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Channel: Relacionamento – Formação

Quais são as suas dúvidas sobre um relacionamento?


Você tem amizades eternas?

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Hoje, é o dia daqueles que são muito especiais ao meu coração e são meus irmãos de outras mães. É o dia daqueles que me fazem rir na hora errada e que ao mesmo tempo em que estão me mandando áudios desabafando no WhatsApp, estão no Instagram me mandando memes; aqueles que me fazem passar vergonha na rua, dão risada da minha cara, mas me amam do jeito que sou e fazem com que eu sempre me sinta em casa: meus amigos!

São Tomás de Aquino diz que o amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas que você. Posso dizer que meus amigos são assim, e essa característica deles me dá a certeza de que essas amizades vão durar para sempre, mesmo que a distância nos separe, porque temos coisas em comum que são eternas: amamos a Deus e buscamos o Céu! Que lindo né?!

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Foto Ilustrativa: by Getty Images / monkeybusinessimages

Amigos para rolês e para orar

Não tenho amigos que só me convidam pra dar um rolê e comer um lanche junto, mas que, além disso, me convidam para rezar, para ir ao grupo de oração e que, quando passo por alguma dificuldade, rezam por mim! Há amizade mais completa e mais preciosa que isso? Posso dizer que sou rica porque tenho amizades que me levam para Deus e que fazem de tudo para que eu consiga chegar ao Céu!

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Agradeço a Deus por cada amigo que Ele colocou em minha vida, por cada amigo que Ele usou como um instrumento para falar comigo, para me corrigir, para me santificar e para me amar.

E você que, ao ler isso, percebeu que se sente sozinho, entregue esse sentimento para Jesus! Peça a Ele que lhe dê amigos que o levam para Deus ao invés de afastá-lo d’Ele. Jesus escuta a sua oração e a sua dor, e se você tiver fé e esperar, Ele vai lhe dar amizades eternas. Vai por mim! Confie!

Maria Luiza Ferreira Ribeiro, 18 anos, graduanda de Radio TV da Faculdade Canção Nova. 

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O caminho de santidade no matrimônio

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Os grandes místicos nos ensinam que há duas condutas que contribuem de maneira determinante para se progredir na perfeição, uma muito semelhante à outra: a obediência e o aniquilamento da vontade. Não é à toa que “autoridade e submissão” é um dos princípios de vida para nós, membros da Comunidade Canção Nova, pois somos forjados na santidade quando obedecemos, quando submetemos o nosso querer ao querer de Deus, ainda que isso se expresse pela vontade aparentemente injusta de um irmão que exerce a autoridade naquele momento. Como nos ensina o Mons. Jonas Abib, somos convidados a imitar Aquele que viveu a pobreza na sua plenitude, Jesus, que “não apenas despojou-se, mas despojou-se de si mesmo, e não viveu para si, mas para o Pai, para os outros e para os desígnios do Pai. Ele não fazia a Sua vontade, mas a vontade do pai(…). E foi até as últimas consequências da Sua obediência, numa entrega total”1.

Os santos nos ensinam que a obediência é mais agradável a Deus do que qualquer iniciativa desobediente. São Josemaria Escrivá ensina que “nos trabalhos de apostolado, não há desobediência pequena2” e Santa Faustina repete muitas vezes em seu diário ensinamentos como esse, do próprio Jesus:

Receberás maior recompensa pela tua obediência e subordinação ao confessor do que pelas próprias práticas em que te exercitares. Minha filha, deves saber e proceder de acordo com isto: qualquer coisa, ainda que a mais insignificante, se tiver o selo da obediência do Meu representante – é agradável e grande aos Meus olhos3.

