.

Há casos em que é lícito o casal espaçar o nascimento dos filhos – não é evitar indefinidamente – quando há sérios problemas de saúde e financeiros, para que o casal se recupere deles, e depois possa ter outros filhos.

Confiança na Providência Divina

Um casal só aceita ter todos os filhos que pode ter se agir segundo a vontade de Deus, na fé, em uma vida de confiança na Providência Divina, que jamais abandona um casal na criação dos seus filhos. São Paulo repete o que disse o profeta Habacuc: “O justo vive pela fé” (Rom 1,17; Hab 2,4). E a carta aos hebreus diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Heb 1,6). Portanto, quando um dos cônjuges quer ter um filho e o outro não quer, é preciso que o que quer o filho fortaleça a fé do outro e lhe mostre a vontade de Deus. O sentido mais profundo de gerar e educar os filhos é criar seres que, um dia, vão ocupar um lugar no Céu.

Lá, não se gera mais filhos, não há casamento; só aqui na Terra. Então, Deus quer contar com a generosidade dos pais para gerar os seus filhos que, com Ele, viverão por toda a eternidade, desfrutando de Sua felicidade. Essa é uma missão sagrada e sublime do casal. Só com esse sentimento um casal “aceita ter todos os filhos que Deus lhe enviar”, como prometeram a Deus no dia do casamento.

É preciso meditar no que diz a Igreja sobre esse assunto. O Papa Bento XVI disse: “Uma nação que não tem filhos é uma nação sem futuro”. É o que acontece com muitos países hoje. É triste ver a situação da Europa, do Japão e outros países envelhecidos, sem braços jovens para trabalhar e continuar a história dessas nações.

Perigos que os métodos contraceptivo

Na década de 60, os pesquisadores inventaram a pílula anticoncepcional. Logo em seguida, em 25 de julho de 1968, o Papa Paulo VI escreveu a Encíclica Humanae Vitae (HV), alertando sobre os perigos que os métodos contraceptivos representavam para a humanidade.

Já se passaram cerca de 50 anos, e o tempo mostra o quanto o Papa Paulo VI tinha razão. Os países da Europa envelheceram; nenhum deles hoje consegue sequer repor a taxa mínima de natalidade para que a população do continente não diminua. Nenhum deles tem taxa de 2,1 filhos por mulher, o mínimo necessário para se manter a população estável. Os governantes agora multiplicam os incentivos para os casais terem filhos, mas sem sucesso.

Isso acontece, hoje, por causa desse drástico controle da natalidade facilitado pela pílula e outros métodos artificiais contraceptivos. Logo no início da referida encíclica HV, Paulo VI destacou: “O gravíssimo dever de transmitir a vida humana, pelo qual os esposos são os colaboradores livres e responsáveis de Deus Criador, foi sempre para eles fonte de grandes alegrias […]. O matrimônio e o amor conjugal estão por si mesmos ordenados para a procriação e educação dos filhos. Sem dúvida, os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos pais” (n.9).

Paternidade responsável

Uma das advertências que o Papa colocou é que o casal deve viver a paternidade responsável, ter todos os filhos que puder criar com dignidade, sem cair na tentação do medo, do egoísmo e do comodismo de evitá-los.

O Santo Padre insistiu que o ato sexual tem dois aspectos fundamentais e não podem ser separados: o unitivo e o procriativo. Se forem separados, haverá o uso indevido e egoísta do sexo” (n.11).

Leia mais:
::Traição: a primeira insegurança de muitos casais
::Doença: a segunda insegurança de muitos casais
::Divórcio: a terceira insegurança de muitos casais
::Deixar de sentir-se amado: a quarta insegurança de muitos casais
::Viuvez: a quinta insegurança de muitos casais

Paulo VI lembrou também que a esterilização do homem ou da mulher fere o plano de Deus: “É de excluir de igual modo, como o Magistério da Igreja repetidamente declarou, a esterilização direta (vasectomia e laqueadura), quer perpétua ou temporária, tanto do homem como da mulher” (n.14).

Não posso ter filho agora. Existe alguma alternativa?

Para os casais que precisam seriamente evitar uma gravidez por um tempo, o Pontífice recomendou “os métodos naturais” de contracepção. Um exemplo é o conhecido Método Billings, que funciona muito bem quando o casal sabe usá-lo corretamente. A sua grande vantagem é que não fere a vontade de Deus e a mulher não toma medicamentos constantemente, o que pode fazer mal à sua saúde. Além disso, desse modo, estabelece-se entre o casal cristão um clima de amor, compreensão e respeito de mortificação que tanto santifica.

Somente uma reflexão profunda sobre esse tema fundamental da vida pode fazer com que o casal decida, numa expressão profunda do seu amor recíproco e no amor a Deus, aceitar os filhos que Ele lhe enviar.

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Aprenda a construir um relacionamento saudável

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Relacionamentos sadios são fundados em uma personalidade sadia, coisa que só os anos e a experiência de vida pode levar à excelência

Quem nunca vivenciou um relacionamento desajustado no qual gostaria simplesmente de passar uma borracha? Certamente, se você fizer uma pequena retrospectiva da sua história, poderá constatar o quanto foi feliz, o quanto se frustrou, sofreu, superou e amadureceu nas suas relações. Isso porque ter relações sadias significa trilhar um caminho de maturidade pessoal, o que exige uma boa dose de conhecimento de si, tempo e paciência.

Abaixo, aprofundo alguns aspectos importantes para um relacionamento sadio. Na verdade, estes pontos estão relacionados entre si, divido-os apenas para uma leitura didática.

Foto: ArthurHidden by Getty Images

Conhecimento de si

Esse é um princípio básico para toda a vida, mas fundamental para um bom relacionamento. Conhecer-se é ter a capacidade de olhar para dentro de si e reconhecer as virtudes e os valores, principalmente as fragilidades. O indivíduo que não tem a coragem de enfrentar e integrar as suas sombras acabará projetando-as nas pessoas. Só alguém que se conhece pode possuir-se, e assim não se tornar refém dos seus sentimentos nem dos outros.

Nesse sentido, falando sobre o relacionamento amoroso, Papa Francisco alertou os namorados e noivos a respeito das feridas que os parceiros levam para o matrimônio: “Muitos terminam sua infância sem nunca terem se sentido amados incondicionalmente, e isso compromete a sua capacidade de confiar e entregar-se. Uma relação mal vivida com os seus pais e irmãos, que nunca foi curada, reaparece e danifica a vida conjugal. Então, é preciso fazer um percurso de libertação, que nunca se enfrentou” (Amoris Laetitia – 240).

Isso significa que preciso me conhecer antes de iniciar um relacionamento? Não necessariamente, pois, muitas vezes, é no convívio com o outro que as questões internas mal resolvidas vão aparecendo. Se a pessoa tiver a sensibilidade de se perceber e a coragem de enfrentar os seus “fantasmas interiores”, então estará no caminho da maturidade e crescerá no relacionamento.

Tomar consciência das idealizações

Quando iniciamos um relacionamento, seja ele amoroso ou uma amizade, temos dentro de nós um modelo de homem ou mulher “ideal” que acabamos projetando no outro. Aos poucos, com os conflitos e as crises – que são inevitáveis em toda relação humana – essa imagem vai ruindo, e então passa-se do eu ideal para o eu real. No início de toda relação há um componente erótico e profundamente emocional que chamamos de paixão. A paixão está carregada de idealizações, e é nessa fase que as pessoas constroem seus castelos de areia para abrigar as fantasias de um relacionamento “perfeito” (e infantil).

Quando tomamos consciência das idealizações? Tomamos consciência quando aquela imagem endeusada já não corresponde mais ao comportamento do outro. Em outras palavras, são justamente as decepções do dia a dia que colocam por terra o conto de fadas do relacionamento perfeito. Essa é a diferença básica entre paixão e amor. A paixão funda-se em projeções e idealizações. O amor tem suas bases no que é real. Quanto mais a pessoa diferenciar as idealizações da realidade, mais saudável será nos relacionamentos.

Da tolerância à frustração

Não é fácil decepcionar-se com as pessoas, sobretudo, aquelas que nos juraram amor eterno e incondicional. Nesse sentido, o desenvolvimento de um relacionamento saudável dependerá da capacidade dos envolvidos de lidar com frustrações, e assim aprender a lidar com as próprias feridas e também as dos outros.

Quando, num relacionamento, as pessoas não suportam as frustrações, entra em jogo a relação de poder, e o relacionamento se transforma em uma competição do tipo “quem manda mais” ou “quem (se) machuca mais”. Aqui, cabe uma máxima do psiquiatra suíço C. G. Jung: “Onde impera o amor não há desejo de poder. Onde há desejo de poder não há espaço para o amor. Um é a sombra do outro”.

A tolerância à frustração faz com que o relacionamento se torne resiliente e não sucumba a qualquer vento. É também a base para o perdão, sem o qual nenhum relacionamento sobrevive.

Leia mais:
.: Deixar de sentir-se amado: a quarta insegurança de muitos casais
.: A comunicação eficaz num relacionamento
.: Existe desilusão amorosa em um verdadeiro amor?