O caminho de santidade no matrimônio

Foto Ilustrativa: nortonrsx by GettyImages / cancaonova.com

Aniquilar as nossas vontades

É, portanto, bastante simples o caminho que leva à perfeição: basta submeter a própria vontade a Deus. Claro está que ser simples não implica que seja fácil. Somos orgulhosos e jamais consentiremos em aniquilar nossa vontade às custas do nosso próprio esforço, mas com o auxílio da graça, por meio das purificações e mortificações diárias. É um trabalho para a vida toda, mas o que quero dizer aqui é que há um norte bem claro, um parâmetro infalível para não errar: se há um conflito entre a minha vontade e a vontade daquele que exerce autoridade sobre mim, seja o coordenador da minha casa, meu formador, meu chefe de setor ou o Conselho, submeter-me por amor a Cristo é o caminho certo para crescer na perfeição. Isso não significa que as autoridades sejam infalíveis e que você nunca esteja certo no seu querer. A questão aqui, apontam os santos, é simplesmente a decisão de submeter a própria vontade por amor a Cristo. É isso que importa, porque, como disse Jesus a Santa Faustina, o sacrifício da vontade é “um sacrifício perfeito de oblação”, pois “nenhum outro sacrifício pode se comparar a esse4” .

A situação é diferente dentro de um matrimônio

Contudo, para aqueles que são casados, o caminho da obediência e do aniquilamento da vontade não é traçado de forma tão simples e clara como para aqueles que vivem em outros estados de vida. Veja bem: um solteiro, um celibatário ou um sacerdote podem decidir, intimamente, que doravante jamais questionarão coisa alguma e terão como única preocupação obedecer e submeter a própria vontade a Deus. Certamente eles sofrerão injustiças e humilhações, mas estarão seguros de que avançarão incontinenti rumo à perfeição, pois estão se fazendo pobres e obedientes como Jesus, a quem todos devemos imitar. Poderíamos nós, casados, tomar semelhante resolução e termos a mesma segurança de que colheríamos somente frutos doces de santidade? Jamais!

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.:O casamento não é uma “missão impossível”

A esposa tem sofrido com o silêncio e a indiferença do esposo. As conversas são sempre monólogos, porque só ela fala, tenta resolver os problemas, enquanto ele permanece no seu canto, alheio a tudo. Por muito tempo ela experimentou esquecer a própria vontade, e nem falar mais do assunto, apenas rezar para ver se Deus toca o coração do esposo. Ela tem percebido, contudo, que o carinho, a ternura entre os dois está morrendo, porque seus corações têm se distanciado. Ela precisa tomar uma iniciativa, conversar muito francamente com seu esposo e não aceitar que essa situação perdure. Precisam, juntos, trilhar esse caminho, mas é necessário partir dessa “insatisfação” dela com o comportamento do esposo.

O esposo não suporta mais o modo áspero como a esposa lida com os filhos. Ela é irritadiça, rigorosa, exigente demais, quase militar no trato com as crianças. Ele tentou algumas vezes conversar com ela, mas resolveu silenciar, porque percebeu que talvez fosse ele que estivesse tentando impor à sua família a educação frouxa, sem disciplina que recebeu na infância. Ele vê, porém, que seus filhos estão se tornando arredios, ansiosos, tristes mesmo, e compreende que será preciso sentar-se com a esposa e conversar, confrontar suas duas visões distintas sobre educação e disciplina e quem sabe ajudá-la a enxergar os excessos que ela tem cometido.

A esposa lida há anos com o esposo que nunca consegue chegar pontualmente aos compromissos. Santa Missa, aniversários, cinema, seja o que for, ambos compartilham a fama de sempre se atrasarem. Ela deve aniquilar sua vontade e continuar se atrasando ou deve manifestar seu desejo de que seu esposo corrija esse comportamento inadequado para que ambos passem a chegar pontualmente aos compromissos?

Em conciliação com a vontade de Deus

São apenas três exemplos, mas quem é casado sabe muito bem quão complexo é o relacionamento dentro de um matrimônio. Enquanto na vida dos não casados há um duelo entre a vontade do homem velho e a vontade de Deus, no matrimônio entra uma terceira variável que complica tudo: são duas vontades humanas tentando se conciliar com a vontade de Deus. E quando os cônjuges são pessoas de oração, que buscam a santidade, parece que algumas situações se tornam ainda mais complicadas, porque, afinal, os dois conversam com Deus. Você e seu cônjuge talvez já tenham usado o seguinte argumento numa conversa, dessa ou de outra forma: “Quem lhe disse que nessa situação é a sua opinião que está de acordo com a vontade de Deus? Você já parou para pensar que eu também rezo e que Deus também fala comigo?”.

No matrimônio, aniquilar a própria vontade passa muitas vezes por não silenciar, “não deixar passar” e ajudar o outro a sair do erro, do comportamento que fere a harmonia conjugal. É complexo, é desafiador, é muitas vezes frustrante, mas é, para os cônjuges, o “novo caminho para a santificação e, por consequência, um percurso privilegiado para a santidade5”. Não seja isso, porém, uma desculpa para sempre impor seu querer, seus caprichos, sua vontade sobre seu cônjuge. O matrimônio não é um campeonato em que vence quem fala mais alto, mas uma união de almas para que se faça silêncio e se ouça a voz de Deus, que deve conduzir todas as coisas.

Referências:

1.Nossos Documentos – Nossos Princípios de Vida, 173-174.
2.Caminho, 614.
3.Diário de Santa Faustina, 933.
4.Idem, 923.
5.X Encontro Mundial das Famílias. Catequese “Chamados à Santidade”, do dia 23/06/2022.

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Lute verdadeiramente por tudo o que é seu neste mundo

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Nós precisamos nos comprometer com todo empenho para salvar a nossa família. Ou seja, cuidar dela, protegê-la, mantê-la saudável e feliz. E o único jeito de fazer isso bem é vivendo na presença de Deus. Quando nos empenhamos para fazer o que Deus nos manda, “Ele nos dá uma graça maior” (cf. Tg 4,6).

O bem do casal e também da família não acontece por si só. É preciso que você se esforce para que aconteça. Mas este esforço só vai fazer bem e trazer muita alegria. O comodismo nunca é bom – nem mesmo quando a gente se acomoda em fazer coisas boas.

Tudo o que fazemos de bom para os outros, se fizermos somente por costume, por obrigação ou porque vai dar menos trabalho, não será capaz de mudar nosso coração.

Créditos: by Getty Images / Drazen Zigic/cancaonova.com

O verdadeiro sacrifício

O bem, quando feito por mera obrigação, deixa de ser uma força transformadora. Por isso, o verdadeiro amor é feito de esforço e sacrifício. Temos que pôr o coração naquilo que fazemos se quisermos agradar a Deus e conquistar as pessoas.

Quando você tiver que fazer algo que lhe pareça pesado (realizar um trabalho, conviver com uma pessoa difícil, esperar com paciência etc), trate de fazer com o coração, e ficará mais leve. Aproveite ao máximo as situações difíceis. Use-as em seu favor e em favor das pessoas que você ama. Aprenda tudo o que puder com as tribulações. Tire o máximo possível dessas experiências custosas. Sugue-as.

Faça com as dificuldades o que o estômago faz com a comida. O estômago tira dela tudo o que consegue e transforma em alimento. O fogo age de modo semelhante e aproveita toda lenha e entulho que você joga sobre ele para se alimentar e ficar mais forte. Todo esforço que você faz pela salvação de sua família, Deus aproveita para o seu bem.

Não será fácil 

Defenda o seu lar contra o rancor, a discórdia e o divórcio. Nos períodos difíceis, persevere. Não é fácil insistir em amar quem nos maltrata ou rejeita. Mas ser família é muito mais do que compartilhar um teto, é permitir que o outro more em seu coração mesmo quando ele não faz por merecer. Fica mais fácil viver com alguém na mesma casa se não perdermos o amor pela pessoa.

Contudo, conviver é sempre um desafio. Às vezes, você se aproxima de alguém porque quer ajudá-lo. Mas ele interpreta sua atitude como uma cobrança, uma invasão, e não só rejeita seu gesto de carinho como também o desrespeita por isso. 

Você estende a mão, quer ajudá-lo a pensar, dá uma sugestão, um conselho, e o indivíduo distorce tudo, entende como uma acusação, responde de modo agressivo e ataca você. Não é fácil. Na hora, vem o desejo de pôr essa pessoa de lado e esquecê-la de uma vez: “Quero que você desapareça! Cansei! Não vou mais me preocupar com sua vida”.

Mas, por caridade, por amor a Deus, você pega aquele desejo ruim e, com a força do Espírito Santo, transforma-o numa vontade boa: você perdoa, dá uma nova chance e, de novo, acolhe com amor a esposa, o marido, o pai, a mãe, o filho, a filha etc. Saiba que, todas as vezes que age assim, você está colocando Deus para dentro do seu coração e para dentro do seu lar.