Respeitar as individualidades

Livre da imagem idealizada e absorvida pela frustração, é hora de reconhecer o outro pelo que ele é. Uma pessoa saudável em seus relacionamentos sabe que cada pessoa é única e não está condicionada aos seus “achismos” nem aos seus mecanismos de controle. Um relacionamento saudável dá espaço para que a pessoa seja ela mesma, que tenha liberdade para colocar em prática seus dons, praticar seus hobbies e, principalmente, relacionar-se com outras pessoas.

Respeitar a individualidade do outro não significa aceitar o seu individualismo, quando este se fecha em seu mundo particular ou, no oposto, quando quer uma relação demasiada aberta e sem responsabilidades. O bem-estar de um relacionamento depende de equilíbrio, sabendo a hora de ceder e de opor-se, mas sempre com o pensamento de que o outro não é uma “propriedade” minha nem deve ser aquilo que eu acho que ele deve ser.

Respeitar as individualidades também significa não instrumentalizar o outro, ou seja, a pessoa nunca pode ser um meio para que eu tenha meus prazeres individuais satisfeitos. Quando, num relacionamento, as pessoas se usam mutuamente para atingir seus prazeres, há aí uma dinâmica perversa e patológica que certamente terminará em tragédia.

Tempo e paciência

Não existe varinha mágica que transforme uma relação da noite para o dia. Muitas vezes, quando nos vemos envoltos em imaturidades – sejam nossas ou dos outros – é preciso paciência e tempo. Se você tem 30 anos hoje e olhar para os relacionamentos de quando tinha 15, certamente verá que não são (ou pelo menos não deveriam ser) os mesmos. Isso porque relacionamentos sadios são fundados em uma personalidade sadia, coisa que só os anos e a experiência de vida pode levar à excelência.

Sem sombra de dúvida, o tempo é o melhor amigo de um relacionamento. Geralmente, relacionamentos saudáveis sobrevivem às provações que os anos lhes impõem. O tempo também permite que corrijamos certas imperfeições que foram desgastando um relacionamento verdadeiro, isso se tivermos a coragem de enfrentar a difícil tarefa de amadurecer. Por outro lado, o tempo é cruel com quem estaciona. Não é difícil nos depararmos com pessoas que ficaram presas em suas mazelas. São como aquelas placas de estalactite formadas por gotejamento de água nos interiores das cavernas, do qual se tornam uma espécie de rocha de calcário com o passar dos anos. As pessoas que não se deixam moldar pelo tempo são castigadas por ele, transformando-se em estruturas rígidas impossíveis de correção.

Se você se identifica com alguns desses passos acima e, de certa forma, já está colocando-os em prática nos seus relacionamentos, pode se considerar uma pessoa que caminha para o sucesso nessa aventura de ser para o outro.

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Confira sete reflexões para o começo de uma vida a dois

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Dicas sobre a vida a dois

Em nossa sociedade, voltada exclusivamente para o trabalho e a produção econômica, as relações humanas só ganham relevância se dizem respeito ao mercado de trabalho ou o afetam. A consequência disso é termos conteúdo e formação para praticamente tudo, menos para o relacionamento da vida a dois.

-Confira-sete-reflexões-para-o-começo-de-uma-vida-a-dois-Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Assim, as experiências de namoro, noivado e casamento são submetidas sistematicamente a erros e descobertas individuais, e as catástrofes se seguem. Simplesmente não criamos nem sustentamos, enquanto cristãos, uma sabedoria de vida a dois que possa ser disseminada e ajudar outros irmãos a viverem esse maravilhoso sacramento de união.

Depois de 17 anos nesta linda e exigente aventura do verdadeiro universo que é o matrimônio, listo sete pontos que devem ser refletidos e podem servir de guia para os jovens casais viverem um pouco melhor os primeiros anos:

1 – Depois de dez anos, melhora muito!

Começo por aqui, pois ouvi isso de uma madrinha sábia no dia do meu casamento e comprovei na prática. O matrimônio, assim como toda construção espiritual, é como uma árvore: leva tempo para fixar raízes, crescer, sobreviver a ventos e tempestades, formar copa e dar frutos. A chave é sempre a constância e a persistência, ou como dizemos no próprio rito do matrimônio: recebe essa aliança em sinal do meu amor e da minha fidelidade!

Amar quando não se quer amar, ser fiel e constante nas pequenas coisas é muito difícil nos primeiros anos de casamento, tanto que as estatísticas todas comprovam que o grande número de divórcios ocorre nesse período. Lembre-se sempre: não existe árvore forte e bem formada com menos de 10 anos de idade. Esteja alerta! Depois do encanto inicial, seu casamento passará por diversas provações. Fique firme. Se preciso, procure ajuda, não se esqueça de que a promessa foi “para sempre” e que, depois de dez anos, melhora muito!

Para minha e sua alegria, recentemente minha madrinha me disse que, depois de 20 anos, é melhor ainda! Logo vou ver.

2 – Você vai ter que conviver com pequenos defeitos

Quem fez o certo e começou escolhendo, com cuidado, com quem se casar, automaticamente livrou-se de grandes problemas. No entanto, não se anime, os pequenos defeitos do cônjuge vão continuar existindo e, com o tempo, eles irritam demais. É a torneira pingando, a toalha molhada em cima da cama, a roupa jogada, a tampa do vaso abaixada, o resto de comida na pia, o conserto que nunca é feito e uma infinidade de pequenas queixas que já ouvi de vários casais diferentes, e que são insignificantes para quem não vive a situação no dia a dia. Quando é na vida dos outros, a gente ri.

Esses pequeninos deslizes, somados aos problemas próprios do trabalho, da casa, da vida, causam verdadeiras brigas entre os casais. Cuidado! Sobreviva a isso também. Com o tempo (olha ele aí de novo!), você percebe que também faz e desfaz um monte de coisas que irritam o seu cônjuge, e que, para você, parecem insignificantes. Por amor, mude o que vocês conseguir mudar. Aquilo que você não conseguir mudar em você vai lhe servir sempre de alerta para perdoar o que o outro não conseguiu mudar nele também.

Perdoe e releve. Essas “coisinhas” não são defeitos de caráter, são deslizes de comportamento e hábitos. Muitos casais se separam, porque não conseguem conviver com esses pequenos (e irritantes) conflitos; depois, percebem que foram exigentes demais. Escuto, com frequência, de pessoas que estão em segundo e terceiro casamento, que agora eles não dão tanta importância aos pequenos defeitos, e (pasmem) vários relatam que o cônjuge atual é mais difícil de conviver que o anterior.

3 – Suas decisões afetam os dois

A partir do matrimônio, qualquer decisão individual afeta sempre os dois. Não se iluda, o “eu” foi e precisa ser substituído pelo “nós”. Partilhe, pergunte, fuja da presunção de ser o dono da verdade. Num casamento, ninguém deve se sentir diminuído, porque precisa compartilhar decisões. Com o tempo e a intimidade do casal, cada vez mais você ouvirá: “Pode fazer o que você achar melhor!”. Isso é conquista, não imposição.

Decidir as coisas sozinho, se não for ocasião de erro, pode criar muita mágoa. Uma hora, tudo vem à tona e fica claro que o outro se sente como assistente, sem importância, ou, o que é pior, um mero objeto. Além de tudo isso, o ditado popular é claro: duas cabeças pensam melhor que uma! Comece a reparar que, quando você decide sozinho, pode estar embutido aí um medo de que sua vontade não seja feita, um sentimento de inferioridade, de rejeição ou de que você não vai ser ouvido. Pode ser também por medo de conflito e, se o medo for real, é melhor investir mais no diálogo antes de passar para as decisões.

Entra, nesse quesito, também a relação com o dinheiro. Meu dinheiro, seu dinheiro ou um único cônjuge controlando todo o dinheiro e “distribuindo” é um passo certo para problemas. O assunto é amplo demais para ser tratado aqui, mas se lembre: “sereis uma só carne” trata de decisões, de vida e de tudo que influencia na vida, inclusive o dinheiro.

4 – Não esqueça que sua sogra é a minha mãe

Se as diferenças entre os cônjuges já são difíceis de superar nos primeiros anos, o que dizer das diferenças com a família dele? Os problemas de relacionamento são tão grandes, que as milhares de piadas sobre “sogra” exemplificam bem a questão. Quando não são bem administrados, vários casamentos acabam ruindo por essas intromissões “bem intencionadas” dos pais e parentes.

No matrimônio cristão, não é necessário que você se torne íntimo de todos os parentes de seu cônjuge, mas respeito é fundamental. Além de respeitar e ter uma boa convivência com seu sogro e sogra, na ausência deles, as queixas e reclamações sobre eles precisam diminuir ao máximo, pois isso machuca muito o filho deles, ou seja, a pessoa com quem você se casou.

As divergências de opinião são naturais, as criações foram diferentes e, por vezes, perdemos a paciência. Até onde ir, então, com os comentários? Em casa, usamos uma expressão que serve de aviso para quando o outro está passando dos limites: lembre-se de que sua sogra é a minha mãe! Isso sempre encerra o assunto, porque, se as sogras, infelizmente, gozam de má reputação, todas as mães são santas. Busquemos, portanto, honrar o pai e a mãe de nosso cônjuge, como fazemos com os nossos.