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 Ensinamentos do Senhor

A Palavra do Senhor nos ensina que não há outra maneira de lidar com alguém que é prisioneiro, cativo, sem liberdade e – por isso, desajustado – senão com amor de irmão. A pessoa é escrava da droga? Não podemos desistir de amar. Ela é prisioneira do álcool, do cigarro, da mentira, da fofoca, do consumismo, da agressividade? O único jeito de ajudá-la e de melhorar o relacionamento com ela é amando-a como se ama um irmão (cf. Hb 13,1-6).

Às vezes, não conseguimos mais amar a pessoa como pai, como mãe, como filho, como marido, porque ela foi terrível para nós. Mas, com a graça de Deus, podemos amar essa pessoa com amor fraterno.

Quanta gente desacreditada do matrimônio! Não quer nem ouvir falar em casamento. Aconselha outros a não se casar, ou a colocar o cônjuge em último lugar, porque sofreu demais nas mãos do marido ou da esposa. Outros escapam para o adultério ou para a libertinagem que têm consequências terríveis.

Problemas familiares

Quando os desentendimentos e problemas familiares se multiplicam, começamos a nos sentir sozinhos. É como se nos faltasse o ar e, desesperados, gritássemos: “E eu? Quem vai cuidar de mim? O tempo está passando e eu estou perdendo a minha vida ao lado de quem não liga para mim”. Veja a resposta de Deus para você: “Eu não te deixarei nunca. Jamais te abandonarei”. (Hb 13,5)

Pode ser que você venha enfrentando complicações em casa, apertos financeiros, necessidades de vários tipos, prejuízos causados pelos outros, e, por isso, começou a acreditar que o melhor é se fechar e proteger-se das pessoas.

Em vez de se fechar, faça como Davi: “O Senhor é o meu auxílio, jamais temerei. Que mal me pode fazer um ser humano?” (Hb 13,6). Quanto mais você acreditar em Deus, menos medo você terá de que os outros o prejudiquem e estraguem sua vida. Quem confia em Deus se fortalece e se torna capaz de transformar qualquer circunstância. Não importa quão grave seja a situação, você precisa confiar em Deus e fazer o que você já sabe que é o certo. Com Deus, tudo vai dar certo.

Trecho extraído do livro “Uma maneira de salvar seu lar”, de Márcio Mendes. 

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Como os casais podem convidar Deus para entrar em suas casas?

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“Ouve-me, e eu te mostrarei sobre quem o demônio tem poder: são os que se casam, banindo Deus de seu coração e de seu pensamento, e se entregam à sua paixão como o cavalo e o burro que não têm entendimento: sobre estes o demônio tem poder” (Tb. 6,16-17).

Essa resposta de São Rafael a Tobias — quando esse temia tomar Sara por esposa devido a um demônio que dificultava a sua vida —, deixa bem claro para nós o quanto a oração do casal é, na verdade, uma oração de libertação.

A alicerce do casamento deve ser a oração

Aliás, todo o livro de Tobias nos ensina o caminho para viver um Matrimônio em Deus: a oração. De fato, não existe outro caminho para colocar o Senhor em nosso casamento. O fato de termos “casado na Igreja” não é garantia total de que problemas não existirão e que tudo será fácil.

O caminho de santidade no matrimônio

Foto Ilustrativa: nortonrsx by GettyImages / cancaonova.com

Os esposos sabem que o casamento é exigente e que sem uma graça sobrenatural. Muitos casais, inclusive cristãos, teriam grandes dificuldades para levar a relação até o fim. Por isso, o Senhor, que ama a família, é o primeiro interessado no sucesso do matrimônio, logo, Ele precisa estar presente, ensinando como agir em cada situação e dando luzes para aquilo que não sabemos resolver, principalmente nos impasses onde um acha que deve ser de um jeito e o outro tem uma ideia bem diferente. É Deus quem nos forma para ser esposo e esposa. Mas a Sua presença, no casamento, acontece quando desejamos e agimos concretamente neste sentido.