5 – Amor e sexo

Na vida matrimonial, a compreensão e a vivência dessas duas realidades são bem diferentes entre o casal. Passado o primeiro ou os primeiros anos de “lua de mel”, um abismo começa a se formar simplesmente por expectativas e experiências diferentes relativas ao que é amar e se sentir amado, e como ter relações sexuais que permitam que os dois se sintam realizados.

Sobre as diferentes percepções do amor pelos homens e pelas mulheres, temos vasta literatura que precisa ser consultada. Faz bem entender que o outro pensa e sente diferente de você; e não é porque deixa de demonstrar os sinais de amor que você entende como corretos, que ele não ama você. Já sobre sexo, preciso dar algumas indicações, mas como o assunto é amplo demais, faço somente um alerta: procure responder com sinceridade; depois, vá para um território neutro (ou seja, longe de sua casa), em que possam conversar sobre esses dois tópicos de maneira amigável.

Para elas

Será que a frequência com que as relações sexuais ocorrem está correta? De modo geral, as mulheres se contentam com menos e os maridos sempre querem mais. A rotina, os trabalhos e filhos também prejudicam essa percepção.

Lembre-se de que, além da geração de filhos, a Igreja ensina que a relação sexual tem o importante papel de fortalecer a união do casal. Longos períodos sem sexo, a não ser que seja de comum acordo, prejudica muito a estabilidade do casal e deixa o marido ressentido com razão.

Leia mais:
::Não amo mais o meu cônjuge. E agora?
::Deixar de sentir-se amado: a quarta insegurança de muitos casais
::Quero ter mais filhos, mas meu cônjuge não quer. O que fazer?
::Como chegar à maturidade sexual no casamento?

Para eles

O sexo não se tornou somente uma válvula de escape para outras situações da sua vida? Cuidado para não começar a usufruir de sua esposa como um objeto de prazer. É difícil para o homem entender que, se a mulher não se sente amada, o sexo se torna uma terrível obrigação. Assim, invista em deixar claro que a ama de diversas e diferentes maneiras, de tal forma que a relação sexual seja um coroamento de todo esse amor que você sente por ela.

Os homens que deixam de lado o “eu te amo” sincero e, alguns até o “bom-dia”, verão as relações sexuais com sua esposa diminuir até a raridade. É incrível que o namorado atencioso e criativo, doce e romanticamente grudento ao limite seja substituído pelo marido indiferente, que pensa ter o direito a uma relação sexual, pois é casado e está com vontade. Você se esqueceu como você era? Ela não.

6 – Os filhos são bênçãos

Existem duas opiniões correntes e certas: ser pai e mãe é muito difícil, e ser avô e avó é maravilhoso. Em outras palavras, filhos dão trabalho e os netos são pura alegria! Estranhamente, as pessoas repetem essas frases, mas não raciocinam que nunca serão avós se não forem pais antes, e acabam aderindo à opinião geral de que é melhor não ter filhos ou, infelizmente, no caso dos cristãos, ter o mínimo de filhos possível. Será?

Em casa, fizemos a opção de ter filhos cedo. Confesso que foi enlouquecedor ter três bebês com diferenças de idade de quase dois anos. Também foi fatigante três crianças, e tenho descoberto novos e insondáveis limites de paciência com três adolescentes, mas, quando olho para trás e para frente, tenho gostado do que vejo.

O que posso dizer aos jovens casais é para que não tenham medo. Não parem na opinião corrente dos que tratam os filhos como despesa e problema, sobretudo, não se furtem à possibilidade de ser avô/avó. Para ter uma casa cheia de netos, você precisa começar com os filhos. Acreditem que Deus estará sempre ao seu lado e que não existe ninguém mais fiel.

7 – Viva em santidade

Por último, o mais importante: vivam com Deus. Se cada um fizer o firme propósito de cumprir o mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas, não há nada que possa destruir o casamento. Aliás, Jesus transformou a mera união de duas pessoas em sacramento com esse objetivo: ao amarmos aquele que vemos, possamos finalmente amar Aquele que não vemos.

Isso faz do sacramento do matrimônio um treino de santidade e entrega. Entrega àquele que amamos, para que, Aquele que nos ama mais que nós a nós mesmos, possa se entregar completamente a nós e, assim, saibamos corresponder.

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Como viver a castidade no tempo de noivado e casamento?

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É necessário viver a castidade no casamento?

Viver a castidade é um desafio muito grande, que só é possível com a graça de Deus e a firme decisão do casal. Algumas pessoas acreditam que essa é uma regra arcaica da Igreja, sem um sentido convincente. É importante esclarecer que castidade não é abstinência. Para os solteiros, a castidade comporta também a abstinência sexual, mas não é essa a finalidade dessa virtude.

Como-viver-a-castidade-no-tempo-de-noivado-e-casamento Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Como viver a castidade no noivado

A castidade, por ser uma virtude, é conquistada com decisão, autocontrole, mortificação, vida de oração e perseverança. O diálogo é fundamental na luta em viver o belo desafio de conhecer o outro na sua totalidade. A castidade começa no olhar, no pensar e sentir.

A pessoa precisa compreender que ela deve ser verdadeira com si mesma. De que adianta não ter relação sexual com a namorada, mas se masturbar depois para “aliviar” o desejo? Por isso, se você cair, não tenha vergonha de buscar o sacramento da confissão para recomeçar a luta em busca da santidade. Não viva um fingimento, mas procure ajuda.

O desafio não termina com o casamento

Durante o namoro e o noivado, somos treinados a conquistar essa virtude, porém a castidade não acaba quando o casal recebe o sacramento do matrimônio. A maneira de viver é diferente, pois não se tem a abstinência sexual, a não ser em caso de doenças, problemas na gravidez e resguardo.

A popular frase “tudo é válido entre quatro paredes” não convém a um casal cristão. De fato, “tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1 Cor 6,12). O cônjuge não é um objeto sexual no qual se faz o que quer, do jeito que quer e quantas vezes quiser. A pessoa tem uma história, sentimentos, medos, feridas e receios.

Quando um dos cônjuges exige que o outro use de fantasias ou produtos eróticos para uma satisfação sexual, ele está ferindo completamente a castidade, pois a relação sexual não está acontecendo com a pessoa em si, mas com as fantasias criadas. O respeito para com o outro é a base para um casamento saudável e cristão. Só é capaz de viver a castidade quem vive a fidelidade.

Fidelidade

Doutor em Teologia Moral e Pós-doutor em Teologia Moral e Familiar, Rafael Solano afirma que, antes de se falar de castidade, é necessário falar de fidelidade. A pessoa entende que a fidelidade não está somente em não cometer adultério, essa é a ponta do iceberg, mas ela passa pelos relacionamentos de amizade, profissional, no jeito de olhar, falar, comportar-se em tudo. Quando o casal vive a fidelidade nesses aspectos da vida, consegue compreender a beleza da castidade matrimonial.

Quando eu namorava, meu esposo estava enfrentando os impulsos sexuais, que são saudáveis e bons. Fui procurar, então, um casal de amigos para perguntar se, de fato, eu conseguiria viver a castidade. Tínhamos um ano de namoro, e faltavam três anos, pelo menos, para nos casarmos.

Sabiamente, o nosso amigo nos disse: “Eu só aprendi a razão de a Igreja orientar os casais de namorados a viverem a castidade quando minha esposa ficou grávida e teve de fazer repouso absoluto, porque era uma gravidez de risco. Nós ficamos um ano sem relação sexual, porque logo depois do neném nascer, teve o resguardo. Foi, então, que eu parei e refleti. Se eu não tivesse sido treinado no namoro, será que eu daria conta de viver com fidelidade a castidade nesse tempo?”.

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Essa resposta deu um sentido diferente para mim, pois foi, a partir desse diálogo, que eu fui pesquisar com profundidade o que a Igreja, São João Paulo II fala, na Teologia do Corpo, sobre castidade. Apaixonei-me ainda mais pelo desafio que me era proposto. Portanto, vive-se a castidade no namoro e no casamento com decisão, autocontrole, mortificação, vida de oração e perseverança.

Deus abençoe o seu desejo em experimentar um autêntico amor.

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Adultério virtual: quando a internet se torna um perigo no relacionamento

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A internet tornou-se uma ferramenta fácil para proliferar o sexo virtual e o adultério de coração

Adultério significa infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério. O sexto mandamento e o Novo Testamento proíbem absolutamente o adultério. Os profetas denunciam sua gravidade. Veem no adultério a figura do pecado de idolatria.

O Catecismo da Igreja ensina

“O adultério é uma injustiça. Quem o comete falta com seus compromissos. Fere o sinal da aliança, que é o vínculo matrimonial; lesa o direito do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos, que têm necessidade da união estável dos pais. (n. 2381).

-Adultério-virtual:-quando-a-internet-se-torna-um-perigo-no-relacionamento-Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

No Sermão da Montanha, Jesus deixou claro que o adultério cometido por uma pessoa não é somente a realização de um ato sexual com outra pessoa, que não é seu cônjuge. É mais do que isso. Ele condena o adultério de desejo: “Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,27).

A gravidade desse ato está no utilitarismo sexual, que resulta no hedonismo e no pecado da concupiscência, que transforma a outra pessoa num objeto de prazer. O adultério de desejo revela um fato no interior da pessoa, ou seja, é desejá-la não como o fim de suas intenções, mas como meio. O adultério no coração acontece, porque a pessoa decidiu interiormente utilizar o outro para sua satisfação egoísta.

Avanço tecnológico

A internet tornou-se uma ferramenta fácil para proliferar o sexo virtual e o adultério de coração. Isso começou pelo uso do telefone há bastante tempo; algumas agências até se especializaram em oferecer esse tipo de atividade com moças e rapazes de programa, contratados para isso. Foram os famosos “teles”: telefantasia, tele-erótico, telessexy, telegay… Enfim, telepecado.

A internet superou tudo isso! Primeiro, por causa da privacidade, comodidade e forma anônima com que oferece a fantasia; segundo, porque quase sempre é “gratuita”. A luxúria está globalizada pela internet. Explora-se comercialmente aquilo que é imoral, que atenta contra a dignidade do ser humano, transformando-o em um meio de prazer e lucro.

Assista:

 

Tenho recebido e-mails de esposas que se desesperam quando pegam seus maridos vendo sites pornográficos. A tentação é enorme e a facilidade é muito grande. Outros se enveredam pelos “chats” variados e acabam se complicando. Uma forma de adultério virtual é o que acontece com a pornografia oferecida pela internet. Quem busca uma satisfação sexual pela pornografia virtual está cometendo o pecado de adultério de coração, como explicou Jesus.

A atividade sexual virtual pela internet pode se transformar em vício; e o pior de tudo é que, muitas vezes, leva ao pecado da masturbação, fornicação, adultério ou mesmo uma vivência sexual pervertida com o cônjuge. Os “chats” se transformaram, para muitos, em um meio de viver um adultério virtual, “seguro” e barato.

O Catecismo da Igreja Católica é bem claro ao afirmar:

“A pornografia (…) ofende a castidade, porque desfigura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes e público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um modo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos” (CIC § 2354).

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O que leva um homem ou uma mulher a buscar o adultério de coração pela internet?

Uma das razões pode ser a carência no relacionamento com o cônjuge, a falta de uma harmonia conjugal e, principalmente sexual. Numa situação dessa, se a pessoa não tem uma vida espiritual forte e permanente, facilmente pode enveredar pelo adultério virtual, pela pornografia e sites de conversas.

Jesus deixou-nos a receita básica para vencer qualquer pecado, também o adultério virtual: vigiai e orai. Estar sempre em estado de oração, com a alma sempre ligada a Deus, sempre suplicando ao Senhor o auxílio de Sua graça para não cair na tentação. “Não nos deixeis cair em tentação…”. “Mosca só assenta em prato frio”; então, não deixe sua alma esfriar pela falta de oração, comunhão, meditação da Palavra, oração do terço etc.

Em segundo lugar, é preciso vigiar. Fugir das ocasiões de pecado é uma fuga heroica. Se você não se controla diante da internet e do sexo virtual, então deixe de acessar a internet em seu computador ou celular, enquanto não aprender a se dominar. Ou, então, diante do computador, reze e prometa a Deus não acessar um site de pornografia ou de relacionamento perigoso por amor a Jesus, que, para salvá-lo, morreu na cruz. Só por amor a Deus podemos deixar de vez o pecado, nunca por medo d’Ele. Escreva sob a tela do monitor do seu computador: “Eu não vou pecar hoje, por amor a Jesus, pois Ele merece isso”.

E se eu cair?

Levante-se imediatamente. Não fique nem um minuto na lama do pecado. Peça perdão a Deus e prometa confessar-se tão logo seja possível. Sim, é importante a confissão, para que a graça divina lhe dê o perdão e a força para não voltar ao pecado de adultério virtual. O cristão tem que viver a castidade, porque é lei de Deus; e isso só será possível se fechar as janelas da alma (olhos, ouvidos, boca, nariz e mãos) para tudo o que o excita e traz o pecado para seu interior. Com a graça de Deus e a força de vontade, isso é possível.

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É possível viver um namoro à distância?

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Casal que vive o namoro à distância testemunha sua experiência

Eu sou José Rafael da Silva, tenho 24 anos, sou formado em Publicidade e Propaganda e moro em Cachoeira Paulista (SP).

Meu nome é Gabriela Soares Ferrari, tenho 19 anos, sou estudante de Nutrição e moro em Mogi Guaçu (SP).

Namoramos há três anos. Antes disso, vivenciamos seis meses de discernimento, pois, além da distância de 300km, eu, Gabriela, nunca havia namorado. Portanto, havia muita insegurança por minha parte e pressão da minha família, justamente por eu ser inexperiente em relacionamentos e ser a caçula. O Rafael teve um papel muito importante no início, que foi a persistência e paciência. Ele sempre me passou confiança; com muito respeito, ele me cobrava, não de forma negativa, mas para eu tomar uma atitude em relação a nós.

-É-possível-viver-um-namoro-à-distância?-Foto: Arquivo pessoal

Rafael – No nosso relacionamento, buscamos, a cada dia, viver conforme aprendemos e pensamos ser um namoro sadio para um casal que tem sua fé católica. A confiança no namoro é primordial, pois temos um relacionamento à distância e não estamos juntos o tempo inteiro, para sabermos o que o companheiro está fazendo ou deixando de fazer.

Confiar no outro

Eu nunca proibi a Gabriela de sair com as amigas dela ou fazer o que ela gosta; até porque, ela tem discernimento e sabe que não é só porque o namorado não está perto, que pode agir como solteira. Assim como eu ajo da mesma maneira para com a pessoa dela, pois temos confiança um no outro.

Fidelidade não é novidade para ninguém, todos sabem que em um relacionamento é necessário ser fiel. A partir dela, você passa confiança para seu companheiro viver bem o relacionamento. Com a confiança que temos, nós nos propusemos a ser totalmente verdadeiros um com o outro. Eu e a Gabriela nos cobramos para sempre sermos totalmente abertos e dialogar sobre aquilo que nos faz bem, e também sobre certas atitudes, que, às vezes, nos magoam. Se temos a intenção de um dia chegar ao matrimônio, precisamos colocar em prática, desde já, o estar juntos nos bons e maus momentos.

Presença de Deus

Gabriela – Nosso namoro sempre esteve ligado à oração, lembro-me de que, quando o Rafael me pediu em namoro, ele propôs que fosse um triângulo amoroso: eu, ele e Deus. Um exemplo que nos define é o presente que ele me deu quando completamos três anos juntos: um quebra-cabeça com a nossa foto, dizendo que nossas partes se completam e juntos formamos um ao outro. Ele deu também um porta retrato, que significava a presença de Deus em nossa vida, porque um quebra-cabeça pode se desencaixar diante de uma tribulação. Mas Deus é essa segurança, que nos deixa firmes e não “desencaixa” o nosso quebra-cabeça.

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A distância

Rafael – Não vou dizer que é fácil um namoro à distância, porque não é! As dificuldades são grandes, pois a saudade, muitas vezes, é torturante, principalmente quando eu sei que a Gabriela não está bem. Queria poder estar com ela, fazer um carinho, realmente poder fazê-la se sentir melhor. Ela também tem esse amor, esse cuidado comigo. A saudade é muito difícil! Há também a questão financeira, e eu me esforço para ir, ao menos, uma vez por mês na casa dela, para passarmos um tempo juntos.

Gabriela – Eu vejo o quanto o Rafael se esforça para estarmos juntos. Por isso, tenho consciência de que ele tem seus gastos, as contas dele para pagar. Reconheço e o admiro por isso. Eu busco fazer o que posso também, para, nas oportunidades, visitá-lo.

Rafael – A partir do conhecimento, nós fomos percebendo que podemos nos ajudar. Gabriela me ajuda e ensina muito na vida de oração, ela está sempre nos motivando a buscar Deus. Posso dizer que ela é a pessoa que me leva mais para Ele, e eu também me esforço para ser o mesmo canal para ela. O que é importante em um namoro cristão.

Namoro é tempo de conhecimento, e em um relacionamento à distância é preciso saber aproveitar os momentos que estamos juntos, para convivermos e nos conhecermos. Conversamos muito. Tem horas que é preciso ter humildade diante de um desentendimento, saber reconhecer o erro e pedir perdão.

Buscar sempre surpreender

Gabriela – Vale lembrar a importância que as surpresas têm no nosso relacionamento, isso faz com que nosso amor se renove e não caia na rotina, deixando que fique morno. As surpresas não são necessariamente “grandes coisas”; uma simples carta escrita à mão faz toda a diferença, o que o Rafael sempre faz. Ele é muito criativo, sempre faz alguns recadinhos para me lembrar o quanto me ama.