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Orando em casal

A principal atitude para colocar Deus no Matrimonio é ser inteiramente d’Ele, antes de tudo. Cada cônjuge precisa manter a sua relação íntima com o Senhor, deve conhecê-lo de fato, a fim de agir no Espírito frente ao outro e aos filhos, contagiando-os com o desejo de serem de Deus também. Muitas vezes, na vida conjugal, um precisa animar o outro que pode estar esmorecendo na caminhada cristã. Depois, o casal precisa ter momentos juntos de oração profunda, de escuta ao Senhor para receberem d’Ele as instruções e a formação de que necessitam, ou seja, além das orações em família para bênção dos alimentos, durante uma viagem, ao acordar ou antes de dormir, precisa haver um momento especial onde os casais possam colocar ali seus medos, anseios, questões… E deixar que Ele faça a sua obra.

Essa oração deve ser frequente, ter dia e horário programado na agenda e não ser substituída por outros compromissos, afinal, o seu Matrimônio é o grande projeto de Deus para a sua vida, como o foi o de Sara e Tobias.
E como tudo parte da oração, é dela que cada um vai organizando a vida de trabalho e social na vontade de Deus. Colocá-lo na relação é também pautar a existência nos valores do Evangelho, de modo que o casamento seja um testemunho de vida para quem for capaz de ver porque não basta apenas rezar, toda a vida precisa ser transformada pela relação com Deus.

Educando com valores

Valores como honestidade, solidariedade e fidelidade são frutos dessa busca. Não poderíamos deixar de falar também sobre a educação dos filhos. O casal precisa colocar o Senhor à frente dessa educação, a fim de que os filhos se encontrem dentro do projeto que são chamados a ser, segundo os planos do Senhor. Uma família, que vive dessa forma, mesmo que não seja perfeita, está tentando colocar Deus dentro do casamento. Sobre esta casa o inimigo não pode vencer.

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Como conviver com os defeitos do outro no casamento?

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Para responder a pergunta do nosso título, é necessário entender bem o sentido profundo do casamento. A união do homem com a mulher, no matrimônio, tem dupla finalidade: o bem do casal e a geração e educação dos filhos. Deus mandou ao casal: “Crescei e multiplicai” (Gen 1,26).

Essa dupla atividade exige muito esforço, luta e graça de Deus. A beleza do matrimônio está justamente em “fazer o outro crescer”, gerar e educar os filhos de Deus, os quais, um dia, vão habitar o Céu. No Céu, não haverá mais casamento nem nascerão mais crianças. Essa bela missão Deus confiou aos homens e mulheres nesta vida. Portanto, a grandeza sublime dessa dupla missão é que deve levar o casal a compreender sua imensa responsabilidade, tanto um em relação ao outro quanto em relação aos filhos. É isso que deve estar subjacente a todo sacrifício que a vida conjugal exige. É uma missão que exige disposição, maturidade, amor e dedicação sem fim.

O casamento não é uma curtição a dois, é uma missão. Não é uma vida só de prazeres e alegrias, mas também de luta, abnegação, renúncias e sacrifícios.

Créditos: by Getty Images / kieferpix/cancaonova.com

A base do matrimônio é dar e receber amor

A base do matrimônio é o amor, o dar a vida pelos outros, o esquecer-se de si mesmo para fazer o cônjuge e os filhos crescerem em tudo que é bom. São Paulo compara o amor do casal ao amor de Cristo pela Igreja, que por amor se imolou por ela.

“Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja, e se entregou por ela” (Ef 5,25).

O que o apóstolo diz para os maridos vale também para as esposas. O amor de um pelo outro deve ser o mesmo amor de Cristo, que O levou a dar a vida até o fim pela Igreja. São João diz: “Tendo amado os seus, amou-os até o fim” (João 13,1).

Jesus disse que ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelo outro. Dar a vida significa gastar-se pelo bem do outro, aceitar-se consumir como uma vela que queima para iluminar e aquecer.

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Compreendendo um ao outro

Todos os maridos e esposas têm seus defeitos e pecados, por isso todos têm a necessidade e o direito de serem amados e perdoados. Antes de tudo, para conviver com os defeitos do cônjuge, é necessário aceitá-lo na sua realidade. Nós não fabricamos uma pessoa, nós nos casamos com ela como ela é, com suas qualidades e defeitos; virtudes e pecados.

A primeira grande missão do casal é um fazer o outro crescer com a sua dedicação. São Paulo ensina o verdadeiro amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso, não tem inveja nem é orgulhoso. Não é arrogante nem escandaloso. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará” (1 Cor 13,4-8).