Em datas comemorativas, ele procura fazer alguma surpresa “com as próprias mãos”. Acho que isso torna tudo mais especial, pois ele se dedicou a pensar e desenvolver aquilo. E, é claro, eu também faço surpresinhas para ele. Mas ele sempre me surpreende com muita criatividade!

Rafael – Acho que o nosso relacionamento se resume a quatro coisas: amar, fazer o outro feliz, sonhar e orar. Nós buscamos aproveitar, de fato, no tempo que temos, a presença um do outro, viver o presente. Sempre sonhamos muito, pensamos no nosso futuro, em constituir uma família. Acho que isso é importante, planejar o futuro, o matrimônio, pois namorar só por namorar, não tendo a meta de um futuro casamento, é um namoro sem sentido.

Gabriela – Amá-lo é algo que me faz feliz. Sou realizada quando o faço sorrir. E assim nós entregamos a Deus nosso futuro, pedimos a intercessão de Nossa Senhora e confiamos que tudo já está preparado para que, um dia, com a Graça de Deus, alcancemos o matrimônio.

Gabriela Ferrari e José Rafael da Silva

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Como saber se vivo um namoro abusivo?

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Você sabe o que é e como acontece um namoro abusivo?

O namoro é compreendido como um tempo em que os apaixonados se conhecem mutuamente, a fim de alcançar uma maior consciência de si e do outro antes de um compromisso definitivo. Muitas vezes, no entanto, essa paixão pode se transformar numa necessidade de controle e domínio sobre a outra pessoa. É aí que surgem os ciúmes doentios, as brigas intermináveis e, em casos extremos – mas não raros –, a violência física e psicológica.

-Como-saber-se-vivo-um-namoro-abusivo-Foto: stock-eye

Em termos gerais, um namoro pode ser considerado abusivo quando o indivíduo perde a sua liberdade e espontaneidade em decorrência da imposição ou intimidação de um dos pares. Por exemplo: se uma moça precisa se distanciar do seu círculo de amigos, porque o namorado simplesmente é ciumento, estamos diante de um mecanismo de controle de um pelo outro. Quando, então, o relacionamento começa a anular a liberdade de um, estamos diante da instrumentalização da pessoa.

Sinais de um namoro abusivo

O relacionamento abusivo pode apresentar diversos sinais, mas todos eles possuem um padrão comum de manipulação e necessidade de controle. O mais comum nos relacionamentos é o ciúme excessivo.

Por ciúme entendemos o temor de perder a pessoa amada para um terceiro, tendo como comportamento reativo a este medo a preocupação constante e exagerada, desconfianças infundadas, comportamentos extravagantes acompanhados de crises de raiva, tristeza, ansiedade e uma compulsividade em checar a vida do parceiro, “bisbilhotando” ou até mesmo invadindo a vida pessoal como checagem de seu perfil nas redes sociais, registro de ligações de celular, conversas no WhatsApp e, em casos extremos, seguir a pessoa para ver se “confirma” uma possível traição.

No fundo, a pessoa ciumenta apresenta um alto grau de baixa autoestima e um sentimento de insegurança emocional que, na maioria dos casos, tem sua origem na negligência de afeto dos pais na infância.

O abuso pode aparecer sobre forma de imposição de ideias ou pensamento, quando a pessoa se considera sempre certa, nunca cede, não admite erros nem pede perdão, pois isso é visto por ela como sinal de fraqueza; nunca vê as qualidades e virtudes do outro, nunca reconhece, elogia nem motiva o parceiro, há uma necessidade de ser o centro das atenções no namoro.

Há ainda o tipo manipulador-sarcástico, em que as histórias do parceiro nunca batem, são permeadas de fantasias e discrepâncias, ele está sempre com uma conversa envolvente para conseguir o que quer.

Violência

Por fim, falamos da violência no namoro, que se manifesta de forma física, verbal ou psicológica. É marcado por troca de agressões, ameaças, xingamentos, constrangimentos (muitas vezes em público) e intimidações. A dinâmica desse relacionamento é em forma de ‘montanha russa’. O parceiro tem picos de fúria, seguido de agressões verbais e físicas, mas, depois, se mostra arrependido, faz juras de amor, promete nunca mais fazer novamente; mas, infelizmente, volta a fazer.

É muito comum, no atendimento a mulheres casadas que sofrem violência, perceber que já no namoro o parceiro dava claro sinais de agressividade, mas que sempre se mostrava arrependido e prometia mudar. Diante de tais promessas e no medo de permanecer sozinha, muitas seguiram adiante no relacionamento e descobriram, no fundo, um marido perverso e manipulador.

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Quais as consequências de um namoro abusivo?

As consequências são diversas, desde um trauma psicológico até uma violência física. No caso de uma pessoa que apresenta comportamento de ciúme doentio, haverá também sofrimento por parte deste abusador, visto que as crises de ciúmes desencadeiam vários fatores de sofrimento emocional e físico, provenientes da ansiedade, como taquicardia, sudorese e palpitações. Nesse caso, é preciso uma ajuda profissional, mas o sofrimento maior ficará por parte da pessoa que está “cativa”.

A sensação de aprisionamento, de insegurança e medo aparece como uma violência psicológica. Se a pessoa não tem a maturidade e o apoio necessário para encerrar esse relacionamento, pode desenvolver transtornos psíquicos como pânico, transtorno de ansiedade generalizado, crises de estresse, fadiga e doenças psicossomáticas, além dos prejuízos sociais no trabalho, na escola e o distanciamento da família ou círculo de amigos.

O relacionamento abusivo por si só deixará uma ferida psicológica que deverá ser elaborada para que a pessoa possa adentrar de forma mais saudável em um outro relacionamento.

O que leva uma pessoa a permanecer em um relacionamento abusivo?

Infelizmente, muitas pessoas não conseguem sair ou se dar conta de que estão envoltas nesse mecanismo, ainda que esteja lhe causando certo grau de sofrimento. É muito comum encontrarmos homens e mulheres que possuem um histórico de relacionamento marcados por desejo de controle ou serem controlados.

Na maioria dos casos, as pessoas que se deixam controlar por outras também estão comprometidas psicologicamente, seja porque o parceiro lembra uma figura autoritária como o pai ou a mãe, ou por simples medo de permanecer sozinha e não conseguir um companheiro para apresentar ao seu círculo social.

Muitas mulheres, por exemplo, por causa de uma pressão social de que “precisam se casar”, acabam se sujeitando a todo tipo de abuso no relacionamento para sustentar uma falsa imagem de que “mulher realizada é mulher casada”. Na maioria dos casos, essa pressão social funciona como uma armadilha que atrai homens neuróticos e controladores.

Como sair de um relacionamento abusivo?

Em primeiro lugar, é preciso perguntar: “Você se sente seguro neste relacionamento? Você se sente livre e respeitado já no namoro?”. Se a resposta for ‘não’, procure colocar em uma lista os motivos de sua insegurança neste namoro, verifique o seu grau de sofrimento e não tenha medo de terminar o relacionamento se detectar que você está preso neste mecanismo de controle.

Um forma de perceber se esse relacionamento está no caminho certo é constatar se ele o aproxima ou afasta das pessoas que você ama, como familiares e amigos. Esse é um bom termômetro. Se mesmo assim estiver difícil de terminar ou se, ao menor sinal de término, você sente medo dele(a), das possíveis consequências, procure ajuda de amigos ou familiares.

Tenha em mente que namoro e noivado não são casamento, que você está num período propício de conhecer alguém a quem se entregará para o resto da vida. O namoro saudável é aquele que o deixa livre para fazer suas escolhas e contribui para a sua autonomia e amadurecimento enquanto pessoa, justamente, porque é com essa liberdade que você dirá ‘sim’ no altar. O amor só pode ser concebido nessa dinâmica da liberdade, caso contrário, estamos mentindo para os outros e para nós mesmos.

Como dizia o psicólogo suíço Carl Gustav Jung: “Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro”.

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Traumas da infância podem afetar a vida matrimonial

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O que não foi curado na infância pode trazer problemas futuros

O primeiro homem da vida de uma mulher é seu pai; assim como na vida de um menino, a primeira mulher é a mãe. Tudo, absolutamente tudo que estiver mal resolvido nessa relação, desde a infância, afetará diretamente o matrimônio. Se uma mulher guardar mágoa, raiva, ressentimento de seu pai, vai projetar tudo isso, inconscientemente, no seu marido.

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Foto: Crédito:PeopleImages

Se uma criança pensar que o pai não presta, que é mau, bruto, trai e faz a mãe sofrer, vai se fechar na capacidade de amar os homens. Como consequência, na vida adulta, ela não consegue amar plenamente o marido. E assim começa um novo ciclo: desamor, mágoa, traição, e a história se repete e poderá se repetir por várias gerações.

Se sua história está repetindo o modelo negativo da história de seus pais, é preciso fazer algo, é preciso quebrar esse ciclo. Como? No vídeo abaixo você encontrará caminhos:

Confira:

 

Ora, não nascemos de pais perfeitos, pais ideais, eles também tem suas histórias, seus pontos vulneráveis e, consequentemente, seus erros. Para consertar o presente, precisamos, muitas vezes, voltar ao passado, se não, andamos para os futuro de costas; tropeços e quedas serão inevitáveis. Amar quem não o amou pode abrir muitas “gavetas” no cérebro que estavam trancadas há anos, e isso fará toda a diferença no casamento.

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Se você, realmente, quiser curar sua história, saiba que não é fácil. Fácil é repetir os modelos que já estamos acostumados, não precisa mudar nada, é só continuar igual a sua mãe, vó, bisavó… Já pode imaginar como será o futuro de seus filhos, netos, bisnetos, e a infância deles.

Quebrar a repetição das coisas negativas exige esforço. Talvez você precise fazer coisas que jamais imaginaria. Você, por exemplo, estaria disposta a dar colo para um filho, fruto da traição do seu marido? Pois bem… Acompanhe o vídeo acima.

Adriana Potexki
Psicóloga, terapeuta certificada pelo EMDR Institute

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Namorar ou ficar?

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Seja curado por seu relacionamento e não destruído por ele

Quem ama de verdade quer compromisso, e para isso existe o namoro, um tempo de conhecimento, identificação de ideias e troca de afetos, para assumir com a pessoa amada um sacramento para toda vida.

Ultimamente, temos presenciado uma liberalidade e relativização de muitos conceitos de moral e ética que deturparam a mentalidade, principalmente dos jovens na área afetiva e sexual. Os namoros são desregrados e sem o sentido do amor verdadeiro. Tudo é válido pela busca do próprio prazer.

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Foto: Wesley Almeida / cancaonova.com

Surgiu, então, o “ficar”! Comportamento de quem namora sem assumir a essência de um relacionamento: o compromisso.

Por que, então, não se deixar levar por essa onda? Primeiramente, porque essa prática é contrária aos princípios cristãos e ao sentido pleno da existência humana. Fomos criados para amar e não para viver o egoísmo.

As pessoas aprendem a qualificar as outras por padrões pré-fixados, seja pela mídia, por modismos ou status. Beleza física, condição social, influência que a pessoa possui etc. Isso os faz parar nas primeiras impressões a respeito dos outros. Não existe a amizade, só o interesse de um tempo que o faz olhar somente para o exterior dos outros, como se fossem um produto. Deixa de existir a oportunidade de um casal aprender a se amar pelas diferenças, pelos erros e pela capacidade de perdão. Também não há espaço para mostrar feridas e defeitos, pois o que conta é o que o outro aparenta de melhor.

Outro ponto é quando os padrões saem da concepção própria e são influenciados pela opinião dos amigos. Um exemplo, é deixar de estar com alguém que se está aprendendo a amar pela não aceitação do seu círculo de amizades. Ou então, querer “ficar” com alguém popular ou com o maior número de parceiros, para causar boa impressão no grupo. Isso também não é positivo.

Há também a dimensão do orgulho e da vaidade. Os dons e qualidades de um ser humano são colocados à disposição da sensualidade e da sedução.

O que a Palavra de Deus ensina sobre isso?

Na Palavra de Deus, podemos também encontrar argumentos contrários à prática do “ficar”. O Livro da Sabedoria, no capítulo 1, versículo 16, começa a narrar o pensamento do ímpio e se estende até o capítulo 2, onde, no versículo 6, diz assim: “Agora, portanto, gozemos dos bens presentes e aproveitemos das criaturas com ânsia juvenil”.

Quem tem o anseio de santidade e de um dia constituir uma família não pode pensar nem agir como os ímpios. “Ficar” é moldar-se a não assumir compromissos.

Se você pretende viver a sua dimensão afetiva da melhor forma possível, ou melhor, se você quer colocar intensidade na natureza do seu coração, não tenha iniciativas de olhar o outro como um mar que deságua rios de egoísmo, mas sim viver tudo o que o amor tem a lhe oferecer.

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Amar é simples no ser, mas requintado no servir, porque é para alguém que faz parte da sua existência. Namore, conheça, encare a outra pessoa como um mistério a ser desvendado, aprofunde a amizade e seja parte da vida dela. Em pouco tempo, você estará participando da sua confiança. Tenha sentimentos puros, acredite na pessoa, ajude-a a se descobrir nas mais belas aventuras dentro dela mesma, viaje por caminhos do seu interior, no qual sempre estiveram abertas as estradas, mas das quais nunca foram contempladas as belezas. Direcione sua afetividade, a capacidade de amar que há em você, para onde vale realmente a pena investir.

Seja curado por seu relacionamento e não destruído por ele. Não aceite ser vítima de si mesmo, por não corresponder a toda força do amor que existe em você. Não seja um refém da imposição que este mundo nos submete, ensinando o que é errado como se fosse uma virtude.

Um grande abraço!

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Estamos em guerra: casamentos descartáveis e famílias em segundo plano

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Estamos em guerra

Parece meio lógico esse tema, não é? Mas de que guerra estamos falando aqui? Seria a da Síria? A guerra que não cessa na Terra Santa? As guerras urbanas que enfrentamos no nosso dia a dia? Não! De jeito nenhum! Essas guerras, todos já conhecemos. As que não conhecemos podemos assistir em um telejornal, pesquisar na internet ou até mesmo numa conversa informal com os amigos.

Estou falando da guerra que as famílias estão enfrentando, dos casamentos descartáveis, onde qualquer obstáculo, por menor que seja, já é suficiente para desistir. E daí se fizemos votos? E daí se tivemos filhos? Hoje em dia, são tantos filhos de casais divorciados, que isso não surpreende ninguém nem faz diferença.

-Estamos-em-guerra:-casamento-descartáveis-e-famílias-em-segundo-plano-Foto: stocknshares

Adversário errado

Há algum tempo, assisti a um filme chamado ‘Quarto de Guerra’. Embora meu casamento não estivesse em crise, aquilo mexeu muito comigo, pois mostrava que, muitas vezes, lutamos contra o adversário errado. O demônio é o grande inimigo, é ele quem quer acabar com os casamentos, fazer você pensar que não vale a pena, que é só recomeçar e pronto.

Muitos dizem que o mundo está perdido, e, às vezes, eu também penso isso. Se for verdade mesmo, então, o que resta ao inimigo? Acabar com as famílias! E esta, quando se fere, machuca a base e todo o resto desmorona. Uma nação jamais poderá subsistir se a célula mater da sociedade estiver ferida.

Contra quem estou lutando?

Bom, voltando ao filme, fiz uma boa reflexão sobre meu matrimônio, sobre os passos que poderia dar para que as brechas fossem fechadas no meu relacionamento com meu esposo e com meus filhos, para que o inimigo não tivesse vez dentro da minha casa. Fiz até mesmo como no filme e criei meu “canto de guerra”, coloquei várias fotos da minha família, das várias etapas que vivemos, Palavras que o Senhor me deu em momentos de oração, cartinhas do meu filho mais velho. E assim toda manhã eu acordo e, ao me arrumar, vou vendo para que estou vivendo, para Quem estou vivendo e contra quem estou lutando. Se você não assistiu ao filme, vale a pena. Prepare o lencinho e abra seu coração.

Se você ainda é solteiro, já vai se entregando ao Senhor, para que a vontade d’Ele prevaleça em sua vida. Mais do que o seu desejo, que o sonho de Deus seja o seu sonho. Agora, se você já está casado, não ignore os sinais de destruição que o inimigo vai lançando sobre seu lar. Às vezes, ele atinge direto na relação do casal, seja o desgaste do tempo, a falta de diálogo, desemprego, traições, vícios, a falta de sintonia na hora de educar as crianças entre outros. Porém, quando ele não consegue atingir o casal, vai direto nos filhos, na maneira como os educamos ou deseducamos quando eles são pequenos; quando eles crescem, as crises e modinhas (autodestrutivas), próprias da adolescência. E quando ficam ainda mais velhos, com quem estão se relacionando, como estão vivendo… Enfim, uma preocupação sem fim!

Casamentos nulos

Quero fazer uma ressalva: é claro que existem casamentos que são nulos, ou seja, nunca deveriam ter acontecido, mas, por algum motivo, aconteceram e foram se tornando uma grande tragédia. Sendo assim, o divórcio e a nulidade são o caminho a ser tomado. Não podemos, no entanto, perder o foco, pois é o demônio nosso verdadeiro inimigo, é contra ele que lutamos e precisamos estar preparados.

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Lute a sua guerra!

Lembro-me de uma música que ouvia na minha adolescência, durante as Missas de cura e libertação, quando ainda não era da Comunidade Canção Nova, mas já a frequentava assiduamente. Uma música extremamente forte, que, com certeza, tinha poder e unção, pois era impossível não sentir a força de Deus quando a cantávamos. Ela dizia assim: “Levanta-Te. Levanta-Te, Senhor. Que fujam diante de Ti Teus inimigos, se dispersem diante de Ti todos aqueles que aborrecem Tua presença. Tua presença reinará sobre todo império, Tua presença reinará e governará sobre todos os principados”.