Para suportar os defeitos do outro, acima de tudo, é preciso a paciência que tudo vence. Isso não quer dizer que se aceite ser maltratado nem tolerar agressões físicas ou permitir que nos tratem como objetos, mas saber aceitar o outro quando age de um modo diferente de mim. Não podemos nos colocar no centro, nem querer que se faça somente a nossa vontade. É isso que faz as pessoas impacientes, a reagirem com agressividade, reclamação, lamúrias etc.

A sabedoria no relacionamento

Santo Agostinho ensinava que para alcançarmos Deus temos de suportar aquele com quem vivemos. Ele dizia que “não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”.

Papa Francisco disse que “amar é ser amável. O amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato. Seus modos, suas palavras e seus gestos são agradáveis; não são ásperos nem rígidos. O amor detesta fazer sofrer os outros”.

Os terapeutas conjugais recomendam nunca gritar um com o outro; não jogar no rosto do outro os erros do passado; nunca dormir brigados; não ser displicente, sem atenção com o outro; trocar as discussões por bons diálogos e, quando tiver de chamar a atenção do outro, fazer com amor, na hora certa, na privacidade, e sempre lembrar de elogiá-lo.

Temos de ter compreensão com os defeitos do outro, porque nós também temos os nossos; e quem quer ser compreendido deve também saber compreender e tolerar os erros dele. Jesus manda que tiremos, antes, o cisco do nosso próprio olho, antes de tirar do olho do outro. Se tivermos de lutar contra o erro do outro, então, é preciso fazer com sabedoria e amor, sem violência. São Francisco de Sales, doutor da Igreja, dizia que “o que não puder ser mudado por amor não deve ser tentado de outro jeito, porque não vai dar certo”.

Aprenda a perdoar

Lembre-se de que se perde a caridade quando se perde a paciência. Deus disse a Santa Catarina de Sena: “A virtude da paciência é o sinal externo de que Eu estou numa alma e ela em Mim”.

Para conviver com os defeitos do outro, é preciso também não deixar que o ressentimento se aninhe no coração, mas saber perdoar com uma atitude positiva, buscando compreender a fraqueza alheia.

Não há dúvida de que a boa convivência só pode ser conservada e aperfeiçoada com grande espírito de sacrifício. Isso exige de cada um generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância, ao perdão e a reconciliação. É claro que para podermos agir assim precisamos da graça de Deus. Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer!” (João 15,5). É preciso lembrar sempre disso, e sempre buscar o auxílio da graça de Deus na oração, na meditação da Palavra de Deus, na Eucaristia etc.

São Paulo disse que o “amor tudo desculpa”. Isso exige não fazer um juízo apressado sobre o outro e conter a tendência de condenar de maneira dura e implacável: “Não condeneis e não sereis condenados” (Lc 6,37).

São Paulo também diz que “o amor tudo suporta”. Isso significa uma resistência dinâmica e constante, capaz de superar qualquer desafio. Evidentemente, para isso é preciso o dom precioso da fortaleza, dada pelo Espírito Santo. Muitas vezes, um cônjuge, para salvar outro, precisa dessa força sobrenatural; para muitos, é uma cruz que se carrega pela salvação do outro. E a graça do sacramento do matrimônio supre essa necessidade.

A arte do silêncio

Muitas vezes, é o silêncio de um que acalma o coração do outro. Outras vezes, será por um abraço carinhoso ou por uma palavra amiga.

Todos nós temos a necessidade de um “bode expiatório” quando algo adverso nos ocorre. Quase, inconscientemente, queremos “pegar alguém para Cristo”, a fim de desabafar nossas mágoas e tensões. Isso é um mecanismo de compensação psicológica que age em todos nós nas horas amargas, mas é um grande perigo na vida conjugal. Quantas e quantas vezes acabam “pagando o pato” as pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou! Algumas vezes, são os filhos que apanham do pai, que chega em casa nervoso e cansado; outras vezes, é a esposa ou o marido que recebe do outro uma enxurrada de lamentações, reclamações e ofensas, sem quase nada ter a ver com o problema em si.

Temos de nos vigiar e policiar nessas horas, para não permitirmos que o sangue quente nas veias gere uma série de injustiças com os outros. Temos de tomar redobrada atenção com o cônjuge, para que ele não sofra as consequências de nossos desatinos.