Penso que esse já seja um bom começo para você juntar forças e começar a lutar a sua guerra. Pegue sua cruz, sua família e lute! Ore, ore sem cessar. Os tempos são difíceis, mas não impossíveis de vencer, pois temos o Cristo ao nosso lado e Ele já venceu a maior das batalhas. Sua família é responsabilidade sua, Deus a confiou a você. Então, você precisa estar preparado para a batalha. Ore, jejue e confie.

Deus é contigo.

Kelly Kruschewsky
Missionária da Comunidade Canção Nova

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Amor e paixão são sentimentos diferentes ou a mesma coisa?

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Como saber se amo verdadeiramente alguém? O que é amor?

Ama e faz o que quiseres. Essa frase belíssima e significativa de Santo Agostinho, infelizmente, é mal interpretada. Para compreendê-la, deve ser respondida uma pergunta básica: o que é o amor? Muitas pessoas julgam saber da resposta, mas, na verdade, estão enganadas. Como diz o ditado popular, “estão comprando gato por lebre”.

É muito comum ouvirmos da boca dos jovens a seguinte frase: “Estou perdidamente apaixonado por minha namorada. Tenho um sentimento imenso de amor por ela!”. Façamos uma avaliação dessa frase, de modo a compreender como pensa um jovem sobre o significado do amor.

Amor, paixão e sentimento tem diferença ou são a mesma coisaFoto: Wesley Almeida/cancaonova.com

O que é paixão?

A primeira coisa a destacarmos aqui é quando o jovem diz: “Estou perdidamente apaixonado por você”. A paixão é algo fascinante e belo do ponto de vista humano. Trata-se daquele momento em que predominam os sentimentos, as emoções. Existe até uma dito popular: “Quem se apaixona perde a razão”. A partir disso, pode-se concluir que paixão não é amor. Tem seu valor em um relacionamento afetivo, pois é aquela primeira fase, é o encantamento, quando “o mundo gira em torno da pessoa amada”. Não existe ninguém melhor, mais belo e inteligente. Porém, a paixão é como a flor que desabrocha, mas não dura mais que uma estação.

Segunda parte da frase: “Tenho um sentimento imenso de amor por ela”. Nessa segunda parte, o engano é ainda maior. Muitos acham que amor é sentimento, mas amor não pode ser sentimento, pois estes podem nos trair. Hoje, sentimos algo que, inclusive, pode ser nobre, porém, amanhã, podemos deixar de sentir. É próprio do sentimento não ser duradouro, faz parte de sua essência ser passageiro.

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O que é amor?

Se o amor não é paixão, muito menos sentimento, o que ele é afinal? Erich From diz o seguinte: “O amor será essencialmente um ato de vontade, de decisão de entregar minha vida completamente à de outra pessoa. […] Amar alguém não é apenas um sentimento forte: é uma decisão, um julgamento, uma promessa. Se o amor apenas fosse um sentimento, não haveria base para a promessa de amar-se um ao outro para sempre. O sentimento vem e pode ir-se!” (Erich From, A arte de amar, p. 71-72).

O “amor em contraste é a maratona do coração. Exige treinamento, disciplina, paciência e trabalho. Não é um esporte de espectadores nem um evento com o resul­tado decidido em segundos. É escalar montanhas, sofrer dores e resistir à tentação de se desligar. […] Quando o amor é considerado um ato da vontade […], sobrevive enquanto o coração bater. Em outras palavras, embora estar apaixonado, às vezes, leve o casal ao casamento, é o amor que faz o casamento durar. De modo mais específico, o compromisso deliberado e ativo que o amor faz supor está no centro do arrebatamento conjugal”. (Genovesi, 142).

O amor é indispensável para o relacionamento

Sem o verdadeiro conceito de amor podemos ferir muita gente; além do mais, passaremos a vida inteira enganando nós mesmo e os outros. Quantos namoros acabaram, porque faltou amor! Viveram muito tempo junto somente apaixonados, não deram o próximo passo para chegar ao amor maduro e verdadeiro. Muitos casamentos também terminaram por motivos parecidos, pensavam que paixão, sentimento e amor eram a mesma coisa. Por não terem conhecimento, fatalmente o casamento acabou.

Ao tratar-se de um relacionamento, é indispensável o amor, pois ele não existe sem sacrifício. Quem não é capaz de se sacrificar é porque não ama de verdade. Aqui está a necessidade, já no namoro, de ambos abrirem mão de suas vontades em prol do outro, de modo a aprenderem a se sacrificar pelo bem do outro. Quem assim fizer, sem dúvida, terá um casamento feliz e duradouro, porque aprendeu que o verdadeiro amor exige sacrifício.

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Declare o Reino de Deus em sua família e afaste o mal

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Toda nossa família precisa ser consagrada a Deus, submetida à vontade d’Ele

“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33). Quando não damos as primícias de nosso tempo para Deus, todas as coisas ficam desencontradas e sem segurança em nossa família.


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com 

É isso mesmo que o inimigo de Deus quer, que estejamos desprotegidos, sem o verdadeiro ponto de partida em nosso dia a dia, pois, assim, ele pode ter acesso para roubar, exatamente, o que temos de bom. Ele quer destruir tudo o que é bom em nós, porque o que é bom vem de Deus, e o inimigo quer destruir a criação do Senhor.

O objetivo do inimigo

O objetivo do inimigo é destruir tudo que vem de Deus, porque é invejoso, mentiroso, seduz as pessoas para o mal, a fim de que elas sejam totalmente desviadas do plano do Senhor. O demônio quer fazer com que as pessoas se tornem, cada vez mais, infelizes e desencontradas. Ele quer entrar no coração das pessoas e acabar com a bondade que Deus plantou nelas.

Não podemos achar que o homem é bom sozinho, sem Deus. A bondade vem do Pai, e precisamos cultivá-la, regá-la com a água do Espírito Santo.

Imagine, então, o risco que corremos quando não caminhamos lado a lado com Deus! Toda a nossa família precisa ser, urgentemente, levada para Ele, consagrada a Ele, submetida à Sua vontade. E que possamos dizer: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

Precisamos agir antes que satanás invada e roube o que nos é mais precioso e sagrado; antes que ele roube o marido, a esposa, os filhos. Não deixemos que isso aconteça em nossa família, não nos enganemos nem percamos tempo.

Somos pessoas boas, mas isso não nos basta. Precisamos ser de Deus para valer, pois somente perseverando n’Ele a bondade pode permanecer em nós.

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Imagem e semelhança de Deus

O inimigo quer destruir o que, naturalmente, Deus construiu em nós; ele quer destruir a imagem e semelhança de Deus que somos.

O diabo quer roubar nossos valores e os tesouros que o Senhor nos deu. O inimigo faz de tudo para roubar nossa felicidade, destruir a união entre os casais, o amor nas famílias, os relacionamento entre pais e filhos.

Por isso rezem, rezem, não percam a força e a vontade de rezar. Não se deixem vencer. Comecem rezando o terço todos os dias; depois, reze mais de um terço, busque a Eucaristia, a Palavra de Deus, e expulse satanás da sua casa e do seu casamento.

Com Deus somos mais que vencedores! Ele é maior e tem o poder de nos libertar das ciladas do malvado. Ele pode restituir o casamento, refazer o lar, devolver o amor! Lute, reaja em orações e tome posso do que é seu.

Consagre sua família a Deus

O demônio tem entrado com tudo, roubando, destruindo, fazendo as esposas sofrerem, fazendo as crianças, os filhos sofrerem. No entanto, ele só faz isso com quem dorme no ponto, com quem leva a vida no mais ou menos com Deus, com quem não tem verdadeiro compromisso com o Senhor.

Consagre sua vida e sua família a Jesus, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Nossa Senhora.

Pais, mães, noivos, namorados, coloquem os seus pés no chão, acordem para a vida e busquem, urgentemente, uma vida de oração.

Invistam nas coisas de Deus, coloquem-nO em primeiro lugar, porque não basta vocês serem pessoas de posses, com títulos e diplomas nas mãos; antes, é preciso ser de Deus!

Marlúcia Lopes
Comunidade Canção Nova 

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Deixar de sentir-se amado: a quarta insegurança de muitos casais

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A insegurança de não ser amado pode acontecer por diversos motivos que geram a desunião do casal

Dom Bosco dizia que não basta amar os jovens, é preciso manifestar-lhes nosso amor. Isso vale também para o casamento. Muitos casais deixam o seu relacionamento conjugal cair na monotonia, no silêncio vazio onde já não acontece o diálogo, onde não há mais interesse de contar as coisas ao outro; às vezes, no desrespeito mútuo, na falta de atenção devida, na falta de harmonia sexual. Tudo isso pode gerar em um deles a sensação e a insegurança de não ser amado. Isso ameaça o casamento e a família.

Já ouvi algumas pessoas casadas dizerem que “não amam mais o outro”, e buscam um novo relacionamento. A sabedoria popular diz que “só se troca um amor por outro maior”. Por que isso acontece?

-Deixar-de-sentir-se-amado-a-quarta-insegurança-de-muitos-casaisFoto: Daniel Mafra/cancaonova.com

A razão básica é que essa pessoa não está satisfeita em seu relacionamento conjugal, e isso tem muitas causas; muitas vezes, aparece outra pessoa em sua vida, que lhe oferece mais carinho, mais atenção e até mesmo mais atração física.

A sensação de não ser amado surge quando o casal “deixa morrer a planta do amor”. Se você não colocar água, todos os dias, numa planta, ela acaba morrendo; não basta colocar um balde de água uma vez por mês. A displicência com o outro na vida de casados vai matando o amor. Se um já não é mais para o outro “alguém que o ajuda a crescer”, a ser feliz, que lhe dá carinho e atenção, então, começa a haver uma distância entre eles. Se cada um não se sente responsável pelo crescimento humano e espiritual do outro, o amor conjugal morre. Se as brigas se tornam constantes e não há uma reconciliação real entre eles, o amor vai esfriando.

Por que essa sensação surge?

A insegurança de não ser amado pode acontecer por muitos motivos que geram a desunião do casal, entre eles as mentiras, falsidades, fingimentos, palavras ofensivas, comparações com a vida e as atitudes dos outros casais, desentendimentos com a família do cônjuge, inveja e ciúme do outro, desentendimento no uso do dinheiro, reclamações, negativismo, apego exagerado aos pais, mau humor, birra; enfim, tudo o que azeda o relacionamento. Tudo isso mata a planta do amor.

Se não existe mais o desejo de agradar o outro, de sacrificar-se por ele, a frieza começa a tomar conta da vida conjugal. A preocupação de satisfazer o outro, sem cair no exagero, é claro, é o que mantém a comunhão de vidas e o amor vivo. Por isso, os psicólogos terapeutas conjugais recomendam “todo dia dizer uma palavra carinhosa ao outro”, nunca gritar com o cônjuge e sempre trocar a discussão pelo diálogo paciente e amoroso.

A sensação de que o amor deles está morrendo é a falta do verdadeiro amor conjugal, que significa “dar a vida pelo outro”. Michel Quoist dizia que “amar é dar-se”, e isso é o oposto do egoísmo. São Paulo recomendou aos maridos: “amar as esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). A falta desse amor, disposto a dar a vida pelo outro, que diz não para si mesmo para dizer sim ao outro, é que faz o amor conjugal definhar e criar a sensação de não ser amado.

Quando nos casamos, recebemos o outro das mãos de Deus e da família, como um presente ímpar, singular, sem igual, e que deve, portanto, ser cuidado com o máximo de atenção e para sempre. Se não houver esse propósito, essa fidelidade ao juramento do altar, o amor deles pode começar a perecer. O difícil não é conquistar uma nova mulher ou um novo homem; o difícil e necessário é saber conquistar o mesmo homem ou a mesma mulher todos os dias.

Assista ao 4º episódio

 

O casal humano é chamado a crescer por meio da “fidelidade” diária à promessa feita no altar: “Amando-te e respeitando-te todos os dias de minha vida”.

O amor exige que eu despose o outro, conscientemente, com todos os seus defeitos e qualidades, e o faça crescer a meu lado, com minha dedicação. Só o amor constrói. Amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido.

Se os cônjuges não entenderem que amar não é uma decisão de apenas um momento ou de um período da vida, mas uma decisão que deve ser renovada a cada momento, a vida toda, para durar sempre, o amor deles não sobrevive.

É preciso estar sempre consciente que amar um homem ou uma mulher será sempre amar um ser imperfeito, pecador, fraco e sujeito às intempéries da vida. Mas se houver amor de verdade, é possível ajudar o outro a vencer suas dificuldades e ser alguém novo por causa do seu amor. A beleza do amor está exatamente em superar todas essas dores e fazer o outro melhor; do contrário, ele não seria o que é. Como um ninho, a felicidade do casal que se ama é construída pedacinho por pedacinho, por meio de esforços mútuos.

Se o casal não tem a maturidade suficiente para entender o sentido do matrimônio e da paternidade, que é uma missão a cumprir, fazendo o outro crescer, gerar os filhos e educá-los, então, acaba desistindo dessa grande missão e achando que não é mais amado, que tem de escolher outra pessoa.

Amar não é gostar

O amor está em crise, porque seu sentido foi esvaziado. Amar não é gostar, não é prazer, mas sim se dar para fazer o outro crescer. Sem maturidade espiritual e sem uma fé sólida, perseverante, com clareza de convicções religiosas, opção clara por Deus e autêntico amor ao cônjuge e aos filhos, o casal não mantém vivo o seu amor.

O mundo oferece muitos prazeres fáceis, mas se não houver amor verdadeiro, o casamento pode esvaziar-se e o sentimento de não ser amado surgir. Ser maduro é ser responsável, é saber enfrentar os desafios e as tarefas da vida sem reclamar nem culpar os outros. Muitas são as expressões de falta de maturidade que prejudicam o amor do casal.

Leia mais:
::Traição: a primeira insegurança de muitos casais
::Doença: a segunda insegurança de muitos casais
::Divórcio: a terceira insegurança de muitos casais

Pela busca constante da oração e dos sacramentos, numa vida de vigilância sobre si mesmo, cada um pode manter o amor vivo. Não podemos esquecer que “Deus é amor” (1 Jo 4,8); é n’Ele que o casal tem de alimentar seu amor se não quiser que ele morra. Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer”.

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Declare o Reino de Deus em sua família e afaste o mal

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Toda nossa família precisa ser consagrada a Deus, submetida à vontade d’Ele

“Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33). Quando não damos as primícias de nosso tempo para Deus, todas as coisas ficam desencontradas e sem segurança em nossa família.


Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com 

É isso mesmo que o inimigo de Deus quer, que estejamos desprotegidos, sem o verdadeiro ponto de partida em nosso dia a dia, pois, assim, ele pode ter acesso para roubar, exatamente, o que temos de bom. Ele quer destruir tudo o que é bom em nós, porque o que é bom vem de Deus, e o inimigo quer destruir a criação do Senhor.

O objetivo do inimigo

O objetivo do inimigo é destruir tudo que vem de Deus, porque é invejoso, mentiroso, seduz as pessoas para o mal, a fim de que elas sejam totalmente desviadas do plano do Senhor. O demônio quer fazer com que as pessoas se tornem, cada vez mais, infelizes e desencontradas. Ele quer entrar no coração das pessoas e acabar com a bondade que Deus plantou nelas.

Não podemos achar que o homem é bom sozinho, sem Deus. A bondade vem do Pai, e precisamos cultivá-la, regá-la com a água do Espírito Santo.

Imagine, então, o risco que corremos quando não caminhamos lado a lado com Deus! Toda a nossa família precisa ser, urgentemente, levada para Ele, consagrada a Ele, submetida à Sua vontade. E que possamos dizer: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

Precisamos agir antes que satanás invada e roube o que nos é mais precioso e sagrado; antes que ele roube o marido, a esposa, os filhos. Não deixemos que isso aconteça em nossa família, não nos enganemos nem percamos tempo.

Somos pessoas boas, mas isso não nos basta. Precisamos ser de Deus para valer, pois somente perseverando n’Ele a bondade pode permanecer em nós.

Leia mais:
:: Consagração da Família ao Sagrado Coração
:: Oração à Sagrada Família
:: A importância da oração do Rosário em família
:: Estamos em guerra: casamentos descartáveis e famílias em segundo plano

Imagem e semelhança de Deus

O inimigo quer destruir o que, naturalmente, Deus construiu em nós; ele quer destruir a imagem e semelhança de Deus que somos.

O diabo quer roubar nossos valores e os tesouros que o Senhor nos deu. O inimigo faz de tudo para roubar nossa felicidade, destruir a união entre os casais, o amor nas famílias, os relacionamento entre pais e filhos.

Por isso rezem, rezem, não percam a força e a vontade de rezar. Não se deixem vencer. Comecem rezando o terço todos os dias; depois, reze mais de um terço, busque a Eucaristia, a Palavra de Deus, e expulse satanás da sua casa e do seu casamento.

Com Deus somos mais que vencedores! Ele é maior e tem o poder de nos libertar das ciladas do malvado. Ele pode restituir o casamento, refazer o lar, devolver o amor! Lute, reaja em orações e tome posso do que é seu.

Consagre sua família a Deus

O demônio tem entrado com tudo, roubando, destruindo, fazendo as esposas sofrerem, fazendo as crianças, os filhos sofrerem. No entanto, ele só faz isso com quem dorme no ponto, com quem leva a vida no mais ou menos com Deus, com quem não tem verdadeiro compromisso com o Senhor.

Consagre sua vida e sua família a Jesus, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Nossa Senhora.

Pais, mães, noivos, namorados, coloquem os seus pés no chão, acordem para a vida e busquem, urgentemente, uma vida de oração.

Invistam nas coisas de Deus, coloquem-nO em primeiro lugar, porque não basta vocês serem pessoas de posses, com títulos e diplomas nas mãos; antes, é preciso ser de Deus!

Marlúcia Lopes
Comunidade Canção Nova 

O post Declare o Reino de Deus em sua família e afaste o mal apareceu primeiro em Formação.

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