No serviço e fora de casa, respeitamos as pessoas, o chefe, a secretária etc., mas, em casa, onde somos “familiares”, o desrespeito acaba acontecendo. Exatamente onde estão os nossos entes mais queridos, no lar, é ali que, injustamente, descarregamos as paixões e o nervosismo. É preciso toda a atenção e vigilância para que isso não aconteça.

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Confira os 15 ensinamentos dos santos sobre a amizade

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Pode ser que muitos de nós sejamos ricos e ainda não nos demos conta. A Palavra de Deus já nos ensinava desde o Antigo Testamento: “Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão” (Eclo 6,14-16).

Se Jesus, que é Deus, quis precisar de amigos para seguir sua caminhada neste mundo, imagine nós! O ser humano não pode viver como uma ilha. É como afirmou São João Bosco em sua famosa frase: “Deus nos colocou no mundo para os outros”. Uma grande verdade! Inclusive, podemos dizer até que, a partir de Cristo, a amizade tomou um novo sentido, o amigo é aquele que descobriu o valor e a dignidade do irmão, à luz do Evangelho. Essa sincera amizade, no verdadeiro sentido humano e cristão, propagou-se entre os primeiros cristãos refugiados nas catacumbas. A história da Igreja é marcada de exemplos de profundas amizades entre os santos padres, como São Basílio e São Gregório, entre os grandes santos, como São Francisco de Assis e Santa Clara, Santo Ambrósio e Santa Mônica e muitos outros.

Em um de seus belíssimos escritos, São Gregório Nazianzeno, um dos padres da Igreja, escreveu sobre seu amigo São Basílio e nos explicou um pouco como viviam profundamente a amizade: “Encontramo-nos em Atenas. Como o curso de um rio, que partindo da única fonte se divide em muitos braços, Basílio e eu nos tínhamos separado para buscar a sabedoria em diferentes regiões. Mas voltamos a nos reunir como se nos tivéssemos posto de acordo, sem dúvida, porque Deus assim quis.

O nascimento de uma amizade

Nesta ocasião, eu não apenas admirava meu grande amigo Basílio vendo-lhe a seriedade de costumes e a maturidade e prudência de suas palavras, mas ainda tratava de persuadir a outros que não o conheciam tão bem a fazerem o mesmo. Logo começou a ser considerado por muitos que já conheciam sua reputação.

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Que aconteceu então? Ele foi quase o único entre todos os que iam estudar em Atenas a ser dispensado da lei comum; e parecia ter alcançado maior estima do que comportava sua condição de novato. Este foi o prelúdio de nossa amizade, a centelha que fez surgir nossa intimidade; assim fomos tocados pelo amor mútuo.

Cultivando, cada dia mais, estreita e firmemente nossa amizade

Com o passar do tempo, confessamos um ao outro nosso desejo: a filosofia era o que almejávamos. Desde então, éramos tudo um para o outro; morávamos juntos, fazíamos as refeições à mesma mesa, estávamos sempre de acordo aspirando os mesmos ideais e cultivando cada dia mais estreita e firmemente nossa amizade.

Movia-nos igual desejo de obter o que há de mais invejável: a ciência; no entanto, não tínhamos inveja, mas valorizávamos a emulação. Ambos lutávamos, não para ver quem tirava o primeiro lugar, mas para cedê-lo ao outro. Cada um considerava como própria a glória do outro.

Tínhamos uma só alma em dois corpos

Parecia que tínhamos uma só alma em dois corpos. E embora não se deva dar crédito àqueles que dizem que tudo se encontra em todas as coisas, no nosso caso podia se afirmar que, de fato, cada um se encontrava no outro e com o outro.

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A única tarefa e objetivo de ambos era alcançar a virtude e viver para as esperanças futuras, de tal forma que, mesmo antes de partirmos desta vida, tivéssemos emigrado dela. Nesta perspectiva, organizamos toda a nossa vida e maneira de agir. Deixamo-nos conduzir pelos mandamentos divinos estimulando-nos mutuamente à prática da virtude. E se não parecer presunção minha dizê-lo, éramos um para o outro a regra e o modelo para discernir o certo e o errado.

Éramos realmente cristãos, e como tal reconhecidos

Assim como cada pessoa tem um sobrenome recebido de seus pais ou adquirido de si próprio, isto é por causa da atividade ou orientação de sua vida, para nós a maior atividade e o maior nome era sermos realmente cristãos e como tal reconhecidos”. (Retirado do Ofício das Leituras- 02.01.15)

A verdadeira amizade, além de ser relação entre pessoas, é ajuda mútua e caminho espiritual. Podemos perceber isso claramente na vida dos santos.

Em uma de suas catequeses, o Papa Bento XVI destacou:

“Essa é uma característica dos santos: cultivam a amizade, porque é uma das manifestações mais nobres do coração humano e tem em si algo de divino, como Tomás mesmo explicou em algumas quaestiones da Summa Theologiae, na qual ele escreve: ‘A caridade é a amizade do homem com Deus em primeiro lugar, e com os seres que a Ele pertencem’.”

Conheça aqui 15 ensinamentos que os santos nos deixaram sobre a amizade:

1. “Nem sempre o que é indulgente conosco é nosso amigo, nem o que nos castiga, nosso inimigo. São melhores as feridas causadas por um amigo que os falsos beijos de um inimigo. É melhor amar com severidade a enganar com suavidade.” Santo Agostinho

2. “Amando o próximo e cuidando dele, vais percorrendo o teu caminho. Ajuda, portanto, aquele que tens ao lado enquanto caminhas neste mundo, e chegarás junto daquele com quem desejas permanecer para sempre.” Santo Agostinho

3. “Disse muito bem quem definiu o amigo como metade da própria alma. Eu tinha, de fato, a sensação de que nossas duas almas fossem uma em dois corpos.” Santo Agostinho

4. “A amizade é tão verdadeira e tão vital, que nada mais santo e vantajoso pode-se desejar no mundo.” Santo Agostinho

5. “A amizade é a mais verdadeira realização da pessoa.” Santa Teresa D’Ávila

6. “A amizade com Deus e a amizade com os outros é uma mesma coisa, não podemos separar uma da outra.” Santa Teresa D’Ávila

7. “A amizade, cuja fonte é Deus, não se esgota nunca”. Santa Catarina de Sena

8. “Qualquer amigo verdadeiro quer para seu amigo: 1) que exista e viva; 2) todos os bens; 3) fazer-lhe o bem; 4) deleitar-se com sua convivência; e 5) finalmente compartilhar com ele suas alegrias e tristezas, vivendo com ele um só coração.” São Tomás de Aquino

Que tipo de amigo você é?

9. “A amizade diminui a dor e a tristeza.” Santo Tomás de Aquino

10. “Quem com palavras, conversas e ações der escândalos, não é um amigo, mas um assassino de almas.” São João Bosco

11. “Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.” Beata Madre Teresa de Calcutá

12. “As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.” Beata Madre Teresa de Calcutá

13. “Ama a todos os homens com um grande amor de caridade cristã, mas não traves amizade senão com aquelas pessoas cujo convívio te pode ser proveitoso; e quanto mais perfeitas forem estas relações, tanto mais perfeita será a tua amizade.” São Francisco de Sales

14. “No mundo, é necessário que aqueles que se entregam à prática da virtude se unam por uma santa amizade, para mutuamente se animarem e conservarem nesses santos exercícios.” São Francisco de Sales

15. “Faz-nos tanto bem, quando sofremos, ter corações amigos, cujo eco responde a nossa dor.” Santa Teresa de Lisieux

Que possamos refletir: “Que tipo de amigo eu sou?”, e pedir ao Senhor que nos dê a graça de viver santas amizades.

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A importância de ser amigo de alguém em cada etapa da vida

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Ter um amigo em cada etapa da nossa vida é fundamental! Amigo é alicerce necessário para aguentar as dificuldades da vida. Hoje, 18 de abril, comemora-se o Dia do Amigo no Brasil.

Confira dois testemunhos sobre ser amigo de alguém (e também ter amigo) na juventude e na vida adulta. Assista!

Feliz dia do amigo!

Leia mais:
.:Um amigo é algo valioso
.:Ser amigo do Espírito Santo
.:Seja amigo dos amigos dos seus filhos
.:O amigo é como um mensageiro de Deus na nossa vida

